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terça-feira, 30 de julho de 2013

30/07 - Frase do dia

A Vontade é a gerência esclarecida e vigilante, governando todos os setores da ação mental.


Da obra Pensamento e Vida
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

segunda-feira, 29 de julho de 2013

29/07 - Frase do dia

Ninguém pode ultrapassar de improviso os recursos da pró- pria mente, muito além do círculo de trabalho em que estagia;  contudo, assinalamos, todos nós, os reflexos uns dos outros, dentro da nossa relativa capacidade de assimilação.

Da obra Pensamento e Vida
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

Unificação sim, Uniformização não!

Doutor Bezerra de Menezes afirma que a tarefa da “Unificação do Movimento Espírita é urgente, mas não é apressada”, denotando a relevância do respectivo esforço, desde que respeitando os limites naturais que constitui requisito para sua implementação com qualidade. O notável benfeitor espiritual também analisa a questão afirmando que a unificação será muito difícil de ser empreendida sem a união dos indivíduos. Desta forma, o trabalho de base que antecede ao desenvolvimento da unificação propriamente dita parte de uma busca sincera por uma maior amizade entre trabalhadores e dirigentes espíritas de um mesmo centro espírita, de diferentes centros espíritas e de diferentes cidades.

Divaldo Pereira Franco, fazendo uma análise da afirmação de Bezerra de Menezes supracitada e da questão a respeito da Unificação de uma forma geral, tem ocasião de afirmar que “A Unificação do Movimento Espírita jamais será a Uniformização do Movimento Espírita”. Além disso, Divaldo assevera, corroborando Bezerra de Menezes, que “não alcançaremos a Unificação das casas sem a união dos indivíduos e sem colocarmos a Causa à frente das casas e das paixões”.

De fato, o Movimento espírita não tem chefes formais como a maioria das religiões. Os órgãos de Unificação do Movimento Espírita são instituições que visam contribuir com uma melhor divulgação doutrinária através de um intercâmbio mais dinâmico de idéias. Desta forma, o centro espírita sempre será a principal célula do Movimento Espírita, ou seja, sua sede fundamental, implicando que os órgãos de Unificação devem contribuir para a melhoria das qualidades doutrinária e espiritual de cada Casa Espírita. Logo, todos os esforços lícitos devem ser empreendidos para desenvolver eventos relevantes e fornecer material didático que possibilite aos grupos espíritas, cada vez mais, uma evolução da compreensão doutrinária com maior conscientização da responsabilidade espiritual associada às tarefas espíritas.

Constituindo grande revolução no pensamento religioso da humanidade, o Espiritismo tem como base o respeito ao livre-arbítrio dos indivíduos e instituições, constituindo, portanto, um movimento que requer alto nível de maturidade espiritual por parte de seus participantes a fim de que a heterogeneidade das personalidades individuais dos seus respectivos componentes não “contamine” o conteúdo doutrinário divulgado, ou seja, não “adapte e altere” a Doutrina Espírita às suas impressões, interesses e opiniões pessoais. Não foi por outra razão que Léon Denis afirmou na primeira página da obra “No Invisível”: “O Espiritismo será aquilo que os homens fizerem dele”, pois a qualidade doutrinária de cada centro espírita depende preponderantemente do estudo, da seriedade, do ideal e da humildade de cada um de seus participantes assim como dos grupos constituídos por esses participantes.

Por outro lado, considerando o seu aspecto científico, o Espíritismo está sempre evoluindo e tal evolução passa pelos estudos teórico e experimental das questões espirituais bem como pela troca de informações entre confrades e grupos espíritas, conforme acontece com todas as ciências.

Dentro do contexto supracitado, o trabalho de parceria entre centros espíritas é muito bem-vindo para que a qualidade doutrinária do Movimento seja nivelado por cima, isto é, as experiências e conquistas doutrinárias de determinados confrades e/ou grupos possam ser divulgadas, analisadas e estudadas profundamente por outros grupos em um processo global de educação de todo o Movimento Espírita. Tal proposta, uma vez bem compreendida e empreendida, permitiria que, cada vez mais, os conceitos e informações relevantes para nossa ascenção espiritual sejam mais facilmente disponibilizados para todos os Espíritas de todas as casas espíritas do Brasil e do mundo. Esse tipo de esforço evitaria, ou pelo menos minimizaria, as ocorrências do chamado “Espiritismo à moda da Casa”, que consiste em interpretações particulares de tópicos espíritas ministrados sem maior critério e respaldo das bases Kardecianas e da “Universalidade do Ensino dos Espíritos”.

