Indiscutivelmente,
a contribuição de Allan Kardec para a evolução espiritual da humanidade é algo
imensurável. Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo, representou o
principal elo encarnado da equipe de “O Espírito de Verdade” para a volta do
Evangelho de Jesus à Terra em toda a sua pureza. O Espiritismo é “O Consolador”
prometido por Jesus e Allan Kardec o organizador desta gigantesca obra. Em uma
mensagem do livro “Opinião Espírita”, Emmanuel afirma ser Jesus o Mestre e
Kardec seu apóstolo; ser Jesus “a porta” e Kardec “a chave.
Obviamente,
é natural que os espíritas tenham alguma curiosidade em relação à personalidade
deste homem admirável, o gigantesco benfeitor que nos proporcionou a Luz para que
a “Luz nos liberte”.
Obviamente,
pelos próprios livros de Allan Kardec, é possível inferir sobre o indivíduo
“Allan Kardec”. Sobretudo, o livro “Obras Póstumas”, permite que possamos obter
algumas informações sobre as peculiares pessoais do Codificador. Além das obras
do próprio Allan Kardec, há uma relevante obra espírita que nos oferece uma
pequena descrição da personalidade do Codificador. Trata-se do extraordinário
livro “História do Espiritismo”, de autoria do não menos extraordinário
escritor Arthur Conan Doyle, o célebre criador de “Sherlock Holmes” (traduzido
ao português por Júlio Abreu Filho, com prefácio do Professor José Herculano
Pires, tendo sido publicado pela editora pensamento). De fato, Arthur Conan
Doyle foi um espírita militante, profundamente comprometido com o estudo e a
divulgação dos postulados doutrinários em uma época de forte antagonismo à
Doutrina Espírita.
Em
verdade, no capítulo XXI da referida obra, intitulado “Espiritismo francês,
alemão e italiano” A. C. Doyle transcreve importante descrição sobre o
Codificador que foi elaborada por Anna Blackwell, tradutora das obras de Allan
Kardec ao inglês. Vejamos o que está registrado em “História do Espiritismo”:
“Miss
Anna Blackwell, que traduziu as obras de Allan Kardec para o inglês, assim o
descreve:
“Pessoalmente Allan Kardec era de estatura
média. Compleição forte, com uma cabeça grande, redonda, maciça, feições bem
marcadas, olhos pardos, claros, mais se assemelhando a um alemão do que a um
francês. Enérgico e perseverante, mas de temperamento calmo, cauteloso e não
imaginoso até a frieza, incrédulo por natureza e por educação, pensador seguro
e lógico, e eminentemente prático no pensamento e na ação. Era igualmente
emancipado do misticismo e do entusiasmo... Grave, lento no falar, modesto nas
maneiras, embora não lhe faltasse uma certa calma dignidade, resultante de
seriedade e da segurança mental, que eram traços distintos de seu caráter. Nem
provocava nem evitava a discussão mas nunca fazia volutariamente observações
sobre o assunto a que havia devotado toda a sua vida, recebia com afabilidade
os inúmeros visitantes de toda a parte do mundo que vinham conversar com ele a
respeito dos pontos de vista nos quais o reconheciam um expoente, respondendo a
perguntas e objeções, explanando as dificuldades, e dando informações a todos
os investigadores sérios, com os quais falava com liberdade e animação, de
rosto ocasionalmente iluminado por um sorriso genial e agradável, conquanto tal
fosse a sua habitual seriedade de conduta que nunca se lhe ouvia uma
gargalhada. Entre as milhares de pessoas por quem era visitado, estavam
inúmeras pessoas de alta posição social, literária, artística e científica. O
Imperador Napoleão III, cujo interesse pelos fenômenos espíritas não era
mistério para ninguém, procurou-o várias vezes e teve longas palestras com ele
nas Tuileires,sobre a doutrina de “O Livro dos Espíritos.””
Leonardo Marmo Moreira
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