Em destaque:


Evangelização Infantil - Toda Segunda-feira às 19h30m.

A Juventude Espírita Maria de Nazaré - Todo sábado de 17h às 18h30m.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

A Reunião Mediúnica e seus Componentes


Uma reunião mediúnica espírita requer um grupo de componentes com um determinado grau de “homogeneidade espiritual”, ou seja, com um certo nível de “afinidade intelecto-moral” e com um mínimo de preparo doutrinário. Juntamente a isso, a reunião, para ser bem sucedida, necessita de algumas condições mínimas.

As reuniões mediúnicas espíritas devem ser desenvolvidas nos centros espíritas e não em residências particulares. Deve-se evitar transformar a reunião de Evangelho no lar em reunião mediúnica, pois são reuniões com objetivos e problemáticas completamente distintos. As reuniões mediúnicas devem ter horários previamente estipulados e zelar pela pontualidade dos participantes para que haja o máximo de aproveitamento do evento, assim como para que os Mentores espirituais da reunião tenham mais facilidade para preparar cada componente para o trabalho a ser desenvolvido.

As reuniões mediúnicas devem ser privativas. Este é um ponto de honra da casa espírita séria. Reuniões mediúnicas públicas tornam a homogeneidade do grupo algo dificílimo de ser obtido. Tal procedimento expõe médiuns iniciantes a um exibicionismo desnecessário e pode gerar mais descrença, medo, desinformação e preconceito, do que contribuir de forma eficaz para divulgar a doutrina espírita, uma vez que tais quadros podem e costumam ser fomentados quando pessoas completamente ignorantes sobre o Espiritismo estão na assistência. A aquisição das bases doutrinárias através de estudo metódico da doutrina é fundamental pré-requisito para o candidato a participante de reuniões mediúnicas.

Além disso, o grupo de trabalho mediúnico deve ser constituído por pessoas que sejam amigas, simpáticas entre si, ou seja, que gostem umas das outras. Esse sentimento de família espiritual é fundamental para o sucesso da reunião mediúnica. Qualquer tipo de rivalidade e/ou desavença pessoal e/ou doutrinária pode ser um gerador de desequilíbrio vibratório, dificultando a realização de trabalhos de maior envergadura espiritual.

O grupo deve ser constituído por adultos que tenham sólida formação doutrinária e que, além da reunião mediúnica, frequentem, pelo menos, uma outra reunião de estudo evangélico-doutrinário por semana. De fato, o aprofundamento doutrinário é fundamental para todo e qualquer espírita e, principalmente, para os participantes de reuniões mediúnicas. Além disso, a frequência a pelo menos uma segunda reunião semanal cria uma média de uma reunião a cada três dias e meio, o que é bem mais razoável para a manutenção e a evolução vibratória do espírita consciente do que uma reunião a cada sete dias.

Também é importante, neste tipo de reunião, estabelecer limites às eventuais ausências dos participantes. Alguns grupos estabelecem como limite de faltas: 3 seguidas e/ou 5 ou 6 alternadas em cada intervalo de seis meses ou um ano, dependendo do grupo. De fato, diretrizes como essa têm sido empregadas em centros espíritas como, por exemplo, o “Caminho da Redenção” de Salvador-BA (ao qual tem possui entre seus dirigentes Divaldo Franco e Nilson de Souza Pereira), conforme está exarado nas obras do chamado “Projeto Manoel Philomeno de Miranda”). Alguns confrades poderão considerar tal orientação excessivamente rigorosa, mas temos que admitir a gravidade envolvida nos objetivos deste tipo de reunião, assim como a necessidade de harmonia fluídica entre os participantes da respectiva tarefa para que todos se ajudem mutuamente visando à obtenção de um nível vibratório mais elevado (abrangendo pensamentos e sentimentos mais espiritualizados). Tal objetivo não será logrado satisfatoriamente quando a alternância dos componentes de cada reunião for uma constante.

É importante frisar que a reunião mediúnica não é constituída exclusivamente por médiuns. A reunião mediúnica é constituída por médiuns e não-médiuns, isto é, por espíritas militantes que sejam médiuns ostensivos e por espíritas militantes que não possuem mediunidade ostensiva. De fato, a reunião mediúnica deve apresentar dirigente geral, que pode ou não atuar também como doutrinador (o doutrinador também pode também ser chamado de Evangelizador espiritual ou psicoterapeuta espiritual, entre outras denominações); doutrinadores, que não são médiuns ostensivos; médiuns com variadas aptidões mediúnicas, sendo que as principais seriam a psicofonia (também chamada “mediunidade de incorporação”), a psicografia e, eventualmente, a vidência. Há de se frisar a importância dos médiuns de sustentação e/ou médiuns passistas porque, muitas vezes, o desgaste energético de uma psicofonia, por exemplo, gera tamanho impacto fluídico negativo sobre o médium psicofônico que o faz necessitar de um passe ao final da reunião. Esse tipo de procedimento é fundamental para que todos saiam da mesma em estado de equilíbrio espiritual igual ou superior ao que desfrutavam antes que a reunião iniciou.

Também é interessante que limite-se em no máximo duas doutrinações simultâneas, salvo situação extraordinária. Assim, o dirigente e os demais participantes podem observar, acompanhar, contribuir e estudar tudo o que acontece na reunião, ou seja, as atenções de todo o grupo se convergem para o mesmo foco, não havendo, portanto, várias sub-reuniões concomitantes. Logo, em grupos menores em número e/ou que sejam iniciantes em termos de experiência mediúnica, o ideal seria uma manifestação psicofônica (com concomitante doutrinação) de cada vez, ou no máximo duas, que podem ser utilizadas principalmente em grupos maiores com um número maior de componentes e, sobretudo, de médiuns psicofônicos. Em alguns casos, um mesmo componente pode desempenhar mais de uma função durante a reunião mediúnica, o que cada grupo deverá decidir de acordo com o número de participantes, intensidade mediúnica dos principais instrumentos mediúnicos, tamanho da sala de reuniões, isolamento acústico da mesma, entre outros fatores, o que torna cada grupo mediúnico muito particular e sujeito a soluções mais adequadas a cada casa espírita, em se tratando deste assunto em particular.

O número de componentes não deveria exceder o valor de aproximadamente 14 a fim de que a disciplina, a homogeneidade espiritual e a produtividade da reunião não sejam comprometidas e para que todos tenham oportunidade de contribuir efetivamente com as tarefas, de forma que o crescimento mediúnico-doutrinário seja ótimo para todos os participantes. Grupos que superam esse limite de participantes estariam mais sujeitos a problemas como heterogeneidade vibratória e indisciplinas variadas. Desta forma, tais grupos poderiam cogitar seriamente em alternativas como, por exemplo, a subdivisão em dois grupos distintos, a fim de que o Centro Espírita cresça em suas atividades tanto em termos de quantidade de tarefas como, principalmente, no que se refere à qualidade das mesmas.

Grupos mediúnicos iniciantes devem constituir as chamadas “reuniões de desenvolvimento mediúnico” (também conhecidas como “reuniões de educação mediúnica”). Grupos mais experientes, que já passaram previamente por “reuniões de desenvolvimento mediúnico”, podem formar as denominadas “reuniões de desobsessão” propriamente ditas, as quais desenvolvem trabalhos mais complexos do ponto de vista da atuação espiritual educativa envolvendo entidades sofredoras.

Leonardo Marmo Moreira

Nenhum comentário:

Postar um comentário