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sexta-feira, 7 de março de 2014

A cura da doença cardíaca de Divaldo Franco por Sai Baba

                Divaldo Pereira Franco conta em um documentário certa experiência que vivenciou com Sathya Sai Baba, famoso espiritualista indiano.

                A segunda metade da década de oitenta representou para Divaldo Franco uma época de grande dificuldade orgânica. De fato, o admirável médium e orador espírita baiano enfrentou persistente doença cardíaca que lhe proporcionava fortes dores. É importante frisar que Divaldo chegou a ser desenganado pelos médicos em vista da complexidade de sua afecção cardiovascular.

                Divaldo era muito amigo do conhecido escritor brasileiro Hermógenes, profundo conhecedor e praticante da chamada Yoga. Hermógenes havia comentado com Divaldo, por diversas vezes, a respeito das habilidades paranormais, inclusive de cura, apresentadas por Sai Baba. Entretanto, Divaldo, embora respeitando os comentários e as análises entusiásticas sobre Sai Baba, considerou que elas poderiam estar superestimadas por uma admiração excessiva.

                Nesse contexto, Divaldo teve, certo dia, uma intensa angina pectoris e tomou sua medicação cardíaca (o medicamento conhecido como isordil). Entretanto, como a dor estava especialmente aguda naquela ocasião, Divaldo lembrou-se dos comentários de Hermógenes sobre a capacidade de desdobramento e cura espiritual apresentados por Sai Baba a partir de evocações de indivíduos necessitados. Foi quando o tribuno baiano decidiu evocar Sai Baba, pedindo-lhe ajuda para sua enfermidade. Divaldo se concentrou e evocou mentalmente Sai Baba. Nesse momento, Divaldo teve uma visão psíquica de um jato de luz muito forte se aproximar dele. Essa concentração luminosa foi aproximando-se de Divaldo e tomando a forma humana. Um homem, trajado no estilo “black power”, chegou bem perto de Divaldo e impôs sua mão sobre o peito de Divaldo, liberando concentrados fluídico-energéticos que atingiram a área enferma do tórax de Divaldo, fazendo com que a dor se diluísse imediatamente.

                Divaldo, ao recobrar a lucidez, refletiu sobre o ocorrido e, racional e kardequianamente, elaborou hipóteses para tentar explicar o fenômeno. A primeira e principal delas admitia que a cessação da dor foi basicamente causada por um efeito retardado do próprio isordil. Todavia, no dia seguinte, aproximadamente no mesmo horário, a dor cardíaca retomou uma grande intensidade. Divaldo, então, resolveu não tomar o referido medicamento e evocar novamente Sai Baba. A experiência de intervenção espiritual se repetiu. No terceiro dia, novamente Divaldo não toma o medicamento e evoca Sai Baba e o mesmo espírito aparece e a dor some.

                Divaldo não tinha mais dúvidas. Era um fenômeno mediúnico, dito “entre vivos”, autêntico e a contribuição para a sua saúde era real.

                Passou um tempo e Divaldo, juntamente com seu amigo e confrade Nilson de Souza Pereira, foi convidado por Hermógenes a ir a Índia conhecer Sai Baba. Em princípio, Divaldo rejeitou o convite, em função dos gastos que a viagem requisitaria. Entretanto, a instituição Capemi resolve patrocinar a viagem de Divaldo e Nilson, o que de fato ocorreu no ano de 1991.

                Chegando lá e ao encontrar Sai Baba, o mestre indiano diz, ao fitar Divaldo: “Nós já nos conhecemos!”, o que chocou Divaldo, confirmando a autoria das assistências espirituais recebidas.

                Poucos dias depois, Divaldo estava na presença de Sai Baba e o mestre indiano teria perguntado: “O que desejas que eu faça por ti?”

                Divaldo respondeu: “Nada. Estou muito bem, não preciso de nada, obrigado.

                O Mestre insiste: “O que desejas que eu faça por ti?”

                Divaldo redarguiu: “Eu não preciso de nada. Sou um homem muito feliz”.

                Neste momento, Sai Baba o surpreende mais uma vez e pergunta: “E o coração?! Como está?!”

                Antes que Divaldo se recuperasse do choque da nova confirmação, o mestre se aproxima e crava o dedo entre as vértebras do médium, atingindo o coração de Divaldo. A dor foi intensa, mas depois que Sai Baba retirou o dedo, a dor tinha passado e não retornaria mais até os presentes dias. Era a cura definitiva.

                Essa notável experiência de Divaldo Franco ilustra vários ensinamentos de natureza espiritual. O primeiro ensinamento é que todos nós precisamos uns dos outros, como irmãos que somos, independentemente de rótulos e até da distância física. De fato, não sabemos quem será o portador da intervenção da Providência Divina em nossas vidas, uma vez que Deus ajuda a seu filhos através da ação no bem de outros filhos. O segundo ensinamento é que a paranormalidade, incluindo faculdades mediúnicas e anímicas, não é propriedade do Espiritismo e, sim, uma faculdade inerente ao ser humano, podendo ser encontrada em todas as raças, povos, classes sociais, profissões, idades, sexos, religiões etc. O terceiro ensinamento é que vários fenômenos paranormais podem ocorrer concomitantemente, o que implica na necessidade de aprofundamento doutrinário para que a nossa interpretação de cada ocorrência seja a mais precisa possível.

Realmente, precisamos estudar, cada vez mais e melhor, os fenômenos ditos paranormais, pois quanto mais estudarmos, tanto os que eventualmente acontecem conosco mesmos, como os que ocorrem com nossos irmãos, mais subsídios teremos para construir a nossa fé raciocinada, que é o alicerce para a nossa definitiva transformação moral e, consequentemente, para a nossa ascensão espiritual.


Leonardo Marmo Moreira

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