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A Juventude Espírita Maria de Nazaré - Todo sábado de 17h às 18h30m.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

30/05 - Frase do dia

Todos somos parcelas de imensa legião de trabalhadores em nome do Cristo, com o dever de cooperar incessantemente para que a harmonia e a felicidade se ergam na Terra, a benefício de todas as criaturas.

Da obra Caminho Iluminado 
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

quarta-feira, 29 de maio de 2013

A personalidade de Allan Kardec

                Indiscutivelmente, a contribuição de Allan Kardec para a evolução espiritual da humanidade é algo imensurável. Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo, representou o principal elo encarnado da equipe de “O Espírito de Verdade” para a volta do Evangelho de Jesus à Terra em toda a sua pureza. O Espiritismo é “O Consolador” prometido por Jesus e Allan Kardec o organizador desta gigantesca obra. Em uma mensagem do livro “Opinião Espírita”, Emmanuel afirma ser Jesus o Mestre e Kardec seu apóstolo; ser Jesus “a porta” e Kardec “a chave.

                Obviamente, é natural que os espíritas tenham alguma curiosidade em relação à personalidade deste homem admirável, o gigantesco benfeitor que nos proporcionou a Luz para que a “Luz nos liberte”.

                Obviamente, pelos próprios livros de Allan Kardec, é possível inferir sobre o indivíduo “Allan Kardec”. Sobretudo, o livro “Obras Póstumas”, permite que possamos obter algumas informações sobre as peculiares pessoais do Codificador. Além das obras do próprio Allan Kardec, há uma relevante obra espírita que nos oferece uma pequena descrição da personalidade do Codificador. Trata-se do extraordinário livro “História do Espiritismo”, de autoria do não menos extraordinário escritor Arthur Conan Doyle, o célebre criador de “Sherlock Holmes” (traduzido ao português por Júlio Abreu Filho, com prefácio do Professor José Herculano Pires, tendo sido publicado pela editora pensamento). De fato, Arthur Conan Doyle foi um espírita militante, profundamente comprometido com o estudo e a divulgação dos postulados doutrinários em uma época de forte antagonismo à Doutrina Espírita.

                Em verdade, no capítulo XXI da referida obra, intitulado “Espiritismo francês, alemão e italiano” A. C. Doyle transcreve importante descrição sobre o Codificador que foi elaborada por Anna Blackwell, tradutora das obras de Allan Kardec ao inglês. Vejamos o que está registrado em “História do Espiritismo”:

                “Miss Anna Blackwell, que traduziu as obras de Allan Kardec para o inglês, assim o descreve:


                “Pessoalmente Allan Kardec era de estatura média. Compleição forte, com uma cabeça grande, redonda, maciça, feições bem marcadas, olhos pardos, claros, mais se assemelhando a um alemão do que a um francês. Enérgico e perseverante, mas de temperamento calmo, cauteloso e não imaginoso até a frieza, incrédulo por natureza e por educação, pensador seguro e lógico, e eminentemente prático no pensamento e na ação. Era igualmente emancipado do misticismo e do entusiasmo... Grave, lento no falar, modesto nas maneiras, embora não lhe faltasse uma certa calma dignidade, resultante de seriedade e da segurança mental, que eram traços distintos de seu caráter. Nem provocava nem evitava a discussão mas nunca fazia volutariamente observações sobre o assunto a que havia devotado toda a sua vida, recebia com afabilidade os inúmeros visitantes de toda a parte do mundo que vinham conversar com ele a respeito dos pontos de vista nos quais o reconheciam um expoente, respondendo a perguntas e objeções, explanando as dificuldades, e dando informações a todos os investigadores sérios, com os quais falava com liberdade e animação, de rosto ocasionalmente iluminado por um sorriso genial e agradável, conquanto tal fosse a sua habitual seriedade de conduta que nunca se lhe ouvia uma gargalhada. Entre as milhares de pessoas por quem era visitado, estavam inúmeras pessoas de alta posição social, literária, artística e científica. O Imperador Napoleão III, cujo interesse pelos fenômenos espíritas não era mistério para ninguém, procurou-o várias vezes e teve longas palestras com ele nas Tuileires,sobre a doutrina de “O Livro dos Espíritos.””

Leonardo Marmo Moreira

29/05 - Frase do dia

Cada manhã, volves ao corpo que te suporta a intemperança e recebes a bênção do sol que te convida ao trabalho, a palavra do amigo que te induz à esperança, o apoio constante da Natureza, o reencontro com os desafetos para que aprendas a convertê-los em laços de beleza e harmonia e, sobretudo, a graça de lutar por teu próprio aprimoramento, a fim de que o tempo te erga à vitória do Bem.

Da obra Caminho Iluminado 
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

terça-feira, 28 de maio de 2013

28/05 - Frase do dia

Conforme os princípios de causa e efeito, que nos traçam a lei da reencarnação, cada qual de nós traz consigo a soma de tudo o que já fez de si, com a obrigação de subtrair os males que tenhamos colecionado até a completa extinção, multiplicando os bens que já possuamos, para dividi-los com os outros, na construção da felicidade geral.

Da obra Caminho Iluminado 
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

segunda-feira, 27 de maio de 2013

27/05 - Frase do dia

Não olvides que além da carne, em cuja protetora vestimenta agora estagias, outros círculos aguardam-te o cérebro e o coração.