Em que pese a liberdade intelectual de cada espírita, o respeito às bases doutrinárias é fundamental em toda atividade espírita para que não percamos de vista a proposta de divulgar o Espiritismo propriamente dito e não uma visão pessoal a respeito do Espiritismo, o que implicaria em utilização indevida do rótulo espírita. Emmanuel nos afirma que “a maior caridade que podemos fazer pelo Espiritismo é a sua divulgação”, o que significa que a proposta de divulgar Doutrina Espírita de uma forma ética e com bom nível de conhecimento das obras básicas e subsidiárias é fundamental para que, natural, lenta e gradualmente, todos os participantes do Movimento Espírita tenham oportunidade de aprender Espiritismo verdadeiramente, minimizando a veiculação de informações de credibilidade duvidosa.

O esforço de Unificação deve ser desenvolvido sem imposição, mas com exposições respeitosas e de boa qualidade, gerando um círculo virtuoso do ponto de vista educacional, calcado em uma constante e fraterna permuta de informações e experiências, sempre respeitando pequenas diferenças de opinião em assuntos mais complexos. A manutenção deste tipo de foco em nosso trabalho doutrinário é básico para que evitemos um processo de “Uniformização religiosa”, o que constituiria grave equívoco que outras denominações já cometeram com sérias, negativas e quase que irreversíveis conseqüências. Por outro lado, esse esforço também restringiria a expansão de idéias realmente esdrúxulas que descaracterizem o Espiritismo, fazendo com que cada dirigente ou cada grupo elabore uma pseudo-Doutrina com nuances que variariam de centro para centro. Somente assim caminharemos fraternalmente em busca da Verdade para que a Verdade nos liberte.

Portanto, nem limitar a iniciativa e a espontaneidade de estudo e de atitudes de cada confrade ou grupo, uniformizando hábitos que não representam a essência da Doutrina e que a médio e longo prazos representarão apenas ritualizações do movimento espírita (o que seria a Uniformização espírita) e nem transformar o Movimento espírita em uma espécie de sincretismo religioso, guiado pelas preferências dos dirigentes espíritas de cada casa (o que seria descaracterizar o Movimento espírita como Movimento vinculado estritamente à Doutrina Espírita, isto é, a Doutrina codificada por Allan Kardec e desenvolvida por obras subsidiárias de elevado valor doutrinário).

Somente conseguiremos atingir tais metas se formos unidos. Essa união requer a busca por um sentimento de amizade legítima entre os confrades espíritas. “Torcer” para que o outro tenha sucesso sem nenhuma inveja, estando disposto a ajudar em tarefas ditas “menores”, superando melindres e ressentimentos, ainda é uma meta difícil e importante para todos nós.

Desta forma, a questão passa pela reforma íntima dos componentes de cada centro espírita. Neste contexto, como ainda apresentamos grande dificuldade em diminuir nosso orgulho, nosso egoísmo, nossa vaidade, nossa inveja e nosso sentimento de competição, temos dificuldade em Unificar o Movimento porque não estamos unidos com os nossos irmãos. A necessidade de respeitar as instituições e os dirigentes que coordenam os trabalhos também é um pré-requisito importante, mesmo que não concordemos com alguns detalhes menores do trabalho em questão. Estar disposto a ajudar, sem nenhum sentimento de inveja ou rivalidade, com o coração aberto para contribuir, sem se sentir tentado a “invadir seara alheia”, como nos ensina Emmanuel, mas sem igualmente apresentar-se demasiadamente displicente, também é um desafio ao nosso bom senso e ao nosso discernimento.

