O passe
longitudinal é ministrado em três etapas. A primeira etapa constitui o passe
dispersivo, sendo que o passista faz um movimento vertical (de cima para baixo)
de mãos realizando a chamada “limpeza psíquica”, isto é, a “retirada fluídica”
de acúmulos energéticos vinculados a cada um dos centros vitais, os quais são
também conhecidos como chackras ou fulcros energéticos (centros coronário;
cerebral ou frontal; laríngeo; cardíaco; gástrico; esplênico; sexual ou
básico).
O
segundo momento do passe longitudinal é chamado de concentração e corresponde a
um intervalo entre a primeira etapa e a terceira etapa.
A
terceira etapa constitui um segundo movimento vertical de mãos, o qual pode
constituir uma “retirada fluídica”, tal qual o primeiro movimento, ou estar
associado à doação fluídica propriamente dita.
De
qualquer maneira, é aconselhável não menosprezar a etapa de “retirada fluídica”,
também conhecida como “limpeza psíquica”, isto é, o passe dispersivo. De fato,
de acordo com a experiência de renomados estudiosos espíritas do magnetismo
como Jacob Melo (autor de “O Passe”, entre outras relevantes obras sobre o
assunto) e Matthieu Tubino (autor de “Um fluido vital chamado Ectoplasma”,
muitas vezes, para não dizer na maioria das vezes, o passe dispersivo traz
efeitos mais positivos do que a imposição simples sobre o chackra coronário,
pelos menos quando os recebedores dos passes são crianças, depressivos,
alérgicos, e pessoas com muito fluido vital.
De
fato, casos como depressão, alergia e tratamento fluídico de crianças são
exemplos de situações em que o passe dispersivo pode ter grande impacto
positivo na melhoria dos sintomas apresentados pelas pessoas que recebem o
passe.
Desta
forma, a imposição direta das mãos sobre o chackra coronário, técnica que
constitui uma das mais utilizadas pelas casas espíritas, não parece ser a mais
eficiente, pelo menos de acordo com autores como J, Melo e M. Tubino, os quais
estabelecem suas teorias com base em estudos experimentais numerosos
desenvolvidos nos centros espíritas que freqüentam, respectivamente em Natal-RN
e em Campinas-SP. Tal procedimento ignora o passe dispersivo e pode gerar uma
espécie de congestão fluídica no chackra coronário.
De
qualquer maneira, cabe a todo Espírita consciente um maior compromisso com um
maior nível de estudo sério sobre magnetismo, passes, água magnetizada e suas
respectivas relações com mediunidade e Espiritismo de uma forma geral. Tal
proposta tende a melhorar as condições de processo de busca de equilíbrio e/ou
reequilíbrio espiritual, perispiritual e físico do próprio estudioso da
Doutrina Espírita. Por outro lado, tal aprofundamento doutrinário nesse binômio
Magnetismo-Espiritismo tende, concomitantemente, a proporcionar uma melhor atuação
do Espírita, enquanto participante do Movimento Espírita, nos trabalhos de
atendimento fluidoterápico que ocorrem na Casa Espírita, envolvendo o
tratamento de passes e água fluidificada. Ademais, a eventual elucidação
doutrinária associada a tarefas de preleção dos trabalhadores mais esclarecidos
a respeito dos tópicos que estão relacionados direta ou indiretamente a esses
assuntos, tais como perispírito, fluido vital, mediunidade de curas, processo
de morte e desencarnação, entre outros, tendem a ser melhor e mais
profundamente abordados.
Leonardo Marmo Moreira
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