Da obra Caminho Iluminado 
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

domingo, 26 de maio de 2013

26/05 - Frase do dia

Nunca te rendas à tentação do repouso desnecessário e nem te aconselhes com o desalento de vez que, em tuas áreas de serviço, encontras sempre tudo aquilo de que mais necessitas, a fim de seguir adiante.

Da obra Caminho Iluminado 
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

sábado, 25 de maio de 2013

25/05 - Frase do dia

Ouvindo sempre mais e falando um tanto menos, conseguirás numerosos recursos que te favorecem a própria renovação.


Da obra Companheiro
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

sexta-feira, 24 de maio de 2013

24/05 - Frase do dia

Recorda os esforços que desenvolves para que a bondade e a tolerância não se te afastem da vida e dispõe-te a entender e auxiliar, em louvor do Bem.


Da obra Caminho Iluminado 
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

quinta-feira, 23 de maio de 2013

23/05 - Frase do dia

O dinheiro pode ajudar muitíssimo, mas só o coração aberto ao esplendor solar do Bem pode amparar, libertar, erguer, salvar e aperfeiçoar para sempre.



Da obra Caminho Iluminado
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Por que André Luiz não revelou seu verdadeiro nome?


                Emmanuel deixa claro, prefaciando a obra de André Luiz “Nosso Lar”, que em vão procuraríamos o nome de André Luiz nos catálogos da convenção. Em outras palavras, não descobriríamos facilmente a verdade identidade, em se tratando especificamente da última encarnação de André Luiz.

                De fato, o famigerado “Caso Humberto de Campos” foi um dos fatores que explicam o porquê desse “nome” não ter sido explicitado pelos amigos espirituais. Esse episódio foi um dos eventos históricos mais dolorosos na História do Espiritismo brasileiro. Por outro lado, o “Caso Humberto de Campos” acentuou a precaução que os médiuns psicográficos passariam a ter no que se refere a eventuais relevações de nomes de Espíritos autores, sobretudo em se tratando de personalidades famosas e mais recentes do ponto de vista histórico.

                Realmente, a família de Humberto de Campos solicitou os direitos autorais da obra de Humberto de Campos-Espírito pelo médium Francisco Cândido Xavier na justiça, processando o referido médium e a Editora responsável pelas respectivas publicações, no caso a Federação Espírita Brasileira (FEB).

                Após tal episódio, mesmo Espíritos que na última encarnação já eram espíritas, como é o caso de Frederico Figner, passaram a utilizar de pseudônimos, no caso “Irmão Jacob” (a obra em questão é o livro “Voltei”, também obtida pela psicografia de Chico Xavier e publicada pela FEB), para evitar que novos problemas desse tipo voltassem a ocorrer.

                A falta de preparação espiritual da família encarnada, envolvendo tanto interesses econômicos assim como dúvidas a respeito da imortalidade da alma e da legitimidade do fenômeno mediúnico, entre outros tipos de problemáticas, são fatores que, em muitos casos, têm motivado a utilização de pseudônimos ao invés dos “verdadeiros nomes”, isto é, os nomes que corresponderiam à última encarnação do autor espiritual.

                O Espiritismo nos ensina que, em matéria de fenômeno mediúnico, o mais importante é o conteúdo da mensagem, sendo a identificação do autor espiritual algo, obviamente, secundário. No entanto, se fosse possível, tal identificação de autores famosos seria bastante interessante e, apesar de não ser imprescindível, ofereceria novas oportunidades de estudos comprobatórios da imortalidade da alma para os pesquisadores espíritas e não-espíritas. É o caso de obras mediúnicas atribuídas a Espíritos que já eram famosos enquanto escritores encarnados, tais como Camilo Castelo Branco, Victor Hugo, Joanna D`arc, Léon Denis, Honorec de Balzac, Charles Dickens, entre outros.

                De qualquer maneira, o volume de obras espíritas cresce cada vez mais e, desta forma, lenta e gradualmente, nós podemos estudar um número cada vez maior de obras espíritas que fornecem valioso conteúdo em prol de nosso aprofundamento doutrinário. Esse crescimento, inclusive, abrange obras de autores que, enquanto encarnados, já eram conhecidos. Desta forma, mesmo sabendo que, em alguns casos, tais identificações não foram possíveis de serem reveladas, pelos motivos supracitados, outras tem sido disponibilizadas, o que tem permitido que tais estudos comprobatórios continuem se expandindo, solicitando, apenas, de nossa parte, uma maior dedicação a tais leituras e pesquisas.

Leonardo Marmo Moreira

22/05 - Frase do dia

Assim como a semente traça a forma e o destino da árvore, os teus próprios desejos é que te configuram a vida.


Da obra Companheiro
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

terça-feira, 21 de maio de 2013

21/05 - Frase do dia

Dor, na maioria das vezes, é o tributo que se paga ao aperfeiçoamento espiritual

Da obra Caminho Iluminado
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

segunda-feira, 20 de maio de 2013

20/05 - Frase do dia


·         Resiste aos movimentos que tendam a desfibrar-te a coragem e mantém-te de pé na tarefa a que a vida te buscou.

