Na
transição do século XIX para o século XX, a existência do átomo ainda não havia
sido comprovada definitivamente (apesar dos modelos atômicos de Dalton e
Thomson já serem referências acadêmicas, somente com o trabalho sobre o
movimento browniano de Einstein a questão foi definitivamente elucidada).
Na
transição do século XIX para o século XX as tabelas periódicas ainda tinham na
massa atômica a sua principal referência para classificação periódica, ou seja,
o número atômico (número de prótons) não era considerado ainda a principal
propriedade periódica e as tabelas ainda não eram dispostas em ordem de número
atômico.
Na
transição do século XIX para o século XX, o conceito de ligação química ainda
estava em níveis extremamente limitados frente ao que se sabe hoje. De fato,
nem a mecânica quântica e muito menos os trabalhos de Lewis, Linus Pauling e de
Robert Mülliken estavam próximos de serem elaborados.
Na
transição do século XIX para o século XX, a separação e o desenvolvimento da
Bioquímica, como subárea interagente, porém independente, da Química Orgânica
ainda dava seus primeiros passos.
Na
transição do século XIX para o século XX, a chamada Química analítica
instrumental praticamente inexistia, estando, a Química Analítica, limitada aos
chamados métodos clássicos.
Na
transição do século XIX para o século XX, ciências com fortes correlações com a
Química, como é o caso da Física, ainda estavam longe de muitos conceitos
ensinados em livros textos de graduação nos dias atuais.
Na
transição do século XIX para o século XX, relevantes e amplas aplicações da
Química em Biologia, Farmacologia, Química Farmacêutica e Medicina ainda
estavam em seus primórdios, muito longe de conceitos estudados por alunos de
graduação de diversos cursos superiores atualmente.
Muitas
dessas áreas e subáreas tiveram diversos paradigmas questionados e derrubados
desde então, implicando em uma realidade significativamente distinta para os
estudiosos dos dias atuais. Entretanto, as bases da Doutrina Espírita,
estabelecidas pelo Codificador Allan Kardec, apesar de amplamente combatidas
por adeptos de outras religiões e por cientistas materialistas, permanecem
sólidas, válidas, e com cada vez maior volume de evidências e provas
científicas.
Dentro
deste contexto, devemos compreender que se pouco mais de cem anos foram
suficientes para gerar tamanho avanço conceitual na ciência que estuda a
matéria, devemos aguardar com otimismo os anos vindouros, pois diversos setores
científicos e religiosos lenta e gradualmente começam a estudar de forma
“oficial” os postulados espíritas e paulatinamente chegarão às mesmas
conclusões kardequianas, mesmo que utilizem de uma termologia diferente daquela
empregada pelo ilustre Codificador do Espiritismo.
A
nós, espíritas, cabe a tarefa de cumprir com o nosso serviço de divulgação, com
qualidade, dos postulados espíritas através de todos os meios dignos a nosso
alcance, incluindo a nossa transformação moral. Dessa forma, estaremos
contribuindo para o advento da nova era, desde já, através de nossa dedicação
sincera à revivescência do Evangelho na Terra.
Leonardo Marmo Moreira
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