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quarta-feira, 3 de abril de 2013

O Passe Longitudinal


                O passe longitudinal é ministrado em três etapas. A primeira etapa constitui o passe dispersivo, sendo que o passista faz um movimento vertical (de cima para baixo) de mãos realizando a chamada “limpeza psíquica”, isto é, a “retirada fluídica” de acúmulos energéticos vinculados a cada um dos centros vitais, os quais são também conhecidos como chackras ou fulcros energéticos (centros coronário; cerebral ou frontal; laríngeo; cardíaco; gástrico; esplênico; sexual ou básico).

                O segundo momento do passe longitudinal é chamado de concentração e corresponde a um intervalo entre a primeira etapa e a terceira etapa.

                A terceira etapa constitui um segundo movimento vertical de mãos, o qual pode constituir uma “retirada fluídica”, tal qual o primeiro movimento, ou estar associado à doação fluídica propriamente dita.

                De qualquer maneira, é aconselhável não menosprezar a etapa de “retirada fluídica”, também conhecida como “limpeza psíquica”, isto é, o passe dispersivo. De fato, de acordo com a experiência de renomados estudiosos espíritas do magnetismo como Jacob Melo (autor de “O Passe”, entre outras relevantes obras sobre o assunto) e Matthieu Tubino (autor de “Um fluido vital chamado Ectoplasma”, muitas vezes, para não dizer na maioria das vezes, o passe dispersivo traz efeitos mais positivos do que a imposição simples sobre o chackra coronário, pelos menos quando os recebedores dos passes são crianças, depressivos, alérgicos, e pessoas com muito fluido vital.

                De fato, casos como depressão, alergia e tratamento fluídico de crianças são exemplos de situações em que o passe dispersivo pode ter grande impacto positivo na melhoria dos sintomas apresentados pelas pessoas que recebem o passe.

                Desta forma, a imposição direta das mãos sobre o chackra coronário, técnica que constitui uma das mais utilizadas pelas casas espíritas, não parece ser a mais eficiente, pelo menos de acordo com autores como J, Melo e M. Tubino, os quais estabelecem suas teorias com base em estudos experimentais numerosos desenvolvidos nos centros espíritas que freqüentam, respectivamente em Natal-RN e em Campinas-SP. Tal procedimento ignora o passe dispersivo e pode gerar uma espécie de congestão fluídica no chackra coronário.

                De qualquer maneira, cabe a todo Espírita consciente um maior compromisso com um maior nível de estudo sério sobre magnetismo, passes, água magnetizada e suas respectivas relações com mediunidade e Espiritismo de uma forma geral. Tal proposta tende a melhorar as condições de processo de busca de equilíbrio e/ou reequilíbrio espiritual, perispiritual e físico do próprio estudioso da Doutrina Espírita. Por outro lado, tal aprofundamento doutrinário nesse binômio Magnetismo-Espiritismo tende, concomitantemente, a proporcionar uma melhor atuação do Espírita, enquanto participante do Movimento Espírita, nos trabalhos de atendimento fluidoterápico que ocorrem na Casa Espírita, envolvendo o tratamento de passes e água fluidificada. Ademais, a eventual elucidação doutrinária associada a tarefas de preleção dos trabalhadores mais esclarecidos a respeito dos tópicos que estão relacionados direta ou indiretamente a esses assuntos, tais como perispírito, fluido vital, mediunidade de curas, processo de morte e desencarnação, entre outros, tendem a ser melhor e mais profundamente abordados.

Leonardo Marmo Moreira

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