Da obra Caminho Iluminado
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier


domingo, 19 de maio de 2013

19/05 - Frase do dia


·         Se te encontras na condição de peça na engrenagem de hoje, a que se acolhem tantas criaturas aflitas, não te entregues ao luxo do desânimo e, sim, trabalha servindo sempre.


Da obra Caminho Iluminado
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

sábado, 18 de maio de 2013

18/05 - Frase do dia

Quanto puderes, é justo procures erradicar com amor o mal que desfigure as peças do bem, com o zelo lavrador quando retira a erva invasora do corpo da árvore.


Da obra Companheiro
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

sexta-feira, 17 de maio de 2013

17/05 - Frase do dia

Não podes modificar o mundo, na medida dos próprios anseios, mas, podes, mudar a ti próprio.


Da obra Companheiro
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

quinta-feira, 16 de maio de 2013

16/05 - Frase do dia

Enumera os padecimentos dos desesperados, dos tristes, dos doentes sem esperança, dos quase suicidas, dos irmãos sanatorizados em vista de indefiníveis angústias, e compreenderás que a Infinita Bondade de Deus determina se nomeiem juízes para que se cominem penas destinadas ao resgate de nossas culpas, assim como suscita a formação de médicos que nos sanem os males, a fim de que a delinquencia e a enfermidade não nos destruam a vida, mas nos impele incessantemente à fraternidade que nos oriente os atos na edificação do futuro melhor, sob a regência do amor.


Da obra Companheiro
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

quarta-feira, 15 de maio de 2013

15/05 - Frase do dia

Natural examines no mundo os problemas de comportamento. Discernir o certo do errado. Entender o que auxilia e o que prejudica.


Da obra Companheiro
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Fatores complicadores da tarefa de identificação de Espíritos na psicografia


            A identificação nominal e a subseqüente confirmação da respectiva “assinatura” do Espírito autor da mensagem mediúnica não consiste em tarefa trivial por parte de estudiosos encarnados do fenômeno mediúnico.  A fascinação, que é fenômeno comum dentro dos estudos da obsessão, consiste em influência espiritual negativa que se disfarça de influência espiritual positiva, iludindo o “assistido”, que muitas vezes considera o Espírito comunicante, frequentemente um pseudo-sábio, um grande mentor espiritual (frequentemente com nome célebre em alguma área do conhecimento). Esse fenômeno consiste em perigo constante no estudo das mensagens mediúnicas, o que faz com que o movimento espírita esteja sempre atento ao estudo das mensagens que vêm do mundo espiritual, uma vez que a adulteração do nome é o recurso mais fácil de ser utilizado por Espíritos mistificadores.

            Por outro lado, o trabalho por parte de Espíritos verdadeiramente evoluídos que objetivam trazer mensagens através de determinado médium é até mais complexo, pois a influência anímica do médium, entre outras, afeta decisivamente a qualidade do recebimento da mensagem. Os mentores precisam “driblar” grande número de dificuldades para fazer chegar o elevado nível de informação da obra original do mundo espiritual até as páginas que nós lemos nos livros. De fato, a própria análise do corpo editorial, dependendo da editora, pode, a posteriori, alterar a essência do pensamento do autor espiritual. É claro que isso pode ser positivo, se a mensagem estiver “truncada”, prolixa, ou pouco informativa. Entretanto, algumas informações realmente relevantes e elevadas podem ser perdidas e os mentores, estando conscientes disso, têm de superar tais entraves para que o máximo da melhor mensagem possa chegar até os irmãos encarnados.

Allan Kardec constatou a complexidade do assunto através de seu amplo e profundo estudo a respeito das comunicações mediúnicas. Além da complexidade da identificação, a constatação, por parte do Codificador do Espiritismo, de aspectos mais relevantes a serem analisados concernentes ao conteúdo da mensagem (em primeiro lugar) e ao caráter moral do médium (em segundo lugar), fez com que Kardec deixasse como terceira prioridade os estudos referentes à identificação nominal do autor espiritual.
            De fato, o conteúdo da mensagem é o principal. Uma mensagem de conteúdo moral elevado, lógica, objetiva, que informa muito com poucas palavras, que apresenta um texto correto linguisticamente, altamente didática, que agrega informações interessantes a um determinado tópico de relevância espírita, sempre será desejável para a leitura e o estudo no movimento espírita.
O caráter moral do médium, por sua vez, acaba sendo uma referência importante quando o conteúdo da mensagem é de natureza duvidosa para os estudiosos do texto. Quando as informações são muito originais e, apesar de algum respaldo doutrinário, suscitam dúvidas quanto a sua credibilidade e consistência (isso ocorre principalmente em assuntos como “vida no mundo espiritual”, processos de manifestação mediúnica, reencarnações de indivíduos famosos, entre outros assuntos), o caráter moral do médium, apesar de não resolver totalmente a questão, é um parâmetro que deve ser considerado. Isso ocorre, pois um médium de comportamento moral inferior excepcionalmente pode, sim, receber mensagens de caráter elevado, uma vez que os mentores espirituais, por acréscimo de misericórdia, podem relevar a falta de mérito do médium e de afinidade espiritual para transmitirem uma mensagem que seja importante para o próprio médium e para o grupo espírita que terá acesso à referida mensagem. Entretanto, tal recurso tende a ocorrer apenas excepcionalmente, ou seja, se o médium não se esforçar por uma mudança de conduta, a médio e longo prazo, a tendência é que perca a proteção dos amigos espirituais (Lei de Causa e Efeito/Afinidade espiritual) e seja assessorado por Espíritos de nível evolutivo inferior. Daí, um médium moralmente elevado faz supor que sua “vizinhança” espiritual, pela afinidade de pensamentos, sentimentos e objetivos, seja também elevada, o que consiste em um importante pré-requisito para um trabalho mediúnico elevado que seja sustentável em longo prazo.

