A
Doutrina Espírita explica com muita eloquência e consistência argumentativa
que, realmente, Jesus não é Deus. De fato, essa proposta, filha de crenças
mitológicas, é mantida pela Igreja Católica e outras doutrinas ditas cristãs
até hoje.
Realmente, a
crença dogmática na chamada “Santíssima Trindade”, que nos remete ao Concílio
de Niceia, é um dos grandes erros doutrinários da tradição cristã ocidental, a
qual gerou, por consequência, uma série de outros erros.
Kardec discute
muito bem essa questão na Codificação, deixando claro que Jesus não é Deus, e
várias vezes esforçou-se para deixar isso claro em seu Evangelho.
Jesus é nosso
irmão mais velho, mais experiente, mais sábio e mais bondoso. Indiscutivelmente
“o ser mais perfeito que deu nos ofereceu para servir de modelo e de guia”,
conforme Questão 625 de “O Livro dos Espíritos”.
Por outro
lado, os Espíritos superiores não afirmam que Jesus é ser mais perfeito do
Universo, o que equivaleria a dizer o mais elevado do Universo, depois de Deus.
Nem mesmo afirmam que Jesus é o ser mais elevado de nossa galáxia, a Via
Láctea. Afirmam, apenas, que Jesus de Nazaré é o ser mais perfeito que se encarnou
na Terra.
Admitindo que
“há muitas moradas na casa do Pai”, admitiremos igualmente que o Criador
certamente proporcionou a essas outras moradas Cristos para serem “modelos e
guias” para esses respectivos mundos.
Chico Xavier
comenta com muita propriedade tal questão na obra que escreveu, juntamente com
Herculano Pires e Espíritos Diversos intitulada “Diálogo com os Vivos”.
Trata-se do último capítulo deste admirável livro, que todos nós espíritas
deveríamos ler e estudar.
Leonardo Marmo Moreira
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