Allan
Kardec dividiu a evolução do movimento espírita em fases, de acordo com a
atividade dos seus próprios adeptos assim como a repercussão social da atuação
espírita.
O
primeiro período foi o da curiosidade, no qual predominou os questionamentos
superficiais direcionados a médiuns e doutrinadores.
O
segundo período é chamado de filosófico porque representa o aprofundamento dos
questionamentos por parte dos adeptos, envolvendo diversas áreas do conhecimento,
inclusive as questões ancestrais da filosofia: O que sou eu? Quem sou eu? De
onde eu vim? Para onde eu vou? Qual a finalidade da vida na terra? Por que
sofremos? Entre outros questionamentos.
O
terceiro período foi denominado “período de lutas”, uma vez que a oposição à
doutrina e até mesmo o preconceito religioso atingiram níveis trágicos
simbolizados, basicamente, pelo chamado “Auto-de-fé de Barcelona”. De fato,
perseguições “políticas” foram perpetradas contra os espíritas em diversos
países, exigindo dos adeptos do Espiritismo ideal superior e grande coragem.
Representado
fundamentalmente pela obra “O Evangelho segundo o Espiritismo”, o quarto
período é chamado de “período religioso” porque representa a volta de Jesus à
Terra.
O
quinto período não foi denominado pelo Codificador, que deixou para que os
estudiosos do futuro intitulassem tal fase. Divaldo Pereira Franco sugere o
nome “Período da Investigação Científica”, uma vez que diversos acadêmicos
passaram a pesquisar a questão espiritual sob variados ângulos, objetivando
evidências incontestáveis da imortalidade da alma.
O
sexto e último período será o da “renovação social” e representará a
repercussão efetiva do conhecimento espírita na melhoria do comportamento de
nossa sociedade. De fato, na opinião de Divaldo Franco, o período da renovação
social já teria iniciado em suas etapas iniciais e cabe a nós, espíritas,
acelerar esse processo através, em primeiro lugar da transformação moral
individual de cada um de nós.
Melhorando
intelecto-moralmente a nós mesmos, a partir da vivência dos postulados
espíritas, induziremos a melhoria dos nossos irmãos mais próximos a nós e,
consequentemente, estaremos atuando ativamente para melhorar toda a humanidade,
ou seja, estaremos sendo membros ativos para a “renovação social” efetuada pelo
Espiritismo.
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