A identificação nominal do autor, sobretudo de autores conhecidos, sejam por obras mediúnicas, como autores espirituais, seja devido a obras publicadas enquanto eram escritores encarnados, é uma forma de confirmação da imortalidade da alma e da comunicabilidade dos espíritos (mediunidade). Essa evidência é ainda muito importante para aqueles que duvidam ou descrêem da vida após a morte do corpo e sempre será relevante para os estudos cada vez mais aprofundados sobre temas relacionados ao Espiritismo, tais como mediunidade, mundo espiritual, psicografia e animismo. Entretanto, nem sempre as condições mediúnicas permitem tal identificação em função de limitações enfrentadas pelo médium e/ou sua equipe de trabalho mediúnico. Neste caso, os autores preferem utilizar um pseudônimo para evitar que a diferença de estilos apresentados por ele, nessa nova obra (através desse médium) e anteriormente (por outro médium ou enquanto escritor encarnado) faça com que os críticos materialistas rejeitem a respectiva autoria, aumentando a rejeição ao fenômeno mediúnico por desconhecerem as dificuldades desta complexa tarefa.

            Existem vários fatores que podem dificultar a identificação da autoria espiritual da mensagem, tais como:

1)      No caso de autores espirituais que foram, enquanto seres encarnados, escritores famosos: Diferença da bagagem cultural entre o Espírito comunicante e o médium, a ponto da influência anímica limitar a capacidade do autor imprimir seu estilo literário.
2)      No caso de nomes que se tornaram célebres através de um médium específico: a transmissão de mensagens por intermédio de outro médium pode dificultar a transmissão do estilo literário característico do autor espiritual. Isso ocorre porque a influência anímica de médiuns diferentes sobre o processo de “filtração mediúnica” das mensagens pode se distinguir significativamente dependendo de fatores como a intensidade mediúnica de cada medianeiro, a bagagem cultural geral de cada um deles, o conhecimento específico sobre o assunto tratado pelo Espírito, o vocabulário e o estilo de escrita de cada médium bem como a adequação deste estilo com o estilo do Espírito comunicante.
3)      O mecanismo mediúnico de recebimento (mecânico; semi-mecânico ou consciente), o qual pode variar de médium para médium, afetando a reprodução do pensamento original do Espírito comunicante.
4)      As oscilações emocionais do médium durante a fase na qual é instrumento do recebimento mediúnico de mensagens de um determinado Espírito (pode ser em um único dia, quando se tratar de uma mensagem isolada ou pode envolver um intervalo bem maior de tempo, chegando a vários meses, quando consistir em recebimento de obras maiores e, principalmente, com conteúdo contínuo, como, por exemplo, romances mediúnicos). Essas inconstâncias emocionais podem dificultar a reprodução do pensamento original do Espírito comunicante.
5)      A diferença de vibração entre Espírito comunicante e médium que, quanto menor afinidade espiritual apresentarem, mais dificuldades encontrarão para a transmissão de idéias do comunicante.
6)      As influências espirituais negativas, incluindo obsessões propriamente ditas, que possam estar afetando o médium e/ou o grupo familiar e/ou o grupo espírita que o médium freqüenta (e que pode ser o grupo de sustentação dessa tarefa mediúnica específica). Tais dificuldades diminuiriam a “blindagem mediúnica” , que consiste em importante fator protetor da tarefa, sobretudo para o recebimento de romances mediúnicos.
7)      No caso de autores espirituais que foram escritores encarnados famosos: as oscilações emocionais e a própria evolução intelectual e, principalmente, moral do próprio autor desencarnado podem modificar as áreas de interesse e de estilo em relação àquilo que esse autor escrevia enquanto encarnado. Isso dificultaria a identificação do mesmo por parte de críticos encarnados. Processos semelhantes são comuns nos próprios autores encarnados, que muitas vezes modificam seus estilos em diferentes fases da vida física. Em se tratando da desencarnação, isso poderia se manifestar com maior ênfase, considerando a possível ocorrência de desencarnações e/ou adaptações ao mundo espiritual traumáticas para o autor desencarnado. Vale acrescentar que muitas vezes o autor espiritual está escrevendo décadas ou até mesmo séculos depois da sua fase célebre enquanto escritor encarnado, o que tende a aumentar as diferenças de estilo entre essas as duas fases do escritor (como encarnado e como desencarnado).
8)      Os vocabulários e modismos lingüísticos distintos em função das diferenças épocas das vidas físicas do autor espiritual em relação ao médium, favorecendo uma influência anímica que descaracterizaria o estilo do autor espiritual.
9)      No caso de autores espirituais que foram escritores famosos em língua estrangeira à língua nativa do médium, a reprodução do estilo do escritor pode ser dificultada pela diferença de estilos de construção literária entre a língua nativa do autor espiritual quando encarnado e a língua nativa do médium. Tal influência acaba podendo ser acentuada pela diferença de épocas de vida física, o que deve fazer com o que a língua estrangeira “antiga” do Espírito comunicante se distancie ainda mais da “tradução” mais direta em relação à língua nativa “recente” do médium.
10)  No caso da defesa de postulados filosófico-doutrinários que não correspondem às opiniões do médium pode haver alguma influência na filtração mediúnica, caso o médium não seja muito hábil na atividade de receptividade (“passividade”) em relação ao pensamento do Espírito comunicante.
11)  No caso de assuntos nos quais o médium tenha grande bagagem cultural e posicionamentos muito contundentes, a influência anímica pode gerar uma reprodução de clichês mentais inerentes à personalidade e aos pontos de vista do médium.
12)  No caso de assuntos nos quais o médium é completamente leigo, o desconhecimento por parte do médium de termos técnicos associados ao jargão do assunto abordado pelo Espírito podem dificultar a objetividade e o uso das palavras de primeira escolha do autor espiritual.
13)  Alguns autores espirituais que são muito solicitados por meio de preces e evocações conscientes e inconscientes muitas vezes enviam suas mensagens mediúnicas por meio de “secretários”, intermediários que tem a tarefa de trazer o pensamento do mentor diretamente até o médium em função do grande número de afazeres e de grupos assistidos por parte do benfeitor.

