Prefaciando
a sua obra intitulada “Xenoglossia”, Ernesto Bozzano tem ocasião de diferenciar
os termos “Xenoglossia” e “Glossolalia”. O grande estudioso italiano explica
que o termo “Xenoglossia” foi criado por Charles Richet, célebre “Pai da
Metapsíquica” e recebedor do Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de
1913. Charles Richet deu o nome de
“Xenoglossia” ao fenômeno da mediunidade
poliglota, ou seja, a mediunidade associada à fala de línguas estrangeiras.
O
professor Bozzano explica que “Glossolalia” é quando, através comumente de
transe sonambúlico, o médium enuncia vocábulos sem significado pré-determinado,
isto é, emite sons que, a priori, não representariam nenhum termo específico de
idioma realmente constituído. Na glossolalia, pode haver momentos de emissões
inteligíveis assim como outros momentos de pronunciação de expressões coerentes
com idiomas definidos.
O
fenômeno da “Xenoglossia” propriamente considerada, por outro lado, constitui
uma elaboração linguística muito mais bem construída e claramente associada a
idioma conhecido (do presente, como, por exemplo, francês, inglês e alemão ou
do passado, tal como o latim). De fato, na Xenoglossia, o médium constrói
verdadeiras dissertações em idiomas muitas vezes desconhecidos, tanto por parte
do médium responsável pela comunicação como de todo o grupo reunido com o
respectivo médium. Atualmente, com a prática frequente (e aconselhável) de se
“gravar” as reuniões mediúnicas” (utilizando-se gravadores ou aparelhos de sons
comerciais comuns), seguindo-se os exemplos de diversos grupos mediúnicos que
forneceram relevantes contribuições ao Movimento Espírita, tais como os grupos
mediúnicos de Chico Xavier e de Divaldo Pereira Franco, fica mais evidente
ainda a autenticidade paranormal deste fenômeno. De fato, muitas vezes só
depois da reunião, através da reprodução da respectiva gravação, torna-se
possível identificar o idioma estrangeiro, pois pode não haver nem mesmo um
único participante que domine a língua enunciada. Assim, posteriormente
procura-se alguém que domine o respectivo idioma para obter-se a tradução, o
que constitui evidência bastante contundente da autenticidade do fenômeno
mediúnico em questão.
A
Xenoglossia, portanto, é uma evidência muito consistente da imortalidade da
alma bem como da comunicabilidade dos Espíritos, merecendo desde os tempos de
Gabriel Delanne, acuradas reflexões por partes de todos os estudantes que
estejam interessados sinceramente na análise imparcial e científica do fenômeno
paranormal.
Leonardo Marmo Moreira
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