O Espiritismo
é a chamada “terceira revelação”. Assim, como Moisés personifica a primeira
revelação, cujos conceitos fundamentais dizem respeito às noções de Justiça que
o Espírito Imortal deve aprender, Jesus representa a segunda revelação, isto é,
o Amor, simbolizando o nível moral mais elevado que podemos almejar na Terra.
Jesus e seus ensinos evangélicos, portanto, ensinam-nos a bondade que devemos
buscar incessantemente em nossas lutas evolutivas.
Entretanto, O
Mestre Jesus não pôde dizer tudo no tempo em que esteve encarnado entre os
homens, devido ao nível médio de evolução intelecto-moral muito baixo da
humanidade naquela época. Foi necessário que os homens e mulheres vivessem e
lutassem 18 séculos, progredindo através da reencarnação, para que o contexto
geral melhorasse. De fato, os Espíritos dos seres humanos que habitam a Terra
vivenciaram experiências visando à obtenção de crescimentos intelectuais e
morais para que o Evangelho de Jesus assim como todas as Leis Universais da
Vida pudessem ser assimilados em um nível de maior profundidade.
Neste
contexto, após o chamado “século das luzes” (século XVIII), que foi marcado
pelo Iluminismo e por avanços em diversas áreas do conhecimento, surge o
Espiritismo em meados do século XIX. Assim, o Espiritismo, que não é
personificado por nenhum indivíduo como as revelações anteriores, já que é
fruto do Ensino concordante dos Espíritos Evoluídos, traz a busca racional pela
Verdade. E, logicamente, a busca pela Verdade é contínua e crescente. Desta
forma, a Doutrina Espírita, representando a Fé Raciocinada, em uma harmônica
associação entre Ciência, Filosofia e Religião, sempre estará avançando com os
conhecimentos da humanidade.
Logo, não
podemos olvidar o caráter progressivo da Doutrina Espírita. Isso equivale a
dizer que, respeitando sempre as bases kardequianas, devemos aprofundar o
conteúdo doutrinário através das novas contribuições de obras subsidiárias
respeitáveis concernentes ao Espiritismo. Em outras palavras, “O Espiritismo
começa com Kardec, mas não termina com ele” e, assim sendo, estudaremos sempre
Kardec, mas estudaremos também outros autores espíritas respeitáveis que tragam
contribuições significativas para a nossa evolução espiritual.
Leonardo Marmo Moreira
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