Em destaque:


Evangelização Infantil - Toda Segunda-feira às 19h30m.

A Juventude Espírita Maria de Nazaré - Todo sábado de 17h às 18h30m.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Por que André Luiz não revelou seu verdadeiro nome?


                Emmanuel deixa claro, prefaciando a obra de André Luiz “Nosso Lar”, que em vão procuraríamos o nome de André Luiz nos catálogos da convenção. Em outras palavras, não descobriríamos facilmente a verdade identidade, em se tratando especificamente da última encarnação de André Luiz.

                De fato, o famigerado “Caso Humberto de Campos” foi um dos fatores que explicam o porquê desse “nome” não ter sido explicitado pelos amigos espirituais. Esse episódio foi um dos eventos históricos mais dolorosos na História do Espiritismo brasileiro. Por outro lado, o “Caso Humberto de Campos” acentuou a precaução que os médiuns psicográficos passariam a ter no que se refere a eventuais relevações de nomes de Espíritos autores, sobretudo em se tratando de personalidades famosas e mais recentes do ponto de vista histórico.

                Realmente, a família de Humberto de Campos solicitou os direitos autorais da obra de Humberto de Campos-Espírito pelo médium Francisco Cândido Xavier na justiça, processando o referido médium e a Editora responsável pelas respectivas publicações, no caso a Federação Espírita Brasileira (FEB).

                Após tal episódio, mesmo Espíritos que na última encarnação já eram espíritas, como é o caso de Frederico Figner, passaram a utilizar de pseudônimos, no caso “Irmão Jacob” (a obra em questão é o livro “Voltei”, também obtida pela psicografia de Chico Xavier e publicada pela FEB), para evitar que novos problemas desse tipo voltassem a ocorrer.

                A falta de preparação espiritual da família encarnada, envolvendo tanto interesses econômicos assim como dúvidas a respeito da imortalidade da alma e da legitimidade do fenômeno mediúnico, entre outros tipos de problemáticas, são fatores que, em muitos casos, têm motivado a utilização de pseudônimos ao invés dos “verdadeiros nomes”, isto é, os nomes que corresponderiam à última encarnação do autor espiritual.

                O Espiritismo nos ensina que, em matéria de fenômeno mediúnico, o mais importante é o conteúdo da mensagem, sendo a identificação do autor espiritual algo, obviamente, secundário. No entanto, se fosse possível, tal identificação de autores famosos seria bastante interessante e, apesar de não ser imprescindível, ofereceria novas oportunidades de estudos comprobatórios da imortalidade da alma para os pesquisadores espíritas e não-espíritas. É o caso de obras mediúnicas atribuídas a Espíritos que já eram famosos enquanto escritores encarnados, tais como Camilo Castelo Branco, Victor Hugo, Joanna D`arc, Léon Denis, Honorec de Balzac, Charles Dickens, entre outros.

                De qualquer maneira, o volume de obras espíritas cresce cada vez mais e, desta forma, lenta e gradualmente, nós podemos estudar um número cada vez maior de obras espíritas que fornecem valioso conteúdo em prol de nosso aprofundamento doutrinário. Esse crescimento, inclusive, abrange obras de autores que, enquanto encarnados, já eram conhecidos. Desta forma, mesmo sabendo que, em alguns casos, tais identificações não foram possíveis de serem reveladas, pelos motivos supracitados, outras tem sido disponibilizadas, o que tem permitido que tais estudos comprobatórios continuem se expandindo, solicitando, apenas, de nossa parte, uma maior dedicação a tais leituras e pesquisas.

Leonardo Marmo Moreira

Nenhum comentário:

Postar um comentário