Salomão
(Eclesiastes) afirma no Eclesiastes (Velho Testamento) que “Não há nada de novo
debaixo do sol”. Essa afirmativa, que é perfeita à luz da doutrina espírita,
deixa claro que a Lei de Deus é sempre a mesma e o que muda é a nossa
compreensão dessa Lei através da evolução espiritual da criatura, abrangendo
tanto os avanços morais como os avanços intelectuais. Obviamente, ela análise
ganha um significado muito mais profundo quando compreendemos que as
oportunidades reencarnatórias vão permitindo aos mesmos espíritos do passado
reaprender velhos conceitos e renovar propostas existenciais com novos
aprendizados.
Se,
portanto, sabemos que as Leis Universais sempre foram as mesmas, as palavras de
Jesus quando afirma que “O sábado foi criado para o homem e não o homem para o
sábado” ganham um significado ainda mais abrangente, pois muito antes de
existir um dia terráqueo chamado “sábado” (que é um dia da semana de uma
definição temporal que só serve para o planeta Terra, e não para as “Outras
Moradas da Casa do Pai”), já existiam o homem, Deus, e suas leis. Dito isso, as
chamadas datas comemorativas e mesmo os conhecidos “Dias Santos”, não tem a
mínima razão de ser porque todos os dias são santos porque sempre estamos
convidados pela Lei de Amor a realizar a nossa parte na Obra da Criação, que é
um dos principais objetivos da reencarnação como está registrado em L.E.132 e
133. Aliás, definir um dia ou um local como sagrado não deixa de ser uma arrogância
do homem, pois Deus construiu toda uma Obra de Amor que é inteira sagrada.
Essa
análise pode chocar alguns, mas é algo perfeitamente lógico. O próprio
“Sábado”, a que Jesus se refere foi trocado pela Igreja Católica para
homenagear o dia da ressurreição do Mestre que teria sido em um Domingo. Ora ,
mas os “Dez Mandamentos” não são taxativos quanto ao Sábado?! É uma boa
oportunidade para lembrar do Apóstolo Paulo que asseverava que “A letra mata e
o espírito vivifica”. Se eu quiser “guardar” a Quinta-feira, tudo bem. E se eu
quiser guardar 1 hora em cada dia da semana?! Enfim, o ideal seria que
mantivéssemos o “Vigiai e Orai” continuamente, mesmo durante as atividades mais
relacionadas à vida material, que é o verdadeiro sentido do famigerado “Guardar
o Sábado”.
Neste
contexto, o Espiritismo como grande libertador das consciências obnubiladas por
séculos e séculos de lavagem cerebral no campo religioso vem desmitificar e
desmistificar lendas, convencionalismos, tradicionalismos, condicionamentos, rituais,
magias e mistérios que não apresentem uma justificativa racional para
existirem. Assim sendo, “O Consolador Prometido por Jesus” nos propondo uma
visão racional e profunda dos verdadeiros significados da Vida e do Tempo nos
desperta a responsabilidade perante todas as oportunidades com que o Pai nos
favorece sempre.
Portanto,
se não podemos nos isentar dessa análise crítica quanto aos chamados “Dias
Santos”, o que diremos de feriados dedicados ao culto de vícios e orgias de
todos os teores que infelizmente são considerados por instituições ditas
religiosas, como datas “importantes” no calendário cristão?!
Indiscutivelmente,
o chamado “Carnaval” de longe é a maior aberração em matéria de datas
“religiosas”. Aliás, “Carnaval” significa “Festa da Carne”, o que é um
significado deveras contundente, uma vez que o próprio Jesus advertindo os
apóstolos no Getsêmani dissera: “O espírito está pronto mas a carne é fraca”.
Realmente,
essa festa se constitui em quatro dias das mais devassas festas seguida, supostamente,
por 40 dias de sofrimento, jejum, oração e choradeira para lembrar os 40 dias em que Jesus , também
supostamente, houvera passado no deserto sendo achincalhado pelo Diabo. Essa
interpretação literal dos textos bíblicos, em pleno século XXI, chega a ser
ridícula. Em primeiro lugar, Jesus não teria descambado na bagunça quatro dias,
para ficar choramingando 40 sob a companhia do Demônio. Primeiro porque Jesus
sendo “o espírito mais perfeito de Deus nos ofereceu para servir de modelo e
guia”, conforme questão 625 de L.E., não iria nem cair na bagunça quatro dias
nem entrar em depressão sendo obsidiado por mais quarenta dias. Segundo porque
o Demônio não existe, e mesmo que existisse não teria condições de se aproximar
de Jesus para “tentá-lo”, pois nós só somos influenciados através das
tendências que já trazemos em gérmen dentro de nós, ou seja, “a nossa própria
concupiscência” nas palavras do Apóstolo Paulo. O próprio Jesus disse “O Reino
dos Céus está dentro de vós” e vários autores espíritas costumam completar
“...e o inferno também!”, já que o inferno é um estado consciencial, como fica
evidente na questão 621 de L.E. que afirma que a Lei de Deus está escrita na
consciência de cada criatura. Assim
sendo, todas as criaturas são responsáveis pelos seus atos independentemente
das influências em que estava submetido (“A cada um segundo suas obras” e
“Reconhece-se a árvore pelos frutos” são aforismos atribuídos a Jesus).
Logo,
a conduta espírita deve contemplar uma perfeita harmonia entre equilíbrio, moral
e alegria. “A virtude está no meio termo” é um ensino comum tanto a Aristóteles
como a Sidharta Gautama (Buda).
Na excelente obra “Nas Fronteiras da Loucura” de Manoel Philomeno de Miranda, pela psicografia do admirável médium Divaldo Pereira Franco, Doutor Bezerra de Menezes atua buscando evitar e/ou minimizar verdadeiras catástrofes físicas e morais que ocorrem no carnaval. É um livro muito interessante sobre o trabalho dos mentores espirituais durante essa época complicada e arriscada para todos os seres, encarnados e desencarnados, do ponto de vista espiritual. Trata-se de uma leitura obrigatória para todos os espíritas que se preocupam com o comportamento das criaturas e a respectiva psicosfera negativa gerada, a qual atinge grande número de seres durante essa época do ano. Vale a sugestão de leitura e vale também um cuidado moral redobrado de nossa parte nos dias do carnaval.
Na excelente obra “Nas Fronteiras da Loucura” de Manoel Philomeno de Miranda, pela psicografia do admirável médium Divaldo Pereira Franco, Doutor Bezerra de Menezes atua buscando evitar e/ou minimizar verdadeiras catástrofes físicas e morais que ocorrem no carnaval. É um livro muito interessante sobre o trabalho dos mentores espirituais durante essa época complicada e arriscada para todos os seres, encarnados e desencarnados, do ponto de vista espiritual. Trata-se de uma leitura obrigatória para todos os espíritas que se preocupam com o comportamento das criaturas e a respectiva psicosfera negativa gerada, a qual atinge grande número de seres durante essa época do ano. Vale a sugestão de leitura e vale também um cuidado moral redobrado de nossa parte nos dias do carnaval.
Leonardo Marmo Moreira
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