Alguns poderiam questionar: “e se os problemas doutrinários não forem pequenos, mas verdadeiras distorções do pensamento de Allan Kardec?”. Neste caso, cada espírita deverá refletir em sua situação específica em cada caso, a fim de avaliar qual a melhor maneira de contribuir para a melhoria do movimento espírita de uma forma geral. Haveria possibilidade de uma conversa franca? Não havendo, haveria espaço para que comecemos a contribuir com a respectiva casa para, depois de ajudar e ganhar o respeito dos confrades, podermos conquistar o direito a sugerir determinadas mudanças? Não havendo, haveria outra casa espírita que em que nos sintamos mais afins doutrinariamente, para desenvolver um trabalho de qualidade? São desafios difíceis para todo espírita consciente, nos quais não existe, obviamente, “receita de bolo”, pois cada situação tem suas peculiaridades. O mais importante é elevar os nossos sentimentos ao mais alto nível de espiritualidade, ideal e intenção, para que nossas atuações sejam motivadas para vontade sincera de trabalhar verdadeiramente com Jesus.

Que Jesus nos ilumine para que os nossos sentimentos melhorem lenta e gradualmente e para que possamos aumentar o nível de verdadeira espiritualidade de nossa atuação no movimento espírita, a partir da melhoria de nossos sentimentos.

Leonardo Marmo Moreira

31/07 - Frase do dia

O cérebro é o dínamo que produz a energia mental, segundo a capacidade de reflexão que lhe é própria; no entanto, na Vontade temos o controle que a dirige nesse ou naquele rumo, estabelecendo causas que comandam os problemas do destino.

Da obra Pensamento e Vida
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

quinta-feira, 25 de julho de 2013

25/07 - Frase do dia

Se falhas no serviço a fazer, alguém te substitui no momento seguinte, porque a obra do Universo não depende exclusivamente de nós; entretanto seja como seja, onde te colocares, podes facilmente identificar as tarefas pessoais que a vida te solicita.

Da obra Rumo Certo
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Mediunidade Gratuita

Um dos pontos de honra da Doutrina Espírita e do autêntico Movimento Espírita é o zelo ético-moral perante a Mediunidade.

A proposta do Espiritismo é a “Mediunidade com Jesus”, isto é, o emprego de nossas faculdades paranormais, mediúnicas e anímicas, da forma mais elevada espiritualmente que possamos alcançar. Assim sendo, é inevitável lembrar-se do “Daí de graça o que de graça recebestes”, o qual foi proferido pelo Mestre Nazareno e que dá nome a um importantíssimo capítulo de “O Evangelho segundo o Espiritismo”. A gratuidade de todo e qualquer trabalho de cunho religioso-espiritual é pré-requisito para toda e qualquer atividade espírita, sob pena da respectiva tarefa não fazer justiça ao rótulo espírita, isto é, ser um uso indevido do termo espírita.

O Espiritismo não chancela o profissionalismo religioso assim como qualquer tipo de associação entre atividades de origem espiritual e ganhos materiais pessoais. Chico Xavier, nosso grande exemplo de “Mediunidade com Jesus” e rigorosa referência de mediunidade gratuita, doava, inclusive, os presentes recebidos para que de maneira indireta e sutil, ele não recebesse qualquer vantagem material em função de sua atividade mediúnica, mesmo que de forma não-intencional por parte dos confrades e amigos em geral.

Nós, espíritas, devemos ter grande responsabilidade perante tal posicionamento, que constitui aspecto insofismável da Doutrina Espírita e que, longe de representar grande mérito por parte do médium, não é mais do que simples obrigação de qualquer pessoa minimamente esclarecida quanto às verdades espirituais.
Grandes fracassos espirituais dentro e fora da tarefa mediúnica têm sido observados ao serem perpetrados por indivíduos que foram seduzidos pelo velho e surrado vício espiritual de buscar vantagens materiais, inclusive ascensão social, em tarefas religiosas.

