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quinta-feira, 29 de maio de 2014


Alcíone e a Obra Emmanuelina “Renúncia”: A Liberdade é total para o Amor”

                O livre-arbítrio é alicerce da Lei de Deus. E todos os caminhos consagrados ao bem são igualmente abençoados pela Providência Divina. Desta forma, todos os nossos esforços efetivos na procura e na construção do bem são inspirados por nossos mentores espirituais. Todas iniciativas são bem-vindas, pois caracterizam facetas da Lei Geral que é o Bem.

Assim sendo, mesmo quando os nossos mentores espirituais não acham o nosso projeto no bem o mais adequado para determinado contexto, eles consideram a possibilidade, respeitando o nosso livre-arbítrio e a nossa iniciativa de buscar tarefas positivas para nós mesmos e para nossos irmãos.

O bom senso deve sempre guiar tais iniciativas para que não nos percamos em projetos inapropriados. De qualquer maneira, se estamos focados no bem, nossos amigos terão paciência, amor e consideração por nossas idealizações.

Isso ocorreu na obra de Emmanuel “Renúncia”. Logo nas primeiras páginas percebemos os mentores tentando dissuadir, embora respeitosamente, o nobre Espírito de Alcíone de suas intenções focadas em uma possível reencarnação por amor a um grupo de Espíritos familiares. Consideravam o risco da empreitada e também o fato de, pessoalmente, Alcíone não necessitar de nova experiência daquele tipo. Todavia, prevaleceu a intenção de Alcíone e ela reencarnou por “renúncia” e, apesar de todos os perigos, alcançou grande vitória espiritual.

Obviamente, assumir riscos para fazer o bem, contra o opinião de mentores espirituais, constitui atitude que requer muita segurança pessoal, e não deve ser tida necessariamente como regra de conduta. O ideal seria tentar conciliar, na medida do possível, o orientação dos Espíritos mais experientes com nossos projetos no bem, mesmo admitindo, conforme ocorreu com Alcíone, a possibilidade de exceções serem bem-sucedidas.


Que nós tenhamos o bem sempre por base de tudo o que fazemos, desde nossas intenções mais profundas até a constituição dos projetos propriamente ditos. Assim, as tarefas por nós elaboradas serão equilibradas entre o bom senso e o amor. Como disse Jesus: “É necessário a pureza das pombas e a perspicácia das serpentes”.

Leonardo Marmo Moreira

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Feitiçaria

                A feitiçaria, também conhecida como magia, está associada à paranormalidade, abrangendo tanto fenômenos anímicos como mediúnicos. Com frequência, os processos ditos “mágicos” abrangem desde a curiosidade menos útil, passando por objetivos individualistas que gravitam principalmente em torno de questões cotidianas da vida material, tais como obtenção de dinheiro, conquistas amorosas, aquisição de bens materiais, curas de doenças, entre outros, chegando mesmo a atingir, em alguns casos, objetivos claramente maliciosos, focalizados no prejuízo de outras pessoas através de diversos mecanismos e com vários diferentes escopos. Neste caso, estaríamos tratando da chamada “Magia Negra”.

                Importante registar que assim como acontece com o mau olhado, a Feitiçaria envolve muitas crendices populares, sendo que algumas têm fundo de verdade e outras não, aumentando a confusão em torno do tema.  De qualquer maneira, o mau olhado normalmente ocorre sem que o seu emissor saiba de seu poder desequilibrante, enquanto que a feitiçaria já seria algo provocado conscientemente, muito embora com alguma cota de superstição associada ao procedimento.

                Considerando que os objetivos muitas vezes são frívolos ou até maldosos (além de utilizarem frequentemente de recursos materiais totalmente descartáveis), os Espíritos que eventualmente poderiam estar associados ao processo, isto é, os “parceiros espirituais” de tais iniciativas, não podem ser muito evoluídos espiritualmente.

                Os ditos “trabalhos” de feitiçaria ou “macumbas” (principalmente aqueles direcionados a prejudicar outrem), entre outros nomes, conectam o evocador e/ou o indivíduo que solicitou o trabalho aos Espíritos maldosos e/ou zombeteiros que se interessam por tais práticas. Obviamente, tais “pactos” constituem associações para o desenvolvimento de obsessões, o que torna tanto o evocador como o interessado na evocação (admitindo que não se trate do mesmo indivíduo) Espíritos obsessores. Portanto, independentemente do fato da ação atingir ou não o seu objetivo, a intenção e a ação inicial propriamente dita já terão sido feitas, criando, obviamente, compromissos espirituais negativos graves para os seus causadores.

                No que se refere ao alvo do processo, ele poderá ser ou não atingido de forma significativa, dependendo de sua vida moral. Logo, os mesmos cuidados gerais que devemos ter para nos proteger de obsessões oriundas exclusivamente de desencarnados são aconselháveis para nos proteger dos chamados “trabalhos”, pois esses últimos não deixam de constituir eventos de vinculação mental, emocional e espiritual para execução de atitudes antiéticas a terceiros.

