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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Sobre a nucleação das células, a origem da vida na Terra e a obra “A Caminho da Luz”

Algumas partes do livro "A Caminho da Luz" têm sido discutidas e questionadas por alguns confrades que tem buscado se aprofundar na importante obra de Emmanuel pela mediunidade de Chico Xavier. Tais companheiros têm estudado a parte do livro que trata dos "primeiros habitantes da Terra", na qual Emmanuel comenta sobre os processos celulares que deram origem ao núcleo da célula através de um processo que seria uma “elaboração paciente das formas". De fato, tal tópico é ainda matéria de difícil assimilação por todos nós, estudantes da Doutrina Espírita.

             Realmente, os seres procariontes, tais como as bactérias, não apresentam carioteca (membrana que envolve o núcleo celular dos seres eucariontes), mas apresentam estruturas necessárias às suas atividades funcionais. De fato, os procariontes apresentam, por exemplo, uma região chamada de “região nuclear”, onde existe uma maior concentração de material cromossômico, o que poderia, minimamente explicar a utilização do conceito de “nucleação” ou “anucleação”, por parte do benfeitor espiritual Emmanuel na obra “A Caminho da Luz”. De qualquer maneira, o desenvolvimento das bactérias não implica que seres mais elaborados do ponto de vista celular não estavam, em maior ou menor grau, nos seus respectivos processos de evolução orgânica, mesmo que de forma ainda muito preliminar. Realmente, o que temos são teorias, uma vez que alguns aspectos da Evolução ainda carecem de maior aprofundamento por parte dos especialistas da área. Logo, concomitantemente ao surgimento desses tipos de seres vivos, poderia estar acontecendo o desenvolvimento de pré-requisitos evolutivos de outras espécies “mais elaboradas”.

        A discussão que o mentor espiritual de Chico Xavier elabora a respeito da origem dos primeiros seres vivos na Terra não parece estar em contradição com a frase emmanuelina “A elaboração paciente das formas” porque não há detalhamento suficiente no texto desse benfeitor (Emmanuel) para supormos uma incoerência. De fato, se analisarmos a vida atual no planeta, constataremos a coexistência de um grande número de espécies que tiveram caminhos evolutivos (e que continuam ocorrendo) bem distintos.

        De qualquer forma, todos os textos que tratam das nossas origens espirituais e materiais são recursos didáticos válidos, sobretudo em se tratando de autores da envergadura espiritual de um Emmanuel. Entretanto, mesmo assim, tais textos não devem ser tomados literalmente, pois ainda temos um grande caminho a percorrer de avanço na compreensão das gêneses espiritual e material. Se analisarmos os prefácios bem como a integralidade dos textos de obras como “A Caminho da Luz”, “Evolução em Dois Mundos” e “Mecanismos da Mediunidade”, por exemplo, perceberemos que, apesar de serem contribuições valiosíssimas, os seus próprios autores os consideram como apostilas resumidas de estudo, empregando, muitas vezes de analogias de valor meramente didático para favorecer o nosso entendimento inicial em áreas em que ainda temos que laborar muito intelectualmente. Portanto, mesmo tais obras, que são verdadeiras referências de estudo para todos os espíritas zelosos em relação à Doutrina, estão longe de terem esgotado as questões abordadas, tal como ocorre com a própria obra “A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec. De fato, as chamadas “Revelações Espirituais” constituem contribuições dos amigos espirituais ao nosso avanço espiritual, sem nunca constituírem qualquer tipo de isenção de trabalho da parte de nós, Espíritos encarnados.

Leonardo Marmo Moreira

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