Desde priscas eras, esse tipo de queda espiritual vem acontecendo em todas as religiões e, de fato, continua ocorrendo nos dias atuais. Entretanto, no Espiritismo, o qual representa o Cristianismo Redivivo e o Consolador prometido por Jesus, quedas semelhantes ganham contornos ainda mais dramáticos, em função do maior nível de esclarecimento e compromisso de seus adeptos para com a verdadeira religiosidade.

A Doutrina Espírita é tão clara a esse respeito que não há nenhuma margem de ambigüidade ou dupla interpretação. Assim, especialmente nós, que nos declaramos espíritas, devemos ter redobrada atenção para essa questão, pois seremos duramente cobrados pela Lei de Deus, em nossa própria consciência, se cometermos erros nessa área. Portanto, nossa vigilância espiritual e nosso desprendimento material, que já são metas comportamentais do Espírita em todas as áreas da vida, devem ser redobrados em nossas atividades vinculadas ao trabalho religioso, sobretudo no Movimento Espírita.

Diz-nos o Apóstolo Paulo, “Nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele” e, em outra passagem “E cada um dará conta de si mesmo a Deus”. O Apóstolo dos Gentios deixa evidente que, em primeiro lugar, o apego excessivo aos bens materiais é erro primário para qualquer pessoa que busca a verdadeira espiritualidade e, em segundo lugar, não adianta nos enganarmos, pois prestaremos contas de todas as oportunidades evolutivas que desfrutamos e da produtividade no bem que geramos com as mesmas. Neste contexto, a comercialização das tarefas espirituais será uma mancha consciencial de difícil resolução. De fato, o Mestre Jesus é ainda mais contundente ao dizer “Guardai-vos dos escribas e fariseus que a pretexto de longas preces devoram a casa das viúvas”. Para concluir, poderíamos lembrar igualmente do Apóstolo Tiago que dissera em sua carta “Porque a verdadeira religião é essa: visitar os órfãos e as viúvas em suas necessidades”, denotando que, do ponto de vista material, devemos nos aproximar das tarefas religiosas para contribuir com o pouco que possamos oferecer e não para tirarmos vantagens dos trabalhos, como o próprio Apóstolo Paulo assevera: “fazendo com as mãos o que for bom, para ter o que repartir com aquele que passa por necessidades”.

Esforcemo-nos para que nossas atividades espirituais e doutrinárias sejam sinceras, humildes e completamente desinteressadas de quaisquer vantagens de ordem material, pois Deus conhece “o coração do homem” e “sabe o que se passa em segredo”. Desta forma, cuidemos de nossas intenções mais profundas, procurando elevar nosso patamar ético-moral a fim de não nos violentarmos através de agressões à própria consciência e, por conseqüência, à Lei de Deus.

Leonardo Marmo Moreira

segunda-feira, 22 de julho de 2013

23/07 - Frase do dia

Todas as religiões têm tido anjos, sob vários nomes, isto é, seres superiores à Humanidade, intermediários entre Deus e os homens.

De O Céu e o Inferno

quinta-feira, 18 de julho de 2013

18/07 - Frase do dia

O Pai ouve sempre as nossas rogativas, mas é preciso discernimento para compreender as respostas d´Ele e aproveitá-las.

Da obra Jesus no Lar
Pelo espírito Neio Lúcio. Francisco C. Xavier

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Obsessões físicas

“O Livro dos Médiuns” afirma que algumas obsessões, sobretudo aquelas que perduram muito tempo, podem gerar drásticas conseqüências físicas.

Na referida obra, é narrada a experiência de um rapaz que passava vários vexames públicos, pois costumava ajoelhar-se diante de várias mulheres que cruzavam com ele na via pública. Interessantemente, essa excentricidade comportamental era causada por uma obsessão muito intensa que gerava conseqüências físicas, pois o Espírito obsessor “pressionava” os músculos associados aos joelhos para fazer o obsediado cair genuflexo nas situações mais inusitadas.

Divaldo Pereira Franco também narra uma experiência vivenciada por ele mesmo em sua adolescência. Ele tinha entre 14 e 15 anos e ficou 6 meses sofrendo de uma paralisia que o mantinha acamado. Foi quando recebeu um tratamento de passes e a médium passista afirmou que percebeu a entidade que o obsediava e que esse Espírito havia se afastado a partir da fluidoterapia. De fato, após o passe, a médium passista pede que o menino Divaldo levante-se e caminhe e ele, para surpresa dele próprio e da mãe que o observava, obedece com naturalidade, ou seja, levanta e anda como se não tivesse passado 6 meses sem mexer as pernas.

