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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Jesus, o ser mais perfeito da Terra, não do Universo

                A Doutrina Espírita explica com muita eloquência e consistência argumentativa que, realmente, Jesus não é Deus. De fato, essa proposta, filha de crenças mitológicas, é mantida pela Igreja Católica e outras doutrinas ditas cristãs até hoje. 

Realmente, a crença dogmática na chamada “Santíssima Trindade”, que nos remete ao Concílio de Niceia, é um dos grandes erros doutrinários da tradição cristã ocidental, a qual gerou, por consequência, uma série de outros erros. 

Kardec discute muito bem essa questão na Codificação, deixando claro que Jesus não é Deus, e várias vezes esforçou-se para deixar isso claro em seu Evangelho.

Jesus é nosso irmão mais velho, mais experiente, mais sábio e mais bondoso. Indiscutivelmente “o ser mais perfeito que deu nos ofereceu para servir de modelo e de guia”, conforme Questão 625 de “O Livro dos Espíritos”.

Por outro lado, os Espíritos superiores não afirmam que Jesus é ser mais perfeito do Universo, o que equivaleria a dizer o mais elevado do Universo, depois de Deus. Nem mesmo afirmam que Jesus é o ser mais elevado de nossa galáxia, a Via Láctea. Afirmam, apenas, que Jesus de Nazaré é o ser mais perfeito que se encarnou na Terra.

Admitindo que “há muitas moradas na casa do Pai”, admitiremos igualmente que o Criador certamente proporcionou a essas outras moradas Cristos para serem “modelos e guias” para esses respectivos mundos.

Chico Xavier comenta com muita propriedade tal questão na obra que escreveu, juntamente com Herculano Pires e Espíritos Diversos intitulada “Diálogo com os Vivos”. Trata-se do último capítulo deste admirável livro, que todos nós espíritas deveríamos ler e estudar.

                
Leonardo Marmo Moreira

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