Não se sabe ao certo o dia do nascimento de Jesus. No início do século IV as autoridades religiosas optaram por 25 de dezembro, data que marcava o início das festas populares da primavera, a suceder o inverno. Era a vida recomeçando após a morte, simbolizada pelos meses frios.
Pessoalmente, Jesus veio a Terra trazer a grandiosa mensagem de amor ao mundo. Sua missão foi de tamanha importância que dividiu a História em duas épocas, antes e depois de sua passagem, dando inicio ao renascimento espiritual da humanidade.
O mestre não só nos ensinou, mas também vivenciou cada ensinamento. O primeiro de todos foi o da humildade e da simplicidade a exaltar, desde o primeiro momento, que o caminho para Deus passa pelo despojamento dos interesses humanos, das ambições, do comprometimento com o poder e com a riqueza, preferindo nascer em uma manjedoura e filho de um humilde carpinteiro no seio de um povo sem expressão no contexto de Roma, nos revelando que a verdadeira humildade começa no coração para depois continuar em nossos atos e nos ensinar como construir o Reino Divino, a partir do alicerce fundamental – o amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
Ensinava que devemos fazer ao próximo o bem que gostaríamos nos fosse feito, e passou seu apostolado a atender necessitados de todos os matizes, curando enfermos do corpo e da alma.
Ensinava que devemos perdoar não apenas sete vezes, mas setenta vezes sete, sempre, e jamais asilou ressentimentos ou mágoas, mesmo contra os piores adversários. Culminou por perdoar seus algozes na cruz.
Ensinava que os homens são todos irmãos, filhos do mesmo Deus, pai de amor e misericórdia. Por isso não discriminava ninguém, nem recusava a convivência com a chamada “gente de má vida”, proclamando que os sãos não precisam de médico.
Ao retornar à convivência dos discípulos, na gloriosa materialização, longe de admoestá-los por tê-lo abandonado no momento extremo, simplesmente os saudou com o carinho de sempre – a paz esteja convosco, convocando-os depois à gloriosa disseminação de seus princípios.
Exemplificava, assim, uma lição ainda não assimilada pela Humanidade: O valor do homem não pode ser medido por sua origem, por sua profissão, pelo dinheiro, pela posição social, pelo poder que acumula, mas pelo seu empenho em contribuir para a harmonia e o bem-estar da sociedade em que vive, seja ele o presidente da república ou o mais humilde trabalhador braçal.
Diante disso, devemos avaliar se já iniciamos uma nova contagem do tempo em nossa vida. Se podemos comemorar o anno Domini (no ano do Senhor), aquele ano decisivo do nascimento de Jesus em nossos corações.
É fácil saber.
Considerando que sua mensagem sintetiza-se no espírito de serviço em favor do bem comum, basta avaliar quanto de nosso tempo fazemos um tempo de servir, em que faz Jesus mais próximos dos homens, no entanto, o correto seria dizer que estamos mais perto dele, ante a mística natalina, a exortar a boa vontade, ou melhor, por assim dizer, a vontade de ser bom.
Texto retirado do livro PAZ NA TERRA de Richard Simonetti.
Contribuição de Paulo Henrique