Tais fenômenos ocorrem, pois o perispírito é o “modelo organizador biológico”, sendo o corpo físico uma cópia imperfeita deste corpo físico e não o contrário. Dessa forma, a re-harmonização Espírito-perispiritual pode gerar, por conseqüência, a cura do corpo físico, pois o Espírito saudável produz um perispírito saudável, assim como o perispírito harmônico tende a gerar um corpo físico mais equilibrado fisiologicamente.

Leonardo Marmo Moreira

terça-feira, 16 de julho de 2013

16/07 - Frase do dia

O Cristo, porém é a porta da Vida Abundante. Com ele, submetemo-nos aos desígnios do Pai Celestial e, nessa diretriz, aceitamos a existência como aprendizado e serviço, em favor de nosso próprio crescimento para a imortalidade.
Da obra Jesus no Lar
Pelo espírito Neio Lúcio. Francisco C. Xavier

segunda-feira, 15 de julho de 2013

15/07 - Frase do dia

O Espírito, quando retorna ao Plano Físico, vê nos pais as primeiras imagens de Deus e da Vida.

Da obra Vida e Sexo
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

sexta-feira, 12 de julho de 2013

12/07 - Frase do dia

Penetre cada um de nós os recessos da própria alma, e, se consegue apresentar comportamento irrepreensível, no imediatismo da vida prática, ante os dias que correm, indague-se com sinceridade, quanto às próprias tendências.
Da obra Vida e Sexo. 
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

quinta-feira, 11 de julho de 2013

11/07 - Frase do dia

A semente é sagrada no solo para desvencilhar-se dos empeços que a constringem, de modo a formar o pão, e o pão, a rigor, não se completa em forno frio.
Da obra Vida e Sexo. 
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

