Continuando o capítulo 7 em estudo, intitulado “Posses”, Joana nos fala que o armazenamento das coisas, apesar de poder enriquecer, aprisiona o ser, que se perde na ilusão e o afasta da caridade e do bem. A riqueza não é em si nem boa nem má, segundo ela, mas depende de quem a uso e da utilização é feito dela. As ansiedades oriundas das oscilações de mercado inquietam os corações e perturbam as mentes dessas pessoas. “Com facilidade gera o apego e o medo de perdê-la; empobrece outros indivíduos, quanto dorme nos cofres da usura, permitindo que a miséria se generalize” (p. 46).
A partir daí, Joana nos aconselha a aprendermos a repartir, para que melhor compartilhemos. Com essa singela e linda frase ela nos coloca a importância de dividirmos o que possuímos para que possamos compartilhar, ou seja, vivenciarmos juntos, desfrutarmos com o outro. Ela fala que o que temos deixaremos de ter, mais cedo ou mais tarde, mas o que somos nunca se perderá, nunca deixaremos de ser enquanto essência divina.
Devemos, pois, segundo ela, refletir acerca da transitoriedade da vida, da existência física e material, para compreendermos como desfrutá-la da melhor forma possível, de como aproveitá-la com propriedade. Somente as conquistas intelectuais e morais são eternas.
Assim ela nos fala: “A sucessão inexaurível do tempo demonstra a fragilidade das coisas diante dele e a sua inexorabilidade, no que diz respeito à consupção de tudo quanto é terreno” (p.47).
Larissa - Mocidade
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