Em destaque:


Evangelização Infantil - Toda Segunda-feira às 19h30m.

A Juventude Espírita Maria de Nazaré - Todo sábado de 17h às 18h30m.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A auto-definição como espírita de Divaldo Franco

                A primeira palestra pública de Divaldo Pereira Franco foi proferida em Aracaju, capital do estado de Sergipe, na antiga sede da União Espírita Sergipana, no dia 27 de março de 1.947 (portanto, Divaldo está próximo de completar, no próximo mês de março, 67 anos de serviço ininterrupto da área da oratória espírita, trabalho incansável que o tornou grande expoente da divulgação doutrinária do Brasil e do Mundo).
 
Divaldo estava com 19 anos na ocasião. O seu anfitrião, que o havia convidado para passar férias em seu lar, era espírita militante, e, percebendo a exuberante e altamente ostensiva mediunidade de Divaldo, quis saber das especialidades mediúnicas do jovem baiano, perguntando diretamente:

“Divaldo, você vê (Obviamente, ele queria saber se Divaldo via os Espíritos, telas psíquicas projetas pelos Espíritos e o mundo espiritual propriamente dito, ou seja, se tinha a mediunidade de vidência)?

“Sim.

“Ouve? (Novamente, de forma bem sucinta o amigo espírita queria saber se Divaldo ouvia as vozes dos Espíritos, isto é, queria saber se tinha a mediunidade de audiência)

“Algumas vezes. (Nesta época, Divaldo Franco ainda não psicografava)

“Você é médium, Divaldo (Um indivíduo que vê os Espíritos com frequência e, de vez em quando, os ouve, certamente tem uma mediunidade bastante substancial).

“Mas você é espírita?! (A pergunta é carregada de grande sabedoria, pois o fato de alguém ser médium não torna essa pessoa necessariamente espírita. A mediunidade é uma tendência inerente a todo ser humano, que alguns apresentam em níveis mais intensos, os quais são chamados de “médiuns de ação”, como o caso do próprio Divaldo.

“Eu ainda não sei. Eu ainda não li nada. Os Espíritos mandaram-me ler “O Livro dos Espíritos”, mas eu ainda não o encontrei. (Uma resposta também muito sábia. Os Amigos Espirituais recomendaram que Divaldo lesse “O Livro dos Espíritos” para, se assim o desejasse, de acordo com o próprio livre-arbítrio, tornar-se, em seguida, espírita, a partir desse estudo sistemático da obra básica da Doutrina Espírita. Divaldo não havia lido nem “O Livro dos Espíritos” e nem qualquer outra obra que lhe desse subsídios para se intitular espírita. A resposta também denota como naquela época era mais difícil a aquisição das obras espíritas em relação aos dias atuais).

“Pois, eu lhe emprestarei (De fato, emprestar, doar, ou mesmo adquirir os livros espíritas constitui dever dos Espíritas militantes, pois trata-se de uma forma muito efetiva de divulgar o Espíritismo e ajudar a manutenção material da Editoras espíritas e das obras sociais que as editoras mantém, assim como ajudar as obras que são mantidas com os direitos autorais desses mesmos livros. Além disso, Centros Espíritas e livrarias espíritas, que usam os pequeninos lucros para a manutenção da casa espírita e de suas obras sociais, são igualmente beneficiadas pela aquisição dos livros e, atualmente, também dos DVDs, CDs, entre outras fontes de divulgação).

“Você poderia contar-nos como é a mediunidade?!

“Sim. Irei tentar... (E Divaldo profere a palestra sob o auxílio espiritual de Humberto de Campos e, no dia seguinte, faz sua segunda palestra, também sob a orientação do mesmo mentor espiritual).

De qualquer maneira, Divaldo hesita em auto intitular-se espírita quando questionado sobre esse ponto, mesmo já tendo informações dos Guias Espirituais que ele deveria seguir esse caminho, a partir da leitura de “O Livro dos Espíritos”. Hesita justamente porque não havia lido nada, nem mesmo a obra básica da Doutrina Espírita. De fato, nós não podemos ser algo que nem ao menos sabemos do que se trata; não podemos usar de determinada auto-denominação sem termos lido, nem mesmo de forma superficial, nenhuma obra fundamental para a aquisição desse conhecimento. Caso contrário, estaremos sendo levianos, afirmando ser algo que, em verdade, ainda não somos. Realmente, Divaldo não tinha, até então, lido nem ao menos “O Livro dos Espíritos”, que constitui a base fundamental do corpo doutrinário espírita. Por essa razão, usa de bom senso, sendo cuidadoso ao não se intitular naquele momento como adepto do Espíritismo, o que ocorreria efetivamente pouquíssimo tempo após esse episódio. 

Leonardo Marmo Moreira

Nenhum comentário:

Postar um comentário