quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Depressão: Necessidade de auxílio médico/psicológico ou de auxílio espírita?

Há uma possível correlação teórica para fins didáticos entre o chamado eletrochoque e o chamado “choque anímico”, o qual ocorre quando o Espírito sofredor incorpora no médium psicofônico e sofre um impacto de fluido vital que melhora sua condição espiritual/emocional. Portanto, seria possível uma analogia conceitual mínima para facilitar o entendimento do tratamento desobsessivo entre o tratamento psiquiátrico através de eletrochoques e o choque anímico gerado pela incorporação de Espíritos sofredores em médiuns psicofônicos, em reuniões de desobsessão. Obviamente, trata-se de uma analogia, até porque sabemos pouco sobre as propriedades do fluido vital, o qual varia de médium para médium, e sobre as variedades de terapêuticas espirituais que os mentores espirituais da Casa Espírita podem utilizar.

De forma similar, as reuniões espíritas, que têm sempre um caráter misto de esclarecimento e consolação, geram motivação para que os frequentadores enfrentem seus conflitos com mais recursos espirituais, além de fornecerem a chamada “fluidoterapia”, que sempre contribui para a melhoria das condições psicológicas e físicas do indivíduo. Portanto, as reuniões públicas espíritas não deixam de ser “psicoterapias de grupo”, auxiliando na busca pelos equilíbrios emocional e espiritual, os quais são fundamentais para a aquisição da saúde integral.

As casas espíritas não fazem e nem devem fazer procedimentos médicos tradicionais. Essa não é a tarefa a que o Centro Espírita se propõe. O Centro Espírita deve ensinar Espiritismo e desenvolver reuniões que ajudem o crescimento intelecto-moral dos indivíduos, se possível, abrangendo todas as faixas etárias. Além disso, a Casa Espírita deve se esforçar para fornecer o maior número de horários possíveis para que os interessados tenham diferentes tipos de reunião a fim de que os mesmos possam se beneficiar espiritualmente do contato doutrinário.

O centro espírita busca igualmente fornecer oportunidades de um trabalho de benemerência social como exercício de solidariedade e fraternidade, como consequência do conhecimento doutrinário adquirido e da necessidade de coletivamente exercitar o conhecimento adquirido nesta casa. Obviamente, todo esse esforço tende a melhorar o estado espiritual do indivíduo, auxiliando, por consequência, seu estado clínico, sobretudo no que se refere aos seus comportamentos psicológico e emocional.

Sobre os casos de problemas de saúde, é fundamental procurar ajuda médica como primeira e geral recomendação, sobretudo em casos de depressão previamente caracterizada através de diagnóstico médico. A frequência à casa espírita poderia ajudar ao enfermo a elucidar algumas dúvidas sobre suas dificuldades emocionais, mas sem jamais substituir o tratamento médico propriamente dito. É importante buscar respeitar o tratamento que mais se encaixa nas suas necessidades e só o médico, ou eventualmente o psicólogo, poderá lhe orientar a esse respeito. Esse tipo de critério é fundamental para que não caiamos no fanatismo religioso, demonstrando um comportamento que nada tem a ver com a fé raciocinada que deve ser cultivada pelo espírita militante. De qualquer maneira, a frequência à casa espírita, para aqueles que se aderem espontaneamente aos seus postulados, poderia contribuir com a melhoria geral do enfermo, a partir da melhoria de sua saúde espiritual, sendo, portanto, um coadjuvante para o tratamento médico convencional.

Leonardo Marmo Moreira

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