Nasceu no Rio de Janeiro em 24 de dezembro de
1900 e desencarnou na mesma cidade em 09 de março de 1984.
Aos 29 dias de nascida depois de um acesso de
tosse, sobreveio uma sufocação que a deixou quase morta (catalepsia ou morte
aparente). O fenômeno foi fruto dos muitos complexos que carregava no espírito,
já que na última existência terrestre, morrera afogada por suicídio. Permaneceu
nesse estado por 6 horas. O velório foi preparado. Sua mãe não acreditava que a
filha estivesse morta, e após fervorosa e sincera prece de sua mãe a Maria de
Nazaré, Ivone acordou aos prantos.
Sempre viveu em um lar pobre e modesto, conheceu
as dificuldades inerentes ao seu estado social, o que segundo a médium foi bom,
pois lhe afastou das vaidades mundanas.
Aos 4 anos já via e ouvia os espíritos. Charles,
espírito elevado, foi seu orientador durante toda sua vida e atividade
mediúnica.
Ivone foi uma criança infeliz pois mantinha
saudades daqueles que tinha sido seus familiares em existência passada e
considerava sua família dessa encarnação como pessoas estranhas.
O seu lar era espírita. Aos 8 anos teve o
primeiro contato com um livro espírita. Aos 12, o seu pai deu-lhe de presente
“O Evangelho Segundo o Espiritismo” e o “Livro dos Espíritos.
Aos 13 anos começou a freqüentar as sessões
práticas de Espiritismo, que muito a encantavam, pois via os espíritos.
Foi médium psicografa e receitista (homeopatia)
assistida por entidades de grande elevação como Bezerra de Menezes, Charles,
Roberto de Canalejas, Bittencout Sampaio. Praticou a mediunidade conhecida como
de incorporação e passista. Possuía mediunidade de efeitos físicos, chegando a
realizar sessões de materialização. Os trabalhos, no campo da mediunidade que
mais gostava de fazer eram os do desdobramento, incorporação e receituário.
Através do desdobramento noturno, Ivone Pereira navegava através do
mundo espiritual, amparada por seus orientadores, coletando as crônicas, contos
e romances com os quais hoje nos deleitamos. Como médium psicofônico,
pode entrar em contato com obsessores, obsidiados e suicidas, aos quais, devotava um
carinho especial, sendo que muitos deles tornaram-se espíritos amigos. No
receituário homeopático trabalhou em diversos centros espíritas das várias
cidades em que morou durante os 54 anos de atividade. Ela exercia a caridade a
qualquer hora e a qualquer dia em que fosse procurada pelos sofredores.
Foi uma esperantista convicta e trabalhou arduamente na sua
propaganda e difusão, através de correspondência que mantinha com outros
esperantistas, tanto no Brasil, como no exterior. Desde muito pequena cultivou
o estudo e a boa leitura. Aos 16 anos já tinha lido obras dos grandes autores
como Goethe, Bernardo Guimarães, José de Alencar, Alexandre Herculano, Arthur Conan Doyle e outros. Escreveu muitos artigos
publicados em jornais populares. Todos foram perdidos.
A obra mediúnica de YVONNE A. PEREIRA possui 20 livros.
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