Em destaque:


Evangelização Infantil - Toda Segunda-feira às 19h30m.

A Juventude Espírita Maria de Nazaré - Todo sábado de 17h às 18h30m.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Evidências intelectuais da imortalidade da alma

                Com o surgimento do Espiritismo, grandes missionários do Bem e da Verdade vêm se esforçando para gerar, cada vez mais, um volume sempre crescente de evidências da imortalidade da alma. Esses esforços continuam ainda hoje, e continuarão por muito tempo, considerando o alto nível de materialismo de nossa sociedade. De fato, o materialismo é característica muito arraigada em nosso planeta, mesmo por parte daqueles que se dizem adeptos de religiões. Realmente, mesmo que de forma paradoxal, muitos ditos espiritualistas, são, na verdade, indivíduos profundamente materialistas, sem nenhuma seriedade em relação à questão espiritual.

                No século XIX, a busca pelas evidências da imortalidade da alma, da comunicabilidade dos espíritos e da existência do chamado “mundo espiritual” priorizou os estudos envolvendo ectoplasmia, isto é, as chamadas “reuniões de materialização”. Grandes pesquisadores como Gabriel Delanne, Gustave Geley, Charles Richet, Friedrich Zöllner, William Crookes, Alexander Aksakov, entre outros, empenharam grande esforço na produção de reuniões de materialização, que fossem totalmente autênticas. Além disso, estes grandes missionários da humanidade esforçaram-se para relatar com riqueza de detalhes tais eventos, de maneira que as gerações futuras tivessem acesso a tamanho volume de comprovações da existência e imortalidade da alma. Dessa forma, grande número de livros destes autores conseguiu chegar até os dias atuais, enriquecendo nossa biblioteca de obras de inestimável valor para a construção de nossa espiritualidade em um nível mais elevado.

                Com o passar do tempo, os fenômenos mediúnicos predominantemente de efeitos físicos foram diminuindo em quantidade e em ostensividade. Poderíamos supor que a Espiritualidade superior, após oferecer um grande volume de dados deste tipo (os quais ainda podem ser acessados pelos livros de excelente qualidade escritos por renomados pesquisadores), decidiu que a mediunidade continuaria pujante, porém com maior predomínio de fenômenos de natureza intelectual. Além disso, de uma forma ou de outra, o trabalhador do bem deveria se empenhar pessoalmente na pesquisa, análise, comparação e comprovação dos mesmos, visando contribuir para o avanço intelectual do ser humano em direção a uma maior espiritualidade.

                De fato, um livro como “Parnaso de Além-túmulo” (primeiro livro publicado pela mediunidade de Chico Xavier através da Federação Espírita Brasileira (FEB) em 1932) constitui relevante evidência da imortalidade da alma. As poesias originais de poetas como Castro Alves, Casimiro de Abreu, Cruz e Souza, Pedro de Alcântara, Augusto dos Anjos, Olavo Bilac, entre outros, consiste em consistente evidência da sobrevivência do Espírito à morte do corpo físico. De fato, o então desconhecido médium mineiro Chico Xavier, moço pobre que só tinha estudado o primário, “reproduziu” o estilo de um grande número de poetas que eram historicamente associados a diferentes movimentos literários: Romantismo, Simbolismo, Parnasianismo, Pré-Modernismo, entre outros estilos. Isso sem mencionar as características peculiares de cada um dos autores espirituais. A primeira edição trazia sessenta poemas, assinados por nove poetas brasileiros, quatro  portugueses e um anônimo. A partir da segunda edição, publicada em 1935, foram sendo gradualmente incorporados novos poemas à obra até à 6ª edição, publicada em 1955, quando fixou-se a quantidade de poemas em expressivos duzentos e cinquenta e nove, atribuídos a cinquenta e seis autores luso-brasileiros, entre renomados e anônimos.

                Obras como o livro psicografado por Waldo Vieira “Cristo espera por ti”, do Espírito de Honorec de Balzac e “O Mistério de Edwin Drood” de Charles Dickens (autor de obras como “Oliver Twist” e que iniciou “O Mistério de Edwin Drood” encarnado, morreu no meio do livro, e voltou depois da morte para terminá-lo através de iletrado médium norte-americano) também constituem fortes evidências da sobrevivência da personalidade ao óbito do corpo físico, demonstrando que a mente, a inteligência e a personalidade são extra-corpóreas.


                Tanto no que se refere aos estudos envolvendo a comprovação da imortalidade da alma como em relação aos esforços focados na elaboração e na evolução do conteúdo doutrinário do Espiritismo propriamente dito, o trabalho analítico dos Espíritas conscientes é imprescindível. A Doutrina nos ensina a responsabilidade e, de fato, dirigentes, oradores, coordenadores de grupos de estudo, médiuns, doutrinadores e todos os estudiosos comprometidos com o ideal espírita possuem a responsabilidade de valorizar as obras mais elevadas associadas à ideia espírita. Desta forma, ocorrerá uma espécie de seleção natural, onde as obras de maior valor doutrinário serão de tal forma priorizadas e divulgadas pelos chamados “formadores de opinião” do movimento espírita, que os neófitos da Casa Espírita iniciarão seus estudos por obras de reconhecido valor espírita, pois serão estes livros de maior conteúdo as obras valorizadas na difusão das propostas espíritas por meio da veiculação elaborada pelos expositores do Centro Espírita, que é a principal sede do Movimento Espírita.

Leonardo Marmo Moreira

Nenhum comentário:

Postar um comentário