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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Os Tipos de Obsessão quanto aos Agentes


                Existem vários tipos de obsessão quanto aos seus agentes, ou seja, quanto aos participantes do processo obsessivo. A obsessão, como nós sabemos, tem no obsessor e no obsediado seus principais participantes.
                O tipo “clássico” de obsessão, que é de interesse fundamental no estudo da questão, principalmente em se tratando de estudantes encarnados, é a obsessão de desencarnado para encarnado, isto é, a obsessão em que o obsessor é desencarnado e o obsediado é encarnado.
                A invisibilidade do agente obsessor, a força da ação telepática, a sutileza das estratégias obsessivas, o desconhecimento da existência desse processo por parte de grande quantidade dos obsediados, entre outros fatores, são características que tornam a obsessão do desencarnado para o encarnado um dos fatores mais complexos e graves que influenciam negativamente o andamento das realizações reencarnatórias de cada ser humano, partindo da influenciação direta sobre o livre arbítrio.
                Dentro deste tópico, vale frisar que existem obsessões coletivas, ou seja, obsessões com mais de um obsessor (muitas vezes numerosos obsessores!) para um obsediado bem como vários obsessores para vários obsediados. De fato, assim como os encarnados, os desencarnados fazem associações e montam equipes para atuarem em conjunto visando à obtenção de metas comuns.
                A obsessão de desencarnado para desencarnado: No mundo espiritual, associações de variadas dimensões podem ser elaboradas.  Como conseqüência a esses pactos, muitos espíritos podem ser vítimas (obsediados) de perseguidores (obsessores), caracterizando circunstâncias dolorosas, as quais são motivadas por diversas razões e durante variados intervalos de tempo (alguns casos obsessivos podem durar por muito tempo).
                A obsessão de encarnado para encarnado: O fenômeno básico da obsessão é a influência negativa persistente que se dá através da transmissão do pensamento do obsessor para o obsediado. Este conceito básico permite inferir que a obsessão pode ocorrer entre encarnados. De fato, o encarnado é um Espírito imortal assim como o é o Espírito desencarnado. Em que pese as diferentes nuances de cada processo, a influência de encarnado para encarnado pode impactar negativamente seu próximo de forma semelhante à influência do Espírito desencarnado sobre o Espírito encarnado.
                A obsessão de encarnado para desencarnado: Os pensamentos que nós emitimos a cada instante podem funcionar como evocações muito intensas para os desencarnados. Dessa forma, consciente ou inconscientemente, os encarnados podem obsedar os desencarnados. A lembrança sistemática de desencarnados pode gerar diálogos mentais e\ou elaborações mentais (“telas mentais” ou “painéis mentais”, tais como as “formas pensamentos”) com alta carga emocional que podem sempre intensificar o impacto que o pensamento propriamente dito pode gerar quando assimilado pelo “Espírito-alvo” (obsediado), que neste caso é um desencarnado.
                Auto-obsessão: A auto-obsessão é quando o próprio encarnado mantém uma fixação negativa, ou seja, uma monoideia perturbada, sem a participação efetiva de outro Espírito. Em outras palavras, o mesmo indivíduo é obsessor e obsediado ao mesmo tempo, sendo, portanto, obsessor de si mesmo. Pode ocorrer devido a fixações do passado e\ou vazio existencial e\ou viciações vinculadas à matéria.
                Em verdade, toda obsessão tem intrinsicamente, em maior ou menor grau, uma auto-obsessão, que é inerente ao processo obsessivo propriamente considerado, pois a telepatia perniciosa passa pela assimilação da idéia emitida pelo obsessor por parte obsediado, com inevitáveis conseqüências intelecto-morais negativas.
                A fundamentação telepática do fenômeno obsessivo, tendo o fenômeno mediúnico inerente ao Espírito imortal como base, denota a necessidade de auto-conhecimento, reforma íntima, vigilância em pensamentos, sensações, sentimentos, palavras e atos de forma muito mais complexa do que poderíamos supor sem considerar a efetiva influência mútua entre os Espíritos.
                Assim como a transmissão de pensamentos positivos, a transmissão de pensamentos doentios acontece continuamente na natureza. Por conseguinte, compreender minimamente a complexidade envolvendo os agentes da obsessão permite entender aspectos muitas vezes ignorados das complexas relações humanas e a influência do inter-relacionamento pessoal sobre o estado de felicidade e\ou infelicidade de cada Espírito imortal.

Leonardo Marmo Moreira

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