As reuniões
espíritas têm um objetivo muito claro que é ensinar Espiritismo,
concomitantemente, ensinando-nos a viver em harmonia com as Leis de Deus.
Obviamente, o ato de ensinar Espiritismo está associado a duas metas
interdependentes: Esclarecer e Consolar.
As
reuniões espíritas devem ser iniciadas e concluídas por meio de uma prece
simples, curta e sincera, que esteja focada nos objetivos da reunião
propriamente dita, ou seja, nos objetivos comuns de todo o grupo presente no
evento espírita. Portanto, a prece pode abranger suas tradicionais abordagens,
tais como o “pedir”, o “agradecer” e o “louvar” de forma bem sucinta e
direcionada fundamentalmente aos objetivos gerais da reunião e do público ali
presente. Deve-se buscar o máximo de simplicidade na prece para que realmente
evite-se exibições de erudição inapropriadas ou as chamadas “preces-palestra”,
nas quais a extensão excessiva da oração faz com o grupo perca a concentração
em relação à elevação do pensamento e a própria preleção seja prejudicada pelo
tempo dispensado à prece. Tais cuidados são muito valiosos para que estejamos
sempre, e cada vez mais, em contato com os nossos protetores espirituais e para
que após a reunião, nós possamos deixar o recinto da Casa Espírita melhores
espiritualmente do que quando adentramos neste ambiente.
O
esclarecimento gera a resignação para enfrentar as dificuldades da vida e,
consequentemente, a motivação para superá-las bem como efetuar a transformação
moral, tarefa pessoal e intransferível de todos nós. Tal proposição tem na
Codificação Kardequiana, sobretudo em “O
Livro dos Espíritos”, sua referência principal.
A
consolação, por sua vez, gera a calma e a esperança para superar os momentos
mais difíceis da jornada terrestre, constituindo verdadeira e efetiva caridade
moral para com todos os irmãos que passam por tribulações. Tal ação tem no
Evangelho, principalmente em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, sua
referência bibliográfica básica.
Deve-se
acrescentar a chamada “caridade espiritual”, através da fluidoterapia (passes e
água magnetizada, também denominada “água fluidificada”), que apóia a “caridade
moral” (consolo) e a amplia, podendo gerar salutares conseqüências
perispirituais e físicas.
A
reunião espírita deve primar pela didática e pela qualidade doutrinária de
maneira que possa contribuir eficazmente como a melhoria da condição
intelecto-moral de iniciantes e também de confrades com maior bagagem
doutrinária.
A
associação entre palestras públicas e grupos de estudos parece ser uma
estratégia interessante do ponto de vista didático-pedagógico para a maioria
dos centros espiritas. De fato, há freqüentadores que preferem um dos dois
tipos de reunião e, nestes casos, ambos os grupos seriam contemplados. Para
aqueles que gostam dos dois tipos de reunião, há de se ressaltar que eles
teriam as vantagens de ambos os tipos de abordagem, potencializando seu
aprendizado através da freqüência à Casa Espírita.
A
freqüência à Casa Espírita é um hábito salutar para todos os adeptos
minimamente conscientes da Doutrina Espírita. Tal hábito pode permitir,
dependendo da dedicação e do esforço intelecto-moral do frequentador, a médio e
longo prazos, um crescimento intelecto-moral significativo para o Espírita.
Além disso, essa constância propicia um mecanismo de “higiene espiritual”, isto
é, uma “vigilância” espiritual que tende a ajudar na imunização contra
enfermidades espirituais graves, tais como a obsessão. Obviamente, a eficácia
de tais possibilidades depende do nível de sinceridade, verdadeira
religiosidade, comportamento diário e estudo doutrinário em casa (concomitante
à freqüência às reuniões), incluindo o hábito do Evangelho do Lar, por parte de
cada candidato à auto-iluminação. De
qualquer maneira, o espírita minimamente consciente do que é a Vida em seu
sentido mais profundo deve sempre valorizar o trabalho da Casa Espírita, que é
a principal sede do Movimento Espírita. De fato, o Centro Espírita é o
Hospital-Escola-Oficina para a nossa promoção espiritual definitiva.
Leonardo Marmo Moreira
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