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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Lutero e a Remuneração Religiosa

Na obra “As Marcas do Cristo” de Hermínio C. Miranda, o volume dois (que apresenta o subtítulo “Lutero, o Reformador”) é dedicado ao estudo da personalidade e da trajetória de Martinho Lutero, grande nome da Reforma protestante. De fato, todas as denominações religiosas ditas protestantes e/ou evangélicas, nascem direta ou indiretamente do trabalho precursor do missionário alemão. Entretanto, isso não significa que as inúmeras vertentes protestantes que foram e que são criadas a cada ano respeitam princípios fundamentais que constituíam os ideais cristãos e os comportamentos mais elevados do ponto de vista ético, por parte de Martinho Lutero.

No capítulo 3, intitulado “A Personalidade”, do referido volume 2 de “As Marcas do Cristo”, Hermínio descreve da seguinte maneira a atitude de Lutero em relação à eventual possibilidade de remuneração em função de sua atuação religiosa:

“Seu desinteresse pelo dinheiro era total. Jamais aceitou pagamento dos livreiros pelas suas obras, que se vendiam aos milhares. Muitos se enriqueceram de bens materiais com elas; Lutero somente extraiu delas o prazer de produzi-las para glória de seu Mestre e para divulgação da verdade, tal como a via.

“Vivia de seu ordenado de professor da Universidade: 200 florins por ano. Quando o Eleitor pensou em aumentá-lo, ele prontamente respondeu que cuidasse antes das finanças públicas, que não iam bem. Não que essa importância lhe permitisse vida farta e despreocupada. Tinha família para alimentar e vestir. Catarina, excelente dona-de-casa e esposa, era econômica e ajudava-o bastante, fazendo economias e produzindo seus próprios legumes e verduras.

“Ninguém pode dizer que Lutero viveu da sua doutrina ou dependeu do movimento que desencadeou.

“Sua prece predileta era o Pai Nosso e, na sua opinião, um dos seus graves pecados consistia “em não rezar bastante e em não agradecer a Deus os benefícios com bastante ardor””.

“Orava, sempre que possível, de pé, diante da janela, contemplando a obra imensa de Deus nos céus da sua querida Alemanha”.

“É de uma sinceridade inatacável.”

Quando analisamos a prática comum de se viver da religião e/ou da atividade religiosa e, em alguns casos, de se obter efetivamente recursos financeiros e até mesmo salários (e, frequentemente, grandíssimos salários), constatamos que tais práticas são cultivadas em oposição às atitudes das grandes referências religiosas na humanidade. Diz o ditado: “Quando o discípulo está pronto, o mestre aparece”. Entretanto, em meio a grande número de pretensos mestres, cabe ao potencial discípulo, através do seu livre-arbítrio, inteligência, bondade, religiosidade e intenções escolher os mestres mais apropriados para o seu crescimento espiritual, a fim de que possa caminhar em busca da verdadeira espiritualidade, cada vez mais próxima de Deus e da Verdade. E isso vale para todas as filosofias e religiões.

Leonardo Marmo Moreira

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