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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Entendendo o Perispírito


                Allan Kardec sugeriu o nome perispírito para designar o liame semi-material que serve de interface entre o espírito, o princípio inteligente do universo, e o corpo material.

                O termo “perispírito” consiste em uma analogia com o chamado “perisperma” ou “polpa” de um determinado fruto. Assim como o fruto pode ser dividido, basicamente, em suas unidades formadores semente, perisperma ou polpa e casca, o indivíduo encarnado é formado por uma estrutura tríplice, isto é, espírito, perispírito e corpo físico, respectivamente.

                O perispírito é também conhecido como psicossoma; corpo espiritual; corpo astral; corpo luminoso; modelo organizador biológico (M.O.B.) etc.

                O perispírito, no entanto, pode ser subdividido, fundamentalmente, em duplo etérico, perispírito propriamente dito e corpo mental. O duplo etérico ou corpo vital é uma estrutura rica em fluido vital, com um grau de materialidade relativamente alto, estando mais associado ao corpo físico do que ao perispírito. O perispírito é o envoltório do espírito e antecede e sobrevive à morte do corpo físico. O corpo mental, também chamado de mentalssoma, é considerado “o corpo da consciência”, sendo bem mais rarefeito do que o perispírito propriamente considerado. Vale lembrar o capítulo “O sonho” de “Nosso Lar” de André Luiz, onde o autor deixou o seu perispírito propriamente considerado na cama do hospital do ministério do auxílio na colônia espiritual “Nosso Lar”, por ocasião do sono perispiritual. Então, André Luiz desdobra-se em corpo mental e visita com este seu mentalssoma sua mãe que habitava esferas superiores à “Nosso Lar” em um sonho extremamente lúcido.

                Dentro deste contexto, vale ressaltar a função do “cordão de prata”, também chamado “cordão prateado” ou “cordão fluídico”, que liga o perispírito ao corpo físico, permitindo a “Emancipação da alma”, como, por exemplo, no desdobramento parcial pelo sono físico, sem que tal desprendimento  perispiritual represente a desencarnação, isto é, o desprendimento total do perispírito pela morte física. De fato, mesmo quando não nos lembramos dos acontecimentos que ocorreram durante o respectivo desdobramento, sempre podemos ter vivenciado diferentes níveis de desdobramento parcial durante o sono físico.

                É interessante acrescentar que a aura consiste em um campo energético que envolve nosso corpo físico e\ou perispírito e que pode ter variações de forma, cor e extensão, as quais dependem do estado de saúde física, perispiritual e espiritual de cada indivíduo. Ectoplasma, por sua vez, consiste em um termo criado por Charles Richet, prêmio Nobel de Medicina em 1913 por seus estudos sobre anafilaxia e Pai da Metapsíquica (precursora da Parapsicologia). A palavra “Ectoplasma” é formada, em sua origem, por dois termos: do grego “ektós”, que significa “por fora”, e “plasma”: molde ou substância que sai de qualquer parte do organismo. Portanto, o ectoplasma seria o fluido vital exteriorizado para fins diversos, cuja qualidade depende do conteúdo moral do seu emissor. Realmente, o ectoplasma superior é utilizado em tarefas de cura espiritual, associadas, por exemplo, aos passes e também às materializações e outras mediunidades de efeitos físicos.

                O perispírito é chave para o entendimento do fenômeno mediúnico; das curas espirituais, também chamadas “curas perispirituais”; e também dos diferentes níveis de materialidade do mundo espiritual. 

Leonardo Marmo Moreira

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