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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Os médiuns e o os “não-médiuns”

                Yvonne Pereira, em seu livro “Um Caso de Reencarnação – Eu e Roberto de Canallejas”, afirma que a partir de seus 4 anos de idade via quase que diariamente o Espírito de Roberto de Canallejas. Divaldo P. Franco afirma, com relação à sua mentora espiritual Joanna de Ângelis, que “de fato, é uma querida a quem eu vejo quase todos os dias”. Vale ressaltar que, sobretudo no caso de Divaldo, não era apenas vidência, mas vidência acompanhada de audiência, repercutindo em verdadeiros diálogos com a protetora espiritual.

                Dentro deste contexto, devemos admitir que tal nível de intensidade mediúnica é muito raro. De fato, mesmo conscientes de que muitos indivíduos apresentam uma sensibilidade mediúnica significativa, bem superior à média da população, temos que convir que, em sua maioria, os médiuns de nossas casas espíritas não apresentam tamanhas possibilidades mediúnicas. Ainda nessa linha de raciocínio, reconhecemos que a grande número de indivíduos, incluindo os trabalhadores espíritas, não apresentam nem mesmo essa mediúnica significativa. Isso nos leva a concluir que, se “o telefone toca de lá para cá”, como nos ensina Chico Xavier, não devemos “forçar” o fenômeno, quando ele não ocorra espontaneamente. Forçar o reconhecimento da mediunidade em indivíduos que somente apresentem a sensibilidade basal, que todos os indivíduos possuem, dependendo da situação, poderá acarretar em um processo de fomento de manifestações anímicas e, o que é pior, mistificadas e mistificadoras.

                A hipervalorização da sensibilidade mediúnica basal como fonte de informações diretas do mundo espiritual não gerará produtos de qualidade e retirará das manifestações qualquer sustentação científica, o que é fundamental em matéria de Espiritismo.


Obviamente, os chamados “exercícios mediúnicos” são válidos para o aprendizado doutrinário de médiuns e não médiuns. Entretanto, considerar “exercícios mediúnicos”, em médiuns iniciantes, com pouca intensidade mediúnica, fonte de informações doutrinárias diretas, sem uma maior avaliação e critério é uma temeridade para o movimento espírita. O rigor na análise do conteúdo da mensagem é fundamental para a nossa segurança doutrinária, e, por consequência, mediúnica.

Leonardo Marmo Moreira

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