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quarta-feira, 5 de junho de 2013

Os pré-requisitos para o estudo de “Evolução em Dois Mundos” de André Luiz

                No início de “Evolução em Dois Mundos”, André Luiz estabelece os “Conceitos de Allan Kardec” que são pré-requisitos para a leitura de “Evolução em Dois Mundos”, ou seja, os tópicos da Codificação que estão nas bases da referida obra de André Luiz pelas mediunidades de Chico Xavier e de Waldo Vieira:

“A marcha dos Espíritos é progressiva, jamais retrógrada”. (“O Livro dos Espíritos” p.127, FEB, quinta edição);

“No conhecimento do perispírito está a chave de inúmeros problemas até hoje insolúveis” (“O Livro dos Médiuns” p.61, FEB, vigésima terceira edição);

“O Espiritismo mostra que a vida terrestre não passa de um elo no harmonioso e magnífico conjunto da Obra do Criador” (“O Evangelho segundo o Espiritismo” p.54, FEB, quadragésima sexta edição);

“No intervalo das existências humanas o Espírito torna a entrar no mundo espiritual, onde é feliz ou desventurado segundo o bem ou o mal que fez” (“O Céu e o Inferno” p.30, FEB, décima sétima edição);

“O Espiritismo e a Ciência se completam reciprocamente; a Ciência, sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas Leis da matéria; ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e comprovação” (“A Gênese”, p.20, FEB, décima segunda edição).”

Seria o caso de se indagar, a partir da reflexão de cada tópico: Como entender mediunidade, sem estudar perispírito? Como entender passe, sem saber o mínimo sobre magnetismo? Como vencer o medo da morte sem uma vida moral elevada e com significativas realizações? Como vencer o medo da morte sem entender como minimamente é o mundo espiritual? Como orientar com segurança os obsessores que se manifestam em reuniões mediúnicas, sem conhecermos algo do mundo espiritual?

A análise dos tópicos supracitados demonstra as referências Kardequianas da obra de André Luiz e a necessidade de estudar Allan Kardec concomitantemente ao estudo de André Luiz. Além disso, as sentenças mostram inequivocamente que nós Espíritas necessitamos de uma maior espiritualidade de uma forma geral. Essa maior espiritualidade se manifestaria através um maior compromisso com a Doutrina Espírita e com o Movimento Espírita, envolvendo o tríplice aspecto do Espiritismo: Ciência; Filosofia e Religião.

Estudar com mais empenho a Ciência Espírita, a Filosofia Espírita e a Religião Espírita, estudando a nós mesmos na busca pelo auto-conhecimento, a fim de aplicarmos com maior segurança os conteúdos apreendidos tanto em nossa própria vida pessoal como em nosso trabalho doutrinário é dever de todo Espírita consciente.

De fato, na relevante obra de apoio ao estudo de “Evolução em Dois Mundos”, de autoria de José Marques Mesquita e intitulada “Elucidário de Evolução em Dois Mundos”, Roque Jacintho, em prefácio de sua autoria, afirma sobre “Evolução em Dois Mundos”:

“Disse-nos, uma vez, o Autor Espiritual (André Luiz), que Evolução em Dois Mundos era uma apostila de um curso que ele houvera assistido na espiritualidade!

E que curso, meu Deus!”

Essa passagem permite inferir como o estudo é sério no Mundo Espiritual e como, muitas vezes, nós, Espíritas, temos falhado no que se refere ao estudo mais aprofundado da Doutrina Espírita. Vale igualmente lembrar da obra “Mecanismos da Mediunidade”, também de autoria espiritual de André Luiz, que apresenta discussões em um nível de profundidade bastante significativo e similar a “Evolução em Dois Mundos”.


Diz-nos Doutor Bezerra de Menezes: “O Centro Espírita é a Universidade da Alma e nós, espíritas, devemos nos esforçar para melhorar a qualidade de nossas classes”. Essa melhoria passa em primeiro lugar por uma maior bondade em relação aos confrades e suas limitações; passa, também, por um maior ideal superior amor ao Espiritismo e ao Evangelho; e também inclui a necessidade urgente de um estudo mais dedicado de nossa parte.

Leonardo Marmo Moreira

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