Tais dificuldades, longe de desmerecer, enaltecem o grande número de obras cujas autorias espirituais são avalizadas por especialistas e críticos literários.   Não podemos esquecer-nos do célebre “Parnaso de Além Túmulo” de autores diversos pela mediunidade de Chico Xavier; das obras de Humberto de Campos, também pela mediunidade de Chico Xavier; de “Cristo espera por ti” de Honoré de Balzac por Waldo Vieira; de “Memórias de Um Suicida” de Camilo Castelo Branco/León Denis por Yvonne do Amaral Pereira; de “O Mistério de Edwin Drood”, que foi iniciado pelo célebre autor britânico Charles Dickens, enquanto autor encarnado, e concluído por esse mesmo autor, após sua desencarnação, através de médium americano quase iletrado, cuja obra foi traduzida ao português por Hermínio C. Miranda.

Muitas vezes quando o Espírito comunicante percebe que não será possível imprimir seu estilo literário através de determinado médium, visando estudos comprobatórios subseqüentes que gerem mais uma evidência da imortalidade da alma e da comunicabilidade dos Espíritos, ele prefere utilizar um pseudônimo, para que a obra chegue até nós com o objetivo de nossa edificação espiritual pelo conteúdo da mensagem. Neste caso, um segundo objetivo seria inviabilizado, que seria o de fornecer uma evidência adicional da imortalidade da alma através de identificação de autor espiritual conhecido na Terra. Aconteceu algo semelhante quando Victor Hugo absteve-se de enviar pessoalmente um das suas obras por intermédio de Dona Yvonne do Amaral Pereira e sugeriu que Charles o fizesse, pois ambos conheciam o respectivo conteúdo da narrativa a ser contada.

Leonardo Marmo Moreira

13/05 - Frase do dia

Em qualquer processo de corrigenda, deixa que a compaixão te ilumine o pensamento para que o ideal de justiça não se te faça um deserto no coração.

Da obra Companheiro
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

domingo, 12 de maio de 2013

14/05 - Frase do dia

Recorda os esforços que desenvolves para que a bondade e a tolerância não se te afastem da vida e dispõe-te a entender e auxiliar, em louvor do bem.


Da obra Companheiro
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

12/05 - Frase do dia

por maior que seja a carga de provações e problemas que te pesam os ombros, ergue a fronte e caminha para a frente, trabalhando e servindo, amando e auxiliando, porque ninguém, nem circunstância alguma te podem furtar a imortalidade, nem te afastar da onipresença de Deus.


Da obra Companheiro
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

quarta-feira, 8 de maio de 2013

A Conversão de Eurípedes Barsanulfo ao Espiritismo


                O jovem Eurípedes Barsanulfo tinha três grandes desafios no início da sua vida adulta. Os três desafios eram os seguintes: a doença de sua mãe, que era um enigma tanto em termos de diagnóstico como de tratamento; a crença no Espiritismo de seu querido tio, “Sinhô Mariano”, o qual deveria ser dissuadido dessa opinião; e as bem-aventuranças de Jesus, as quais ele não tinha encontrado explicação lógica para o seu sentido profundo que julgasse satisfatória.

                Eurípedes Barsanulfo, como 22 anos (1902), já era um intelectual reconhecido na região de Sacramento, ou seja, em todo o triângulo mineiro e circunvizinhanças. De fato, nesta idade, Eurípedes já ocupava cinco cargos relevantes: Jornalista; vereador; secretário da Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP); Professor e diretor do Colégio denominado “Liceu Sacramentano”.

