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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

As Dificuldades do Cristianismo Nascente e as dificuldades do Movimento Espírita

Ao contrário do que muitos podem pensar, o Cristianismo nascente não era uma rocha monolítica de ideias que, aos poucos, foi sendo adulterado e permitindo que diversas nuanças de opinião gerasse uma gama de seitas. Em verdade, desde a tarefa inicial de Jesus, a compreensão dos Apóstolos e Discípulos já era heterogênea. Obviamente, temos que admitir que a heterogeneidade nesse tempo era bem menor do que seria posteriormente até porque a própria presença física de Jesus como referência indiscutível do Movimento Nascente fornecia a diretriz de segurança moral e doutrinária que cabia aos Apóstolos e Discípulos seguir. Contudo, ainda assim, já era possível perceber diferenças de opinião e dificuldades de compreensão em algumas passagens evangélicas, por parte de todos os seguidores.  
As pressões externas, os compromissos pessoais e familiares e toda a gama de limitações individuais fez com que, após a desencarnação de Jesus, as incertezas e as discordâncias doutrinárias e estratégicas se acentuassem. Tais diferenças geraram rivalidades, mágoas, disputas e separações que somente com muita dificuldade e ideal superior puderam ser administradas.
Obviamente, Jesus conhecia essa realidade e não estava surpreso com ela, pois como grande governador da Terra, foi Ele quem organizou e planejou todo o projeto evolutivo da comunidade que habita a Terra, incluindo Sua Própria vinda física ao planeta e a divulgação apostólica de sua mensagem. O que ocorre, é que todo processo educacional exige tempo e começa sua implantação normalmente através de um processo muito lento e gradual, sobretudo quando diz respeito a um grupo de pessoas de formação espiritual e cultural tão heterogêneo como é o caso da população da Terra (encarnado e desencarnados).
Poderíamos correlacionar esse contexto com a atual realidade do Movimento espírita. Divaldo P. Franco afirma que “todo movimento que cresce em quantidade (número de adeptos) tende a perder em qualidade (profundidade doutrinária e idealismo por parte de cada componente”. E o nobre médium e orador espírita assevera que esse é um risco que o Movimento Espírita está enfrentando atualmente. Portanto, o aumento quantitativo do Movimento espírita é uma tendência que deve continuar a ocorrer e as diferenças de tendências e personalidades dos neófitos do movimento é algo natural. Devemos, por conseguinte, lutar para aprofundar a qualidade doutrinária de nossas casas e grupos espíritas, melhorando a divulgação doutrinária.

 
Leonardo Marmo Moreira

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