O esquecimento de encarnações
anteriores é, indiscutivelmente, uma benção para o Espírito imortal, tanto no
que se refere à melhoria das relações interpessoais previamente estabelecidas
como no que se refere ao desenvolvimento de novas aptidões intelecto-morais.
Com o esquecimento do passado o Espírito é mais livre para recomeçar, sem
perder as conquistas efetuadas previamente, pois somos sempre herdeiros de nós
mesmos.
Entretanto,
ainda assim, alguns fatores podem favorecer uma maior contundência das marcas
do passado na vida presente, chegando, em muitos casos, a ocorrer lembranças
concretas de eventos vividos em existências passadas. Os principais fatores
são: a predisposição anímico-mediúnica às lembranças de vidas passadas; o
pequeno intervalo de tempo entre as encarnações (tempo de intermissão); a experiência
traumática vivenciada no pretérito; o favorecimento inerente ao período
infantil da nova encarnação, no qual a influência da matéria é menos drástica
sobre o “binômio Espírito-perispírito”, quando comparada à influência que
normalmente atinge jovens e adultos.
Quanto
mais fatores estiverem associados, maior será a predisposição à ocorrência de
lembranças espontâneas e/ou lembranças induzidas, tais como aquelas que ocorrem
na psicoterapia conhecida como “Terapia de Vidas Passadas” (TVP). De qualquer
maneira, apesar que chegar às mesmas conclusões relacionadas à pré-existência
da alma, vale frisar que a TVP não é uma técnica espírita e jamais deverá ser
empregada na Casa Espírita.
Leonardo Marmo Moreira
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