                O processo propriamente dito de constituição do “pacto” normalmente envolve alguma “oferenda” para agradar aos parceiros desencarnados. Tais Espíritos são ainda muito apegados à matéria, o que faz com que, por consequência, sentem saudade de alimentos materiais, com alta cota de fluido vital, tais como frutos e alimentos de origem animal. Assim, alguns costumam até mesmo a matar galinhas ou outros pequenos animais no ato de “constituição do pacto” para que o fluido vital eliminado no momento da morte possa ser haurido pelos Espíritos vampirizadores. O próprio mentor André Luiz comenta sobre fato semelhante em “Missionários da Luz”, quando uma falange de vampirizadores levam um Espírito suicida para um matadouro para poderem vampirizar tanto os fluidos vitais exteriorizados pelo suicida como aqueles eliminados pelos animais abatidos.


                Importante registrar que o vínculo espiritual com a falange de Espíritos obsessores pode ser mantido até a desencarnação dos encarnados envolvidos e, neste caso, dificilmente o usuário da magia, sobretudo da “magia negra”, vai se desvincular deles em um curto espaço de tempo. Além disso, o fato de se vincular a um grupo obsessor, tornando-se igualmente um obsessor, também torna o obsessor um obsediado, em função do clima espiritual em que passará a viver junto de seus comparsas espirituais.

Leonardo Marmo Moreira

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Mau Olhado

                O homem encarnado apresenta uma estrutura tríplice: Espírito; Corpo intermediário semi-material; e Corpo Físico. Entretanto, o corpo intermediário semi-material (que age como interface entre Espírito e Corpo físico), o qual é representado basicamente pelo Perispírito, a rigor não é formada apenas pelo Perispírito propriamente dito, mas, também pelo Corpo vital, também conhecido como Duplo Etérico, que é constituído fundamentalmente por fluido vital.

                Esse binômio Perispírito-Duplo Etérico constitui a base fundamental para a ocorrência dos chamados “fenômenos paranormais”, os quais abrangem tanto os fenômenos anímicos como os fenômenos mediúnicos. Os fenômenos anímicos são aqueles em que fundamentalmente prevalece a ação da própria “alma” (vale lembrar que na definição da Codificação Kardequiana, alma é o Espírito encarnado) do paranormal ao contrário dos fenômenos mediúnicos, nos quais o encarnado é o “filtro” (ou “telefone”), pelo qual o Espírito densencarnado age, ou seja, transmite sua ação.

                Dentre os fenômenos anímicos, a ação magnética do encarnado através da exteriorização de fluidos vitais consiste em um dos mais relevantes fenômenos. Assim como fluidos vitais de pessoas moralmente elevadas têm ação equilibrante, confortadora e curadora, a emissão de fluidos vitais de indivíduos moralmente inferiores tende a ser desequilibrante e prejudicial às saúdes mental, perispiritual e física. Tais fenômenos, inerentes a todo ser humano, podem ser muito intensos em indivíduos que tenham maior facilidade na emissão fluídica (liberação ectoplásmica), conhecidos como “magnetizadores”.

                Desta forma, os magnetizadores moralizados podem contribuir muito para a saúde dos nossos irmãos através do “Passe Espírita” assim como aqueles não moralizados podem prejudicar muito a saúde dos outros através da exteriorização de seus fluidos de baixo padrão vibratório, algo que é conhecido vulgarmente como “mau olhado”, entre outros nomes.

                Entretanto, ambos os processos supracitados dependem basicamente da afinidade espiritual, ou seja, da sintonia que poderia haver entre o receptor da emissão (“alvo da emissão”) e o emissor do fluido vital. Alta sintonia representa grande transmissão e baixa sintonia significa baixa transmissão fluídica, tanto para os fluidos oriundos de seres elevados espiritualmente como para os fluidos originados de seres inferiores do ponto de vista espiritual.

                O foco, a atenção, o interesse, a curiosidade, a inveja e o ciúme, entre outras, são atitudes mento-emocionais que concentram, desencadeiam e atraem a emissão do fluido vital. Quando o indivíduo tem o dom da emissão em níveis maiores, sendo, portanto, um magnetizador, ele pode realmente impactar negativamente outros seres vivos suscetíveis, o que inclui animais e vegetais, pois ambos os grupos aproveitam grande estrutura de fluido vital. Ocorreria, dessa forma, uma transfusão fluídica, independentemente da qualidade dos fluidos em questão.

                A elevação de pensamentos, sentimentos, objetivos, intenções e ações representa o “Olhai, vigiai e orai” de Jesus, e, neste caso, a imunização para que a sintonia com os magnetizadores desequilibrados não ocorra. Como temos dificuldades em manter tais valores elevados, necessitamos desenvolver uma disciplina para manutenção desses estados em prol de nossa saúde físico-espiritual. Desta forma, evitaremos ser impactados por magnetizadores desequilibrados assim como evitaremos ser os próprios magnetizadores desequilibrados para outrem, se a nossa exteriorização fluídica for também substancial.