                De fato, nesta época, em torno de 1902, o trabalho de Frederico Peiró na divulgação do Espiritismo no triângulo mineiro já ganhava significativa notoriedade. Foi Frederico Peiró o responsável pela orientação espírita de Sinhô Mariano para que este, juntamente com vários colaboradores, fundasse o Centro Espírita Fé e Amor. Realmente, a comunidade liderada por Sinhô Mariano estava enfrentando dificuldades para administrar fenômenos mediúnicos de efeitos físicos bastante ostensivos, os quais fizeram com que uma determinada residência fosse tida pela população realmente como uma “casa mal-assombrada”.

                Certo dia, no ano de 1903, Sinhô Mariano hospedou-se na casa de Eurípedes Barsanulfo (que estava com 23 anos), dividindo o quarto com o sobrinho. Eurípedes, que aguardava a oportunidade para interrogar o tio sobre sua crença espírita, começa a inquiri-lo e contra-argumentá-lo com a sua grande erudição. Cada tentativa de explicação dos princípios espiritistas que Sinhô Mariano elaborava era redarguida por uma série de citações e análises filosófico-religiosas bastante eruditas por parte de Eurípedes. Aparentemente, o debate tem um vencedor e esse era Eurípedes Barsanulfo. Mas, Sinhô Mariano, humilde e sábio, conclui a discussão com um comentário desconcertante e ao mesmo tempo desafiador para o sobrinho. O tio afirma que não tinha condições culturais para debater como o culto sobrinho, mas que conhecia quem tinha condições para isso; neste momento, Sinhô Mariano entrega a Eurípedes o livro “Depois da Morte”, de Léon Denis. Eurípedes abre o livro e lê a folha de rosto da obra e fica profundamente interessado no seu conteúdo. E começa a ler naquela noite mesmo. Aliás, passa a noite lendo a obra.

                Após a primeira e rápida leitura da obra de Léon Denis, Eurípedes comenta sucintamente com seu tio Mariano o impacto que aquela obra causara em seus valores intelecto-morais. O tio, então, dá a obra de presente para Eurípedes (até, então, a priori, o livro tinha sido apenas emprestado). Eurípedes Barsanulfo lê, por segunda vez, “Depois da Morte”. Desta vez, mais lenta, detida e pormenorizadamente. O abalo inicial de suas convicções ganha maior proporção.

                De fato, Eurípedes encontra no livro de Léon Denis conceitos filosóficos sobre a vida e a morte que lhe parecem corretos, e encontra, na reencarnação, nas energias e na responsabilidade de cada um a causa para os desequilíbrios físicos, morais e sociais. Mesmo ainda com algumas dúvidas, mas já abalado na sua fé anterior, Barsanulfo parece estar disposto a conhecer outras obras espíritas e a comparecer às sessões espíritas.

Vale lembrar que Allan Kardec, em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, afirma que as idéias inatas (e/ou rapidamente adquiridas) a respeito do Espiritismo denotam realização de evolução espiritual prévia.  De fato, o próprio Léon Denis havia adquirido e lido “O Livro dos Espíritos” com aproximadamente 18 anos e somente essa leitura constituiu o marco decisivo de sua conversão ao Espiritismo, semelhantemente ao que aconteceria posteriormente com Doutor Bezerra de Menezes no Brasil.

                No início do ano de 1904, após as supracitadas duas leituras atentas de “Depois da Morte” de Léon Denis (a primeira delas mais rápida e a segunda mais lenta e cuidadosa, a qual se constituiu em verdadeiro estudo metódico da obra do célebre “filósofo do Espiritismo”, Léon Denis), Eurípedes já travava contato com outras obras espíritas.

Eurípedes, então com 24 anos, decide visitar o centro espírita dirigido por seu tio Mariano.

A experiência seria decisiva para Eurípedes Barsanulfo. De fato, Eurípedes presenciou parentes analfabetos incorporando Espíritos ilustres (mediunidade psicofônica), e mesmo falando línguas estrangeiras (Glossolalia ou Xenoglossia) e proferindo conceitos filosóficos com grande amplitude de conhecimentos. A partir dali, decide definitivamente tornar-se Espírita e ajudar no esclarecimento e no amparo aos necessitados, vislumbrando novas possibilidades de ação na caridade, a partir das novas perspectivas de ação no bem que os primeiros passos no Espiritismo já permitiam que percebesse.

De fato, em determinado momento, Eurípedes reflete mentalmente e lança um desafio telepaticamente: “Se os mortos vivem e se o Espiritismo tem fundamentação real, que o Espírito de João Evangelista se manifeste e explique as Bem-Aventuranças através de Aristides”.

Importante frisar que Aristides era um médium analfabeto, com sérias limitações intelectuais, conforme muitos relatos de biógrafos e estudiosos da vida de Eurípedes Barsanulfo.

Aristides levantou-se e começou a discorrer sobre as bem-aventuranças imortais do sermão da montanha de Jesus. Aquela teria sido a mais bela preleção que Eurípedes Barsanulfo havia ouvido em sua vida até aquele momento. No fim da exposição, Aristides, que estava claramente atuando como médium psicofônico, enuncia o nome do autor espiritual daquela palestra: “João Evangelista”.

