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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Ei jovem!

Trazemos um texto que fala sobre a questão dos métodos anticoncepcionais e o espiritismo, explicitando a posição da Doutrina com referência a esse tema tão importante e muitas vezes pouco discutido. O texto foi trabalhado durante a última reunião da Mocidade Espírita Maria de Nazaré.




MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS E O ESPIRITISMO

Há métodos anticoncepcionais que não são abortivos, pois não permitem que ocorra a concepção. Em conseqüência, nestes casos não há que se falar em ligação entre um espírito e a matéria. O uso de anticoncepcionais é um meio de se fazer planejamento familiar, a fim de que a família seja programada, se constitua e se multiplique com equilíbrio. Não há nada de errado em preparar-se, física e psicologicamente, para a vinda de um filho, como um ato deliberado, para que a paternidade e a maternidade alcancem plena satisfação e realização. Os casais têm livre-arbítrio para decidir sobre quantos filhos terão e quando os terão. Muitas vezes, trazemos uma programação espiritual prévia dos filhos, mas o ser humano tem o livre-arbítrio de fazer escolhas. Escolhas egoístas podem ter conseqüências futuras, mas o simples planejamento equilibrado da família não é reprovável do ponto de vista espiritual.

A procriação, dando oportunidade reencarnatória a um espírito que necessita voltar à vida física para continuar sua evolução, é uma das tarefas que podemos trazer para a nova passagem pela carne. Porém, não a única. Não reencarnamos unicamente com esse objetivo. Sendo assim, temos o direito de fazer o nosso planejamento familiar, pois, do contrário, teríamos que procriar indefinidamente, durante toda a existência física, o que não seria uma atitude de bom senso. A questão do controle da natalidade deve ser examinada observando-se a intenção de quem o pratique. Se a intenção for de seguir um planejamento familiar que atenda às realidades do casal, inclusive de ordem econômica, nada há na Doutrina que o reprove. Se, porém, a intenção é meramente de preservar a estética do corpo, manter a sensualidade ou ter uma atividade sexual voltada unicamente para o prazer, por exemplo, entendemos que, nestas hipóteses, deverão advir conseqüências na vida espiritual.

Nestes casos, estará sendo contrariada a Lei Natural e a conseqüência será a necessidade de retificação numa existência física futura, de forma geralmente dolorosa.

Obviamente que o mau uso do livre-arbítrio, através do abuso do prazer sexual e da promiscuidade, gerará conseqüência desgostosas para o espírito que não souber utilizar adequadamente suas energias sexuais. Então, o uso de métodos anticoncepcionais não significa liberação sexual absoluta e desregrada, mas tão somente um modo de se planejar adequadamente a família.

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