A
feitiçaria, também conhecida como magia, está associada à paranormalidade,
abrangendo tanto fenômenos anímicos como mediúnicos. Com frequência, os
processos ditos “mágicos” abrangem desde a curiosidade menos útil, passando por
objetivos individualistas que gravitam principalmente em torno de questões
cotidianas da vida material, tais como obtenção de dinheiro, conquistas
amorosas, aquisição de bens materiais, curas de doenças, entre outros, chegando
mesmo a atingir, em alguns casos, objetivos claramente maliciosos, focalizados
no prejuízo de outras pessoas através de diversos mecanismos e com vários
diferentes escopos. Neste caso, estaríamos tratando da chamada “Magia Negra”.
Importante
registar que assim como acontece com o mau olhado, a Feitiçaria envolve muitas
crendices populares, sendo que algumas têm fundo de verdade e outras não,
aumentando a confusão em torno do tema.
De qualquer maneira, o mau olhado normalmente ocorre sem que o seu
emissor saiba de seu poder desequilibrante, enquanto que a feitiçaria já seria
algo provocado conscientemente, muito embora com alguma cota de superstição
associada ao procedimento.
Considerando
que os objetivos muitas vezes são frívolos ou até maldosos (além de utilizarem
frequentemente de recursos materiais totalmente descartáveis), os Espíritos que
eventualmente poderiam estar associados ao processo, isto é, os “parceiros
espirituais” de tais iniciativas, não podem ser muito evoluídos
espiritualmente.
Os
ditos “trabalhos” de feitiçaria ou “macumbas” (principalmente aqueles
direcionados a prejudicar outrem), entre outros nomes, conectam o evocador e/ou
o indivíduo que solicitou o trabalho aos Espíritos maldosos e/ou zombeteiros
que se interessam por tais práticas. Obviamente, tais “pactos” constituem
associações para o desenvolvimento de obsessões, o que torna tanto o evocador
como o interessado na evocação (admitindo que não se trate do mesmo indivíduo)
Espíritos obsessores. Portanto, independentemente do fato da ação atingir ou
não o seu objetivo, a intenção e a ação inicial propriamente dita já terão sido
feitas, criando, obviamente, compromissos espirituais negativos graves para os
seus causadores.
No
que se refere ao alvo do processo, ele poderá ser ou não atingido de forma significativa,
dependendo de sua vida moral. Logo, os mesmos cuidados gerais que devemos ter
para nos proteger de obsessões oriundas exclusivamente de desencarnados são
aconselháveis para nos proteger dos chamados “trabalhos”, pois esses últimos
não deixam de constituir eventos de vinculação mental, emocional e espiritual
para execução de atitudes antiéticas a terceiros.
O
processo propriamente dito de constituição do “pacto” normalmente envolve
alguma “oferenda” para agradar aos parceiros desencarnados. Tais Espíritos são
ainda muito apegados à matéria, o que faz com que, por consequência, sentem
saudade de alimentos materiais, com alta cota de fluido vital, tais como frutos
e alimentos de origem animal. Assim, alguns costumam até mesmo a matar galinhas
ou outros pequenos animais no ato de “constituição do pacto” para que o fluido
vital eliminado no momento da morte possa ser haurido pelos Espíritos
vampirizadores. O próprio mentor André Luiz comenta sobre fato semelhante em
“Missionários da Luz”, quando uma falange de vampirizadores levam um Espírito
suicida para um matadouro para poderem vampirizar tanto os fluidos vitais exteriorizados
pelo suicida como aqueles eliminados pelos animais abatidos.
Importante
registrar que o vínculo espiritual com a falange de Espíritos obsessores pode
ser mantido até a desencarnação dos encarnados envolvidos e, neste caso,
dificilmente o usuário da magia, sobretudo da “magia negra”, vai se desvincular
deles em um curto espaço de tempo. Além disso, o fato de se vincular a um grupo
obsessor, tornando-se igualmente um obsessor, também torna o obsessor um
obsediado, em função do clima espiritual em que passará a viver junto de seus
comparsas espirituais.
Leonardo Marmo Moreira
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