Doutor Bezerra de Menezes, desencarnado há poucos anos, também se manifesta e saúda a Eurípedes Barsanulfo de forma muito carinhosa, demonstrando que sua chegada ao grupo e, principalmente, ao Espiritismo já era bastante aguardada pelos mentores espirituais. O próprio Doutor Bezerra anuncia que o mentor espiritual de Eurípedes Barsanulfo iria se manifestar através da mediunidade psicofônica. E isso ocorre com o Espírito em questão afirmando que era Vicente de Paulo. Eurípedes chocado pergunta se ele seria o autêntico “São Vicente de Paulo”, ao que o Espírito responde afirmativamente, explicando que, apesar de saber que Eurípedes dirigia uma instituição que levava seu nome (a Sociedade São Vicente de Paulo – SSVP), ele, Eurípedes, necessitava juntar-se àqueles amigos espirituais no trabalho dentro do movimento espírita. A reunião prossegue com manifestações espirituais maravilhosas concluindo a conversão definitiva de Eurípedes Barsanulfo ao Espiritismo. Poucos meses depois Eurípedes já coordenava reuniões espíritas em Sacramento.

Após a impactante reunião, Eurípedes procura um homem que era portador de hanseníase e o cura através de seu magnetismo superior. Posteriormente, através da terapêutica espírita curaria sua mãe, alcançando a obtenção de dois de seus objetivos, ou seja, a explicação racional das Bem-Aventuranças de Jesus e a cura dos males que importunavam sua própria mãe. Só não conseguiu converter seu tio “Sinhô Mariano” ao Catolicismo, pelo contrário, converteu-se ao Espiritismo, tendo em seu tio Mariano, juntamente com Léon Denis por meio de sua obra, uma verdadeira “Porta de Damasco” ou, se preferirem, um verdadeiro “Ananias”, em uma referência analógica à Conversão do Apóstolo Paulo ao Cristianismo.

Posteriormente, no ano de 1907, o próprio Espírito Luminoso de Maria de Nazaré teria aparecido para Eurípedes Barsanulfo em um momento muito difícil, em que ele não tinha alunos e nem professores, considerava-se falido e pensava em fechar o “Liceu Sacramentano”. Maria de Nazaré recomenda que ele mude o nome da escola para “Colégio Allan Kardec”, que ensine o “Evangelho de Seu Filho” e que “dê aulas de astronomia”. Ela protegeria o trabalho com seu “Manto” e nada faltaria. Assim foi feito. Os alunos e os professores voltaram e o trabalho de amor e educação continuou ininterruptamente durante toda a vida do “Apóstolo Sacramentano”; aquele que foi chamado por Jorge Rizzini, no título de sua excelente obra biográfica, “O Apóstolo da Caridade”.

Leonardo /marmo Moreira

08/05 - Frase do dia

O lar é benção de Deus em tua vida. Uma vez nele inserido, tens a grande oportunidade de rever amigos e inimigos, de ontem e de hoje. Tens a grande satisfação de poder estreitar laços com os afins e criar elos com aqueles que estejam algo distantes. Ama e perdoa, sempre e incondicionalmente.


Da obra Meditações Diárias
Pelo espírito Irmã Scheilla. Wellerson Santos

terça-feira, 7 de maio de 2013

07/05 - Frase do dia

Ama os entes queridos, tais quais são e quando nas provas a que sejam chamados para efeito de promoção na Espiritualidade Maior, se não consegues descobrir o melhor processo de auxiliá-los, acalma-te e ora pelo fortalecimento e paz deles todos, na certeza de que Deus está velando por nós e de que nós todos somos filhos de Deus.

Da obra Companheiro
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

segunda-feira, 6 de maio de 2013

06/05 - Frase do dia

De todos os infelizes os mais desditosos são os que perderam a confiança em Deus e em si mesmo, porque o maior infortúnio é sofrer a privação da fé e prosseguir vivendo.

Da obra Confia Sempre
Pelo espírito Meimei. Francisco C. Xavier

domingo, 5 de maio de 2013

Palestra: Um novo jeito de amar para estes dias


05/05 - Frase do dia

Ama os entes queridos, tais quais são e quando nas provas a que sejam chamados para efeito de promoção na Espiritualidade Maior, se não consegues descobrir o melhor processo de auxiliá-los, acalma-te e ora pelo fortalecimento e paz deles todos, na certeza de que Deus está velando por nós e de que nós todos somos filhos de Deus.



Da obra Companheiro
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

sábado, 4 de maio de 2013

04/05 - Frase do dia


Ainda que as tuas dores sejam amargas, as tuas aflições desesperadoras, os obstáculos aparentemente intransponíveis, arregimenta-te na fé e segue adiante. A fé é virtude incondicional, para que a criatura se transforme e encontre Deus dentro de si mesma.

Da obra Meditações Diárias
Pelo espírito Irmã Scheilla. Wellerson Santos

sexta-feira, 3 de maio de 2013

03/05 - Frase do dia

Os motivos para inquietação surgem freqüentemente no cotidiano, mas se lhes penetramos o objetivo, saberemos acolhê-los, de imediato, por ensinos da vida em nosso favor.


Da obra Caminho Iluminado
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

quinta-feira, 2 de maio de 2013

02/05 - Frase do dia

Coloca a Vontade Divina acima de teus desejos, e a vontade Divina te aproveitará.