quarta-feira, 10 de julho de 2013

O Auto-de-fé de Barcelona

            Maurice Lachâtre (Maurice de la Châtre) (1814-1900) era um francês que fora exilado na Espanha, mais precisamente em Barcelona. Lachâtre era um homem de vanguarda, radical defensor da liberdade de expressão, caracterizando-se por ser um típico oriundo dos mais elevados ideais iluministas franceses. Lachâtre era um grande crítico da Igreja católica, do governo de Napoleão III e da associação entre o governo e a Igreja. Lachâtre era escritor e editor (foi responsável pela publicação da enciclopédia “Novo Dicionário Universal” e também pelo famoso “A História dos Papas”, que publicara inicialmente nos anos 1842-1843 em 10 volumes) e foi forçado a se exilar na Espanha, justamente em função das obras que publicara, as quais eram tidas como ofensivas aos interesses da igreja e do governo autoritário de Napoleão III. Lachâtre  viveria na Espanha até o início dos anos 1.870, antes de novo retorno à França, em função da Comuna de Paris. Entretanto, com a derrota desse movimento, voltaria à Espanha.
            No início dos anos 1.860, Lachâtre havia estabelecido em Barcelona uma livraria. Maurice Lachâtre era um homem que acompanhava a efervescência cultural da época e estava muito bem informado sobre os fenômenos mediúnicos associados ao chamado “Neo-Espiritualismo” (desde 1.848, quando ocorreram os fenômenos de efeitos físicos de Hydesville) bem como ao Espiritismo propriamente dito. Lachâtre solicitou a Kardec o fornecimento de livros espíritas, para vendê-los na Espanha.
            Lachâtre solicitara aproximadamente trezentas (300) obras espíritas a Allan Kardec. Conforme registro na “Revue Spirite” de Novembro de 1861 (TOMO IV), em artigo intitulado “O Resto da Idade Média / Auto-de-fé das Obras Espíritas em Barcelona”, Allan Kardec enviou obras relevantes, tais como “O Livro dos Espíritos”; “O Livro dos Médiuns”; “O que é o Espiritismo”; e volumes da “Revista Espírita”, os quais eram livros codificados pelo próprio Kardec, juntamente com livros importantes relacionados ao Espiritismo como, por exemplo, “A História de Jeanne d`Arc, ditada por ela mesma”, de Ermance Dufaux; “Fragmento de sonata", atribuído ao Espírito de Mozart; "Carta de um católico sobre o Espiritismo" pelo doutor Grand; "A realidade dos Espíritos demonstrada pela escrita direta", pelo barão de Guldenstubbé; “A Revista Espiritualista” do diretor Piérard.
            Todas as tarifas alfandegárias das respectivas obras já tinham sido devidamente pagas. De fato, conforme Allan Kardec explica em “Obras Póstumas” (Segunda parte), “chegados os livros, cobraram-se do destinatário os direitos de importação, mas antes de lhos entregarem, tiveram de deferir o despacho ao bispo, autoridade eclesiástica que, na Espanha, tem a fiscalização dos livros. Achava-se este em Madri, mas na sua volta, em vista do catálogo, ordenou que aquelas obras fossem apreendidas e queimadas na praça pública pelo carrasco”. Portanto, apesar de totalmente legal a importação, o bispo Dom Antonio de Palau Y Termens não aceitou que as mesmas fossem comercializadas alegando que seus conteúdos eram imorais e ofensivos aos interesses da igreja. Dom Palau teria afirmado: “A Igreja católica é universal, e os livros, sendo contrários à fé católica, o governo não pode consentir que eles vão perverter a moral e a religião de outros países".
            Lachâtre sugeriu que os livros fossem, então, devolvidos ao remetente na França, no caso, Allan Kardec. Dom Palau respondeu a essa solicitação negativamente, alegando que os interesses da igreja católica eram universais e seriam prejudicados independentemente do país em que as respectivas obras fossem disponibilizadas.
            No dia nove (9) de Outubro de 1861, na esplanada de Barcelona, às 10h30 da manhã (portanto, poucos dias depois do aniversário de 57 anos do Codificador do Espiritismo (03/10/1861)), as obras foram rasgadas e queimadas em praça pública. Consta que a queima foi executada perante uma multidão, que vaiava o religioso responsável pela incineração (um padre, vestido formalmente com as indumentárias sacerdotais, trazendo uma cruz em uma mão e uma tocha na outra) e seus auxiliares. A vaia teria sido acompanhada por gritos de "Abaixo a inquisição!".
Kardec utiliza pela primeira vez a expressão “Auto de fé de Barcelona” para designar esse episódio na edição de novembro de 1.861 da “Revue Spirite”.