                Vale comentar sobre um aspecto muito sério em relação a essa questão, que diz respeito ao medo. Como o assunto está envolto em grande nível de superstição, conceitos errados e corretos se misturam, fazendo com que muitos indivíduos tenham um medo acentuado do mau olhado, enquanto outros considerem o fenômeno impossível de ocorrer e, por consequência, apresentam total destemor em relação à possibilidade de serem atingidos. O medo excessivo contra o mau olhado não deixa de constituir brecha espiritual para que o impacto negativo ocorra, uma vez que o medo é atitude auto-obsessiva profundamente perturbadora. Por outro lado, a excessiva confiança de que o “mau olhado nunca acontecerá comigo” é algo que diminui a auto-vigilância. O ideal seria conhecer a possibilidade de ocorrência e, de forma pró-ativa, tomar as medidas preventivas para que não sejamos atingidos pelo mau olhado. De fato, o impacto do “mau olhado” pode ser fator gerador de outros processos perniciosos, tais como a depressão e a instalação de processos obsessivos. Assim, dependendo de outros fatores espirituais, um prejuízo relativamente pequeno poderia desencadear outras problemáticas de forma crescente, implicando em graves processos espirituais.

Leonardo Marmo Moreira

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Evolução Individual e Evolução Coletiva: Analisando as chamadas “fases de viradas espirituais”

                O Espírito é imortal e jamais regride espiritualmente, podendo apenas estacionar evolutivamente por um período mais ou menos longo, a depender do apego à matéria, do comodismo evolutivo, da ausência de auto-conhecimento, entre outras limitações do educando em questão.

                Podemos inferir, portanto, que, com significativas exceções, que são os Espíritos que permanecem basicamente estacionados, ao avaliarmos a evolução espiritual de indivíduos dentro de um espaço de tempo relativamente grande, a tendência é que um razoável número de Espíritos tenham avançado de forma significativa. O quão representativo seria esse avanço é muito variável, pois depende do esforço individual, isto é, da aplicação de todas as potencialidades inerentes ao Espírito nesse objetivo previamente estabelecido por meio do uso do livre-arbítrio.

                A discussão proposta acima diz respeito, obviamente, ao mecanismo de cada evolução individual, que já consiste em processo altamente complexo, considerando os diferentes focos de evolução que a personalidade é desafiada a atingir em cada encarnação. Por outro lado, quando analisamos a evolução de uma coletividade, a questão torna-se ainda mais complexa, pois “a cada um é dado conforme suas obras” e ninguém consegue impor ao outro os seus próprios valores e diretrizes de comportamento, pois o livre-arbítrio é base da Lei de Deus. Considerando coletividades volumosas, como a população da Terra com um todo, a questão assume complexidades elevadas, em termos de previsão de processo evolução, o qual depende da decisão individual de cada Espírito.

                De qualquer maneira, pelo andamento dos grupos sociais, é possível a elaboração de uma avaliação da tendência de evolução moral geral das coletividades através de estudos sobre suas leis, usos, costumes e valores assim como o ritmo de evolução dos mesmos.

                Desta forma, somos cobrados pela própria consciência pela nossa evolução individual propriamente dita bem como pela nossa contribuição para com a evolução dos grupos dos quais fazemos parte.

                Assim sendo, como Espíritas sabemos que o mundo vai melhorar a partir da nossa melhoria individual e do nosso esforço ativo para contribuir direta e indiretamente para o surgimento de oportunidades evolutivas para nossos irmãos, através do que chamamos “amor dinâmico”, isto é, “amor em ação”, conforme definição de nosso confrade José Raul Teixeira.

                Apesar de ser válida a avaliação do andamento das coletividades rumo ao crescimento espiritual, até porque nossa programação reencarnatória inclui trabalhos em parceria com nossos irmãos, observamos, frequentemente, questões, até certo ponto, “excêntricas” que retornam à preocupação dos Espíritas, tais como “datas de mudança” ou “fases de viradas espirituais”.


                Uma certa preocupação com o andamento da evolução de uma coletividade é compreensível e até recomendável, mas exagerar essa preocupação na expectativa por um “ano específico de virada espiritual”, além de contraproducente, pois a evolução parte da nossa transformação individual e das decisões da Providência divina, não é algo com grande respaldo doutrinário, porque tais previsões estão sujeitas a modificações, em função das ações de cada um de nós. Além disso, quando exagerada, esse foco denota imaturidade espiritual, porque de uma forma ou de outra, sempre recebemos aquilo que plantamos, pela Lei de Causa e Efeito, e, além disso, Deus é amor e misericórdia, nos proporcionando o melhor dentro de nossas possibilidades de evolução. Assim sendo, se estamos realmente preocupados com a evolução espiritual da coletividade, maior cota de esforço individual devemos dedicar tanto no que se refere à nossa própria elevação, como em relação à elevação dos grupos que estamos associados. E Deus que é “soberanamente justo e bom” saberá nos proporcionar oportunidades evolutivas ótimas, de acordo com o nosso esforço e aproveitamento no campo do bem.

Leonardo Marmo Moreira