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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Suicídios Diretos e Suicídios Indiretos


            André Luiz, na obra “Nosso Lar”, foi considerado um suicida indireto ou inconsciente. Os mentores caracterizaram tal situação como sendo o contexto que envolve aquele indivíduo que não cuidou da saúde e demonstrou desrespeito pelos cuidados mínimos necessários para manter e até aumentar a sobrevida de um corpo físico. Por exemplo, alimentação equilibrada; sono adequado; abstinência de hábitos nocivos à saúde como é caso do uso de drogas lícitas e/ou ilícitas; proteção em relação às condições climáticas mais drásticas; controle do estresse; equilíbrio emocional; equilíbrio afetivo-sexual; perdão das ofensas; eliminação ou minimização de sentimentos negativos como raiva, ressentimento, tristeza, entre outros; cuidado em relação a riscos, em alguns casos desnecessários, de acidentes físicos, como desastres de trânsito, violência física, entre outros; hábito de manter pensamentos positivos; culto do evangelho no lar e da prece etc. Ao contrário do suicídio direto, o suicídio indireto não exige a intenção contundente de se acabar com a vida de uma forma drástica e imediata, estando mais relacionado a uma atitude de descaso, de inconseqüência em relação às leis que regem a vida física, denotando diferentes graus de imaturidade espiritual.
Suicídios diretos e suicídios indiretos (pelos menos aqueles de maior nível de comprometimento espiritual) tendem a minimizar a tendência ao chamado “sono reparador” dos desencarnantes. Tal informação é respaldada por informações do autor espiritual Humberto de Campos, quando entrevista Marylin Monroe no capítulo intitulado “Entrevista em Hollywood”, e também em “Depoimento” (capítulo 2). Podemos citar igualmente os capítulos iniciais da obra “Estante de Vida” de Irmão X. Essa vigília acaba sendo extremamente tormentosa para o desencarnante suicida.
            Além disso, o excesso de fluido vital e de vinculação entre o Espírito, o perispírito e o cadáver faz com que o Espírito possa sofrer muito, inclusive podendo padecer com a decomposição dos seus despojos carnais. Outro aspecto a ser considerado é que o excesso de fluido vital faz com que a densidade do perispírito, isto é, o nível de materialidade do perispírito permaneça muito intenso, limitando a possibilidade de percepção dos seres espirituais mais elevados que podem estar próximos dos suicidas, trabalhando em prol do socorro espiritual possível de ser administrado a esses irmãos sofredores. Isto ocorre porque o perispírito do suicida desencarnante está muito denso, ou seja, muito materializado, enquanto que o perispírito do protetor apresenta propriedades muito mais sutis, mantendo esse corpo espiritual invisível aos suicidas.
            Neste contexto, é importante frisar o papel do chamado “cordão prateado”, que é uma espécie de liame que mantém conectado o perispírito propriamente dito ao corpo físico, sendo responsável pela possibilidade de desdobramento espiritual parcial do Espírito encarnado e seu retorno ao corpo físico, sem haver o desligamento completo que seria a morte propriamente dita (desdobramento total do espírito em relação ao corpo). Mesmo após a morte física (o óbito propriamente considerado, caracterizado pela ocorrência dupla da morte cardiorrespiratória e da morte troncoencefálica), muitas vezes o desligamento final do perispírito em relação ao corpo físico demora algum tempo para ocorrer, o que pode ser constatado através do relado de Irmão Jacob na obra “Voltei”. Esse tempo é bem variado, dependendo basicamente das condições espirituais do desencarnante. Portanto, o “cordão prateado” muitas vezes permanece intacto durante algum tempo mantendo o suicida ligado ao cadáver, seja no próprio caixão, que é uma situação muito dolorosa, seja com o Espírito sentando ou em pé sobre a lápide (como o próprio André Luiz narra em Obreiros da Vida Eterna), que não deixa de ser doloroso, porém em condições menos drásticas do que o primeiro caso.
            Por outro lado, mesmo após o cordão prateado ser desligado do corpo, temos que enfatizar que, se o nível de fluido vital do perispírito permanecer elevado, haverá uma liberação muito intensa de fluido vital (“ectoplasma”), denotando o alto grau de materialidade do corpo espiritual. Esse “ectoplasma” costuma ser abundante e muito materializado quando liberado por suicidas, denotando o alto grau de materialidade do corpo espiritual dos irmãos que mataram o próprio corpo. Tal situação frequentemente só pode ser remediada quando o período aproximado para o qual a programação reencarnatória previa a duração da vida física é atingido. Até esse ponto, a materialidade perispiritual dificilmente permitiria um resgate direto de mentores espirituais visando à internação desses espíritos sofredores em colônias de refazimento.
            Assim sendo, os suicidas tendem a apresentar grande liberação de fluido vital durante um representativo intervalo de tempo, o que os torna alvos preferenciais de falanges de Espíritos bastante atrasados, que tentam capturá-los para mantê-los presos em uma espécie de cativeiro, onde os recém-desencarnados podem ser vampirizados por esses Espíritos primitivos, que são extremamente apegados às sensações do corpo físico.

Leonardo Marmo Moreira

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