Segundo o dicionário ( www.notapositiva.com / dicionário_historia ) , “os autos-de-fé consistiam em cerimónias mais ou menos públicas onde eram lidas e executadas as sentenças do Tribunal do Santo Ofício (instituição criada pela Inquisição no século XVI). Inicialmente havia dois tipos de autos-de-fé:
1.      Os autos-de-fé que se realizavam no interior do Palácio da Inquisição ou num Convento, destinados exclusivamente aos "reconciliados" (aqueles que eram readmitidos no seio da Igreja e condenados a penas que iam desde penitências espirituais até à prisão e ao desterro;
2.      Os autos-de-fé que se realizavam na praça pública onde eram condenados não apenas os "reconciliados" mas também os "relaxados" (aqueles que eram entregues à Justiça secular para execução da pena de morte.
Com o passar do tempo, os autos-de-fé passaram a constituir um grandioso espectáculo, realizado com grande pompa segundo um cerimonial rigorosamente estabelecido. Assistiam a estas cerimónias não apenas as autoridades religiosas e civis (muitas vezes o próprio rei estava presente), mas toda a população da cidade que gritava em júbilo enquanto os condenados eram queimados vivos”.
         Consta que o último homem executado em um auto-de-fé havia sido morto em 1.826 pela Inquisição espanhola (teria sido o professor Cayetano Ripoll, condenado após dois anos de julgamento sob a acusação de deísmo. Teria morrido pelo garrote no pelourinho). Logo, podemos inferir que, em 1.861, já não havia “clima” para uma pena de morte por motivos religiosos, pelo menos seguindo trâmites “oficiais”. Esse avanço da sociedade europeia pode ser atribuído, principalmente, ao avanço dos ideais iluministas, sobretudo no que diz respeito aos direitos civis.
            Allan Kardec solicitou uma orientação aos Espíritos superiores, considerando a hipótese de fazer valer seus direitos, mas a resposta que foi elaborada pelo próprio “Espírito de Verdade” (Obras Póstumas / Segunda Parte) sugeriu a Allan Kardec que o Codificador não entrasse na justiça, conselho que foi seguido pelo Mestre Lionês. Os Espíritos explicaram a Kardec que o evento geraria uma extraordinária divulgação do Espiritismo, gerando indiretamente uma difusão das obras, apesar da perda material dos livros causada pela intolerância religiosa.
            Interessantemente, nove meses depois, Dom Palau desencarna e manifesta-se mediunicamente na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Neste curioso contato espiritual, Dom Palau é recebido muito fraternalmente por Allan Kardec (de fato, Allan Kardec chega até mesmo a fazer comentários elogiosos a Dom Palau). Vejamos os comentários de Dom Palau Espírito, os quais se encontram registrados na “Revue Spirite” de Agosto de 1.862 (TOMO V):
            “... Ajudado por vosso chefe espiritual, pude vir vos ensinar pelo meu exemplo e vos dizer: Não repilais nenhuma das idéias anunciadas, porque um dia, um dia que durará e pesará como um século, essas idéias anunciadas gritarão como a voz do anjo: Caim, que fizeste de teu irmão? Que fizeste de nosso poder, que devia consolar e elevar a Humanidade? O homem que, voluntariamente, vive cego e surdo de espírito, como outros o são de corpo, sofrerá, expiará e renascerá para recomeçar o trabalho intelectual que sua preguiça e seu orgulho lhe fizeram evitar; e essa terrível voz me disse: Queimaste as idéias, e as idéias te queimaram...
“Orai por mim; orai, porque ela é agradável a Deus, a prece que lhe dirige o perseguido pelo perseguidor.
“Aquele que foi bispo e que não é mais que um penitente.”
            Essa interessante mensagem de Dom Palau Espírito foi comentada por Allan Kardec no mesmo texto da Revue Spirite:
            “O contraste entre as palavras do Espírito e as do homem nada tem que deva surpreender; todos os dias se vê quem pensa de outro modo depois da morte que durante a vida, uma vez que a venda das ilusões caiu, e é uma incontestável prova de superioridade; os Espíritos inferiores e vulgares persistem nos erros e preconceitos da vida terrestre...”
            Há de se acrescentar uma nota de Allan Kardec registrada em “Obras Póstumas” (Segunda Parte):
“NOTA – De Barcelona foi-me enviado um desenho de aquarela feito por um artista notável, representando a cena do auto-de-fé. Mandei tirar, em ponto menor, uma cópia fotográfica. Possuo também cinzas colhidas no lugar da fogueira, das folhas queimadas. Guardo-os em uma urna de cristal.”

