A prece à luz
da doutrina espírita apresenta 3 objetivos básicos: pedir; agradecer e louvar.
Desta
forma, nossas preces devem girar em torno dessas 3 abordagens. De fato, há
preces em que só pedimos, outas em que só agradecemos e outras ainda em que só
louvamos a Deus e/ou à natureza e/ou à vida etc. Por outro lado, há preces em
que associamos dois destes três objetivos e outras que contemplam os três
tópicos.
Em
relação ao beneficiário da prece, na maioria da vezes, oramos por cada um de
nós mesmos. Equivale a dizer que o EU ainda dita esmagadora maioria de nossas
rogativas. Em bom número de vezes, oramos por familiares próximos ou pessoas
queridas recém-desencarnadas, na maioria das vezes em pedidos que também
contemplam a nós mesmos.
Portanto,
poderíamos lembrar Raul Teixeira: “Invariavelmente pedimos; de vez em quando
agradecemos; e muito raramente louvamos” e, de nossa parte, poderíamos
acrescentar: invariavelmente pedimos por nós mesmos; de vez em quando pedimos
por outros ou agradecemos; muito raramente louvamos; e mais raramente ainda
oramos por nossos inimigos, conforme o Evangelho nos recomenda.
Além
dessa análise inicial, é importante registrar que a clareza e a objetividade,
que seriam importantes na elaboração de nossas preces, nem sempre são atingidas
porque nós não buscamos uma concentração real antes de iniciá-las.
O
estudo aprofundado dos 2 capítulos finais de “O Evangelho segundo o
Espiritismo” poderia ser uma ferramenta útil para que nós possamos reflexionar
sobre nossas preces, ainda eivadas de nosso egoísmo e conseguíssemos melhorar a
concatenação de nossas ideias, até para que as preces fiquem mais claras para
nós mesmos e, cada vez mais, descubramos o prazer de elaborar um prece sincera.
Leonardo Marmo Moreira
Nenhum comentário:
Postar um comentário