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quarta-feira, 27 de março de 2013

O Passe deve ser precedido pelo estudo evangélico-doutrinário


                Muitas casas espíritas, sobretudo no passado, desenvolviam o tratamento de passes de forma concomitante à preleção evangélica, ou seja, no decorrer da palestra de esclarecimento evangélico-doutrinário. A escolha dessa metodologia de trabalho poderia ser motivada por vários fatores, tais como grande número de assistentes necessitados do passe, pequeno número de médiuns passistas e/ou limitações em relação ao tempo total dispendido pela reunião pública (somatório do tempo da palestra com o tempo do tratamento pelos passes).

                Todavia, mesmo considerando as nuances intrínsecas a cada casa espírita e a seus respectivos trabalhos, tal forma de trabalho não deve ser admitida como a mais adequada. Realmente, não havendo maiores impedimentos, os dirigentes espíritas devem preferir desenvolver todo o trabalho de exposição doutrinária antes do início de todo o trabalho de passes. Longe de “separar” tais trabalhos, essa subdivisão conecta e otimiza sinergicamente a “evangelho-terapia” com a transfusão magnética humano-espiritual do tratamento de passes.

                Toda a evangelização/doutrinação prepara vibratoriamente o indivíduo para que a probabilidade de eficácia do tratamento pelos passes seja maior em função de uma sintonia espiritual mais elevada por parte da pessoa que vai receber os passes.

                Além disso, temos que admitir que a transfusão magnética é o auxílio fluídico imediato, mas o conteúdo doutrinário, além de apresentar um impacto imediato, traz valores para a nossa transformação definitiva. Muitos poderiam argumentar que a prece é suficiente para a preparação espiritual prévia à fluidoterapia, mas, na grande maioria das vezes, somente a prece não é suficiente, apesar de indiscutivelmente ser um importante primeiro passo. Para ilustrar este fato devemos nos lembrar dos casos de obsessão. Em casos de perturbação espiritual obsessiva, é fundamental que o obsessor também ouça o Evangelho, o que pode fazer com que o obsediado melhore em função da transformação moral através do Evangelho por parte do obsessor, ou seja, da desistência do obsessor na continuidade do seu objetivo perturbador, interrompendo a simbiose espiritual. Em outras palavras, o obsessor muda para melhor e deixa de ser obsessor e, consequentemente, o obsediado melhora espiritualmente, devido à perda da companhia espiritual negativa, deixando de ser obsediado. É interessante observar que às vezes o obsediado propriamente dito não mudou substancialmente o seu comportamento para melhor, mas encontra a resolução para a perturbação espiritual vivenciada no respectivo momento (a enfermidade espiritual imediata) devido à transformação efetiva que o obsessor desenvolveu em si mesmo.

                Todo o conteúdo doutrinário constitui uma preparação fundamental para o chamado passe humano-espiritual (passe através da presença e dos respectivos fluidos de encarnados e desencarnados). De fato, o próprio passe espiritual (passe através da presença e dos fluidos dos amigos desencarnados, sem uma participação efetiva de passistas encarnados) pode ser ministrado pelos amigos espirituais durante as palestras. Isso denota a relevância da atenção sincera à exposição evangélico-doutrinária durante as reuniões públicas por parte da assistência. As respectivas preleções fornecem material intelecto-moral valioso para todos os presentes através de conteúdos filosóficos, científicos e religiosos insertos tanto nas obras básicas como nas obras subsidiárias do Espiritismo, permitindo a análise de todos os candidatos à reforma íntima.

Somente encarando cada reunião espírita como uma comunhão em prol da reforma íntima, que é o objetivo comum de todos os presentes à cada reunião espiritista, é que conseguiremos atingir os objetivos fundamentais da transformação espiritual que desejamos. Desta forma, a base construída pela exposição oral favorecerá uma eficácia muito maior dos passes em função de já encontrar o recebedor do passe em uma postura espiritual mais elevada (quiçá em um início de propósito sincero de reforma íntima) e, portanto, mais receptivo, espiritual, emocional e fluidicamente à respectiva transfusão de energias.

Leonardo Marmo Moreira

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