Tais documentos históricos foram guardados pelo Codificador, conforme o mesmo revela em nota de rodapé também em “Obras Póstumas”. Segundo alguns estudiosos, esses documentos teriam sido perdidos quando os nazistas ocuparam a França, sobretudo Paris (1940-1944) durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Leonardo Marmo Moreira 

terça-feira, 9 de julho de 2013

09/07 - Frase do dia

A pedra que atiramos no próximo talvez não volte sobre nós em forma de pedra, mas permanece conosco na figura de sofrimento.

Da obra Vida e Sexo
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

segunda-feira, 8 de julho de 2013

08/07 - Frase do dia

Entendendo-se os valores da alma por alimento do espírito, impossível esquecer que a produção do bem e do aprimoramento de realiza à ase de atrito e desgaste.

Da obra Vida e Sexo. 
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

sexta-feira, 5 de julho de 2013

05/07 - Frase do dia

A vida paga em amor todos aqueles que lhe recebem com amor as justas exigências para a execução de seus objetivos essenciais.
Da obra Vida e Sexo
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

quinta-feira, 4 de julho de 2013

04/07 - Frase do dia

Provas, tentações, crises salvadoras ou situações expiatórias surgem na ocasião exata, na ordem em que se nos recapitulam oportunidades e experiências, qual ocorre à semente que, devidamente plantada, oferece o fruto em tempo certo.

Da obra Vida e Sexo
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

quarta-feira, 3 de julho de 2013

O Velho Testamento e o Novo Testamento

            Ao ser interrogado a respeito do significado da Bíblia para o homem na Terra, o benfeitor espiritual Emmanuel respondeu algo muito interessante: “O Velho Testamento representa a busca do homem em direção a Deus e o Novo Testamento representa a resposta de Deus a essa busca”.

            Se considerarmos que ambos os Testamentos foram obtidos através de inspiração Divina, a afirmação de Emmanuel denota que a pureza da informação das Esferas Superiores está muito mais presente no Novo Testamento, pois o Velho Testamento teria muito mais do homem encarnado do que das Esferas Superiores.

            Portanto, com todo o respeito que o Velho Testamento merece, não tem condições de ser comparado em termos de qualidade de conteúdo com o Novo Testamento, analisando, obviamente, o verdadeiro nível de espiritualidade, de real espiritualidade dos dois conjuntos de textos.

            De fato, o próprio Léon Denis, grande apóstolo do Espiritismo, em sua obra “Cristianismo e Espiritismo”, afirma que a Bíblia é um conjunto de livros (e não um único livro) de valores extremamente variáveis em termos de espiritualidade. Léon Denis, na referida obra, chega a dizer que a origem de grande parte dos erros teológicos das igrejas cristãs tem como base fundamental a interpretação equivocada do primeiro livro da Bíblia, isto é, o “Gênesis”.

            Por outro lado, o Evangelho de Jesus é a referência maior da Vida Moral elevada de toda a humanidade e é incomparável em relação  a quaisquer outros livros do Velho Testamento. Desta forma, os nossos estudos e reflexões enquanto espíritas (o que poderia ser expandido para todos os cristãos de outras denominações), sobretudo visando à obtenção de referências ético-morais para o nosso comportamento pessoal deveriam, a priori, enfatizar o Novo Testamento, em comparação com o Velho Testamento.

            Realmente, segundo a questão 625 de “O Livro dos Espíritos”, Jesus é o ser mais perfeito que Deus nos ofereceu para servir de modelo e guia. Por conseguinte, Allan Kardec, inspirado pela Falange do Espírito de Verdade coordenou a elaboração de “O Evangelho Segundo o Espiritismo” e não de uma hipotética obra “A Bíblia segundo o Espiritismo”.


            O Apóstolo Paulo em sua carta aos Tessalonicenses afirmou: “Examinai tudo. Retende o bem”. Logo, como Espíritas conscientes devemos estar em busca do “conhecimento que liberta” em todos os momentos da nossa vida. No entanto, para o estudo mais profundo e metódico das Leis Universais e Eternas de Deus, que demanda tempo e esforço, seria, em princípio, aconselhável priorizar os textos com maior percentagem de “trigo” e menor percentagem de “joio”, como, indiscutivelmente, é o caso do conjunto formado pelos quatro Evangelho (Mateus, Marcos, Lucas e João) pelos “Atos dos Apóstolos”, pelas cartas apostólicas e pelo Apocalipse, em comparação com o Velho Testamento.

Leonardo Marmo Moreira

terça-feira, 2 de julho de 2013

02/07 - Frase do dia

A mudança espera todas as criaturas do universo, a fim de que a renovação nos aprimore.

Da obra Vida e Sexo
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

segunda-feira, 1 de julho de 2013

01/07 - Frase do dia

As Leis do Universo esperar-nos-ão pelos milênios afora, mas terminarão por se inscreverem, a caracteres de luz, em nossas próprias consciências. E essas leis determinam amemos os outros qual nos amamos.

Da obra Vida e Sexo
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier