Chegado é o momento de assumirmos a responsabilidade por nossos atos. Não permaneçamos mais na penumbra do véu da ignorância. Não nos cabe mais apresentar o desconhecimento como justificativa para nossas revoltas e incompreensões diante dos reveses desta nossa existência corporal. Reconheçamos que somos todos portadores de registros de atos praticados no pretérito, atos estes muitas vezes felizes e muitas outras vezes infelizes, apesar de tais registros se encontrarem, de modo geral, inacessíveis às nossas atuais personalidades. Recordemos de ser gratos a Deus pela bênção que é o véu que nos oculta temporariamente a lembrança dos equívocos que, infelizmente, levamos a efeito em outras encarnações, pois de outro modo, nas mais variadas circunstâncias, não poderíamos agir, em virtude de nossas imperfeições, sem ser movidos por interesses ocultos em nosso íntimo. Percebamos todos, que o advento da Doutrina Espírita proporcionou a nós ampla possibilidade de esclarecimento e reforma moral. Aproveitemos a oportunidade que nos é concedida, para melhor compreendermos as Leis Divinas e o que nos cabe desempenhar no Universo. A Luz que a Doutrina dos Espíritos lançou sobre a Terra se encontra a nosso alcance. Instruamo-nos enquanto buscamos amar, pois assim nossa caminhada estará amparada pela razão, e esta subsidiada pelo avanço, que aos poucos conquistamos, da compreensão das Leis que regem nossas existências. Assim, caminhemos com Jesus em nossos pensamentos e atitudes, fazendo florescer os sentimentos de resignação em nossos corações, afastando quaisquer indícios de revolta. Colhemos aquilo que plantamos. As dificuldades são oportunidades de aprendizado. Deus é Pai bondoso e justo e a ninguém dá um fardo mais pesado do que aquele que realmente pode carregar. As aflições podem ter duas origens distintas: nessa e ou em outra vida. Resignemo-nos! Vivamos as dificuldades que nós mesmos nos impomos extraindo de tais circunstâncias os elementos necessários para impulsionar nossa caminhada evolutiva em direção à perfeição, destino certo de todos nós, filhos de Deus, que é nosso Pai caridoso e que nos ampara em nossas buscas, tantas vezes atribuladas em meio às tentações da matéria e impactadas por nosso apego aos vícios morais. Saibamos ser humildes, reconhecer que Deus sabe mais que nós mesmos aquilo que é melhor para nós, mas que precisamos fazer nossa parte para avançar. Portanto, sigamos adiante amparados pela espiritualidade maior, manifestando o que de melhor há em nós e estabelecendo sintonia com nossos irmãos de boa vontade, trabalhadores de Cristo, para que nossos passos sejam retos e sempre em direção ao Pai.
Esse texto é uma contribuição de Rafael Kohatsu
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