Nasceu em Pedro Leopoldo, Minas Gerais, em 02 de Abril de 1910, era filho de um operário pobre e inculto, João Cândido Xavier, e de uma lavadeira chamada Maria João de Deus, falecida em 1915, quando Chico tinha apenas cinco anos de idade.
Passando por dificuldades seu pai entregou alguns de seus nove filhos aos cuidados de amigos e parentes, ficando Chico Xavier aos cuidados de sua madrinha.
Ainda menino aprendeu a se manter calmo e calado em momentos de sofrimento, pois sofria constantes maus-tratos de sua madrinha, e era nestes momentos que se dirigia ao quintal da casa a fim de reencontrar sua mãe, a qual ele sempre via e escutava após fazer orações.
Algum tempo depois seu pai se casou novamente com uma mulher boa e caridosa. Ainda em dificuldade sua madrasta iniciou uma horta em casa para ajudar no sustento da família, e tão logo começaram a vender os legumes Chico Xavier voltou a freqüentar a escola em 1919.
Passado os problemas, Chico não via mais sua mãe com tanta freqüência, mas começou a ter sonhos e se levantava durante a noite para falar com pessoas invisíveis, e pela manhã contava histórias de pessoas que já haviam morrido. Sem que conseguisse compreender, seu pai o levou até um vigário, que disse que um demônio estava perturbando o menino.
Ao conversar com sua mãe, triste por não ser compreendido por ninguém, escutou dela que precisava modificar seus pensamentos, que não deveria ser uma criança indisciplinada, para não ganhar antipatia dos outros. Deveria aprender a se calar e que, quando se lembrasse de alguma lição ou experiência recebida em sonho, que ficasse em silêncio.
Assim, durante sete anos consecutivos, de
Os sonhos continuavam e logo depois de dormir entrava em transe profundo. Porém, em maio de 1927, sua irmã ficou doente e um casal de espíritas reunidos com familiares da doente realizou a primeira sessão espírita no lar dos Xavier. Na mesa, dois livros: "O Evangelho Segundo o Espiritismo" e o "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec. Pela mediunidade de D. Carmem, sua mãe manifestou-se: "Meu filho, eis que nos achamos juntos novamente. Os livros à nossa frente são dois tesouros de luz. Estude-os, cumpra com seus deveres e, em breve, a bondade divina nos permitirá mostrar a você seus novos caminhos."
Em junho do mesmo ano foi cogitada a fundação de um núcleo doutrinário. E no final de 1927 foi fundado o Centro Espírita Luiz Gonzaga, sediado na residência de José Cândido Xavier onde as reuniões se realizavam as segundas e sextas-feiras.
No dia 08 de julho de 1927, Chico Xavier fez a primeira atuação no serviço mediúnico em público, e em 1931, passou a receber as primeiras poesias de "Parnaso de Além - Túmulo", que foi lançado em julho de 1932.
Em 1931, manifesta-se pela primeira vez o venerando espírito Emmanuel que foi o seu protetor espiritual. Entre as várias obras mediúnicas enviadas por Emmanuel, destacam-se cinco romances baseados em fatos verídicos: “Há 2.000 anos...”, “50 anos depois”, “Ave Cristo”, “Renúncia” e “Paulo e Estevão”.
Em 1938, é publicado o profético e discutido "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", de autoria do Espírito Humberto de Campos.
Em 1943, surge uma nova entidade espiritual, assinando suas obras com o pseudônimo de André Luiz, responsável por uma magnífica coleção de onze livros, iniciada com a obra “Nosso Lar”.
Em parceria com o também médium Waldo Vieira, psicografou dezessete obras.
Além da psicografia, também exerceu mediunidade de psicofonia, vidência, audiência, receitista, entre outras práticas.
Em 5 de janeiro de 1959, por motivos de saúde e sob orientação médica e dos Benfeitores Espirituais, Chico Xavier foi residir em Uberaba – MG, onde prosseguiu as atividades mediúnicas em reuniões públicas na Comunhão Espírita Cristã.
Foi nesta mesma época que teve início também à famosa peregrinação aos sábados. Quando o bondoso médium, saindo da "Comunhão Espírita-Cristã", visitava alguns lares carentes, levando-lhes a alegria de sua presença amiga, acompanhado por grande número de pessoas.
Seu trabalho sempre consistiu na divulgação doutrinária e em tarefas assistenciais, aliadas ao evangélico serviço do esclarecimento e reconforto pessoais aos que o procuravam.
Em quase setenta e cinco anos de mediunato, Chico Xavier foi intermediário de cerca de 412 livros, sendo que os direitos autorais dessas publicações sempre foram cedidos gratuitamente, às editoras espíritas ou a entidades assistenciais.
Quanto à fortuna material, ele continuou tão pobre quanto era. Chico era um homem aposentado e recebia somente os proventos de sua aposentadoria. Mas, sem dúvida, do ponto de vista espiritual, Chico Xavier era a cada dia um homem mais rico, pois multiplicou os talentos que o Senhor lhe confiou, através de seu trabalho, de sua perseverança e de sua humildade em serviço.
Mesmo com a saúde debilitada, Chico Xavier prosseguiu na sua condição de um autêntico missionário de Jesus, continuando a comparecer às reuniões do Grupo Espírita da Prece, até que no dia 30 de junho de 2002, em Uberaba, Minas Gerais, Chico Xavier desencarnou.
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