Da obra Fonte Viva
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

quarta-feira, 1 de maio de 2013

O Estudo Doutrinário no Centro Espírita e o Autodidatismo Espírita


                O centro espírita é a principal sede do movimento espírita. Assim sendo, o centro espírita representa na crosta terrestre a sede principal de estudos espíritas, permitindo, assim, aos encarnados, o conhecimento da doutrina que resgata a essência do pensamento de Jesus. Obviamente, o trabalho e o estudo na casa espírita não nos isentam do estudo doutrinário pessoal em casa, ou seja, não nos libera da necessidade de certo esforço pessoal em um processo que poderíamos chamar de “autodidatismo espírita”. O “autodidatismo espírita” consiste, basicamente, em um esforço pessoal e independente para adquirir o conhecimento doutrinário através do estudo individual, sobretudo através de livros e DVDs (vídeos) espíritas, a fim de conseguirmos atingir um nível mais amplo e consistente de conhecimento doutrinário.

Nesse contexto, devemos acrescentar a grande fonte de informações doutrinárias, na qual se transformou a internet. De fato, através de um computador simples conectado à famigerada rede mundial, é possível acessar grande fonte de informações doutrinárias. O elevado número de páginas eletrônicas espíritas de elevado nível doutrinário bem como a extraordinária oferta de excelentes palestras e seminários espíritas no “Youtube”, além de fóruns de debates, “e-books” e outras fontes de informação, constituem recursos modernos de acesso ao conhecimento espírita que são, na prática, totalmente gratuitos. Vale ressaltar que a gratuidade do acesso ao conteúdo doutrinário constitui algo excepcionalmente relevante e ponto de honra de qualquer tipo de divulgação digna da Doutrina Espírita.

Toda a revolução social gerada pela internet consiste uma fonte excepcional de meios de divulgação doutrinária. Entretanto, nem sempre estudamos da forma mais condizente com as nossas necessidades prioritárias em termos de evolução doutrinária. No autodidatismo (também chamado autodidaxia), estamos sujeitos a eventualmente priorizar obras de conteúdo duvidoso em detrimento das reais fontes de conhecimento espírita. É claro que devemos respeitar a liberdade de pesquisa intelectual que é um direito inalienável de todos, mas, se nossa diretriz é a aquisição do conhecimento espírita propriamente dito (e não apenas um conhecimento espiritualista genérico, sem compromisso com as bases sólidas da Doutrina Espírita), algum processo mínimo de prévia seleção de conteúdos tornaria nossos esforços mais produtivos para nós mesmos, em primeiro lugar, e para nossa possível contribuição no movimento espírita, principalmente se levarmos em consideração a expansão editorial das obras espíritas dos últimos anos.

Por outro lado, mesmo o autodidatismo espírita consciente e bem orientado na seleção de conteúdos e na construção do conhecimento espírita não isenta o espírita militante da necessidade de contribuir na casa espírita.

O trabalho na casa espírita e o próprio intercâmbio de idéias com confrades que também estão estudando individualmente em casa permite que ocorra uma espécie de seleção natural de conteúdos pelo grupo espírita do respectivo centro. Isto ocorre porque, obviamente, todos os espíritas têm a mesma referência fundamental que é, e sempre será, a Codificação de Allan Kardec.

Desta forma, admitindo sempre a premissa de que o alicerce do conhecimento espírita deve ser construído sobre as Bases Kardequianas, a boa vontade e o mínimo de busca de coerência doutrinária por parte dos componentes de um grupo bem orientado evitaria erros de interpretação doutrinária, pelo menos os mais grosseiros. De fato, a troca de ideias entre os participantes do grupo, seja de forma direta (em debates em grupos de estudos) ou indireta (através da frequência a palestras públicas de diferentes confrades) beneficiaria a todos através das contribuições dos estudos individuais de cada componente. Assim, cada membro do grupo poderia “separar o joio do trigo” em relação ao conteúdo individualmente apreendido, de uma forma mais eficiente, por meio da análise em conjunto que a Casa Espírita pode oferecer. Realmente, quando um confrade faz um estudo baseado em uma obra de excelente valor doutrinário que nós não conhecemos, esse estudo serve para uma análise comparativa em relação a nossas idéias prévias, tanto as mais bem consolidadas como as que despertam dúvidas e necessitam ser mais efetivamente testadas através dos critérios da avaliação qualitativa (conteúdo da mensagem, caráter moral do autor, coerência com as bases doutrinárias e com a ciência da Terra etc.) e quantitativa (controle universal do ensino dos espíritos). Ademais, esse tipo de citação desperta o nosso interesse para obras de alta qualidade que ainda não conhecemos e que podemos, igualmente, vir a estudar.

Allan Kardec afirma que “o isolamento religioso assim como o isolamento social conduz o indivíduo ao egoísmo”. Portanto, o trabalho na casa espírita deve ser valorizado, sem deixarmos de apoiar, obviamente, o concomitante estudo de pessoas e/ou famílias em casa, incluindo os esforços empreendidos no “Evangelho no Lar”. Todavia, somente o estudo pessoal e/ou familiar em casa, pelo menos na grande maioria das vezes, não atenderia aos compromissos e responsabilidades que o Espírita consciente tem perante o Movimento Espírita.

Leonardo Marmo Moreira

01/05 - Frase do dia

Aceita-te como és e aceita a vida em que deves estar, na condição em que te vês, a fim de que faças em ti o burilamento possível.


Da obra Companheiro
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier