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sexta-feira, 17 de junho de 2011

O Perispírito e a Amputação de Membros

Apesar dos Médicos e especialistas da área alegarem que as sensações de formigamento e prurido, entre outras, serem devidas a terminações nervosas periféricas e reflexos condicionados, de fato, em alguns casos, nós não podemos descartar a influência perispiritual em fenômenos de sensações associados a membros amputados. Seria algo parecido com o próprio fenômeno mediúnico, o qual tem no perispírito sua principal interface de intercâmbio entre as duas esferas. Realmente, um indivíduo que seja cego e que desencarne pode chegar ao mundo espiritual cego e, após algum tempo, o qual é bastante variável de Espírito para Espírito, deverá readquirir a capacidade de ver através de seus olhos perispirituais (olhos do corpo perispiritual). Também pode acontecer que o indivíduo cego possa passar a enxergar imediatamente após a morte física, ou mesmo durante o processo desencarnatório. A condição momentânea do orgão perispiritual, portanto, pode corresponder ou não à mesma condição do orgão do corpo físico. André Luiz afirma em "Evolução em Dois Mundos" que um homossexual pode, com o passar do tempo no mundo espiritual, adquirir a forma que mais se adeque à sua condição sexual mental e que, quanto mais evoluído o Espírito, menor tende a ser o tempo mínimo necessário para que tal processo aconteça. Sabendo que "a mente move a matéria", na expressão que é título de um interessante livro do Doutor Hernani Guimarães Andrade, devemos admitir que, dependendo de uma série de fatores físicos e espirituais, a condição perispiritual pode ser melhor, semelhante, igual, pior ou muito pior do que a condição do corpo físico.
Para contextualizar melhor a presente discussão, devemos lembrar-nos de determinadas propriedades do Perispírito. Em "Libertação", André Luiz conta um caso que o fez recordar da célebre obra de Oscar Wilde, "O Retrato de Dorian Gray", pois o Mentor Espiritual visita a casa de um médico e chega a comentar sobre a beleza física da senhora que era a Dona da Casa. Entretanto, para a surpresa do Autor Espiritual, quando o Perispírito da referida senhora se desdobrou parcialmente do corpo físico, aproveitando-se do sono do corpo material, ele ficou chocado com o fato da forma perispiritual ser uma caricatura do corpo físico, isto é, a senhora era muito feia perispiritualmente (possuía um corpo perispíritual muito deformado), apesar de muito bela no corpo físico. A obra elucida que a referida mulher foi sistematicamente deformando sua forma perispiritual através de constantes bombardeios mentais negativos, pois, de fato, era pessoa de hábitos morais muito baixos. Muitas pessoas afirmam não serem doadoras de orgãos por temerem que a doação do orgão material repercuta negativamente sobre o mesmo orgão perispirtual. Entretanto, não sendo caso de eutanásia, a doação consciente dos orgãos representa belo ato de amor que pode, inclusive, ajudar do ponto de vista dos méritos espirituais, na condição espiritual do desencarnante, sem, de maneira nenhuma, prejudicar sua forma perispiritual. Portanto, a retirada do órgão físico não implica necessariamente na remoção do órgão perispiritual. Um indivíduo que desencarna após violento acidente automobilístico não chegará necessariamente todo desfigurado ao mundo espiritual. Alguém que esteja muito bem espiritualmente e que morra após longa doença degenerativa pode, em alguns casos, logo após os momentos da morte, se apresentar com um aspecto saudável e rejuvenescido em sua forma espiritual. Por outro lado, alguém que abusou da saúde física de forma inconsequente pode chegar ao mundo espiritual em condições mais precárias do que aquelas que o caracterizavam enquanto indivíduo encarnado. A situação mais extrema deste segundo caso seria a condição perispiritual do suicida, que se matou conscientemente. Neste caso, o impacto sobre o perispírito é tão grande, que frequentemente o tempo necessário para a recuperação do corpo espiritual faz-se longo e doloroso.
Assim sendo, a amputação de um membro inferior do corpo físico, por exemplo, não significaria necessariamente que a perna perispiritual foi igualmente amputada. Desta forma, é possível que algumas sensações associadas à forma perispiritual ainda permaneçam durante algum tempo em determinado pacientes. Após certo intervalo de tempo, essas sensações tendem a diminuir significativamente ou, até mesmo, desaparecer, pois o indivíduo encarnado pode se condicionar para não sentir tais impressões. O paciente induziria, inclusive, através de sua atitude mental consciente de não ter a perna física, eliminar a perna perispiritual enquanto estiver encarnado no corpo físico, pois o poder de construção/desconstrução do pensamento é muito elevado. De fato, esta capacidade de formação plástica do Espírito/Perispírito (vide o Capítulo “Laboratório do Mundo Invisível” de “O Livro dos Médiuns”) faz com que muitas vezes o indivíduo plasme uma "roupa perispiritual" com a qual se identifique mais, mesmo que não seja exatamente a roupa que esteja trajando em determinado momento, conforme esclarece André Luiz em "Nos Domínios da Mediunidade". No que se refere a um indivíduo cujo corpo físico foi amputado, nós podemos considerar que, se ele for um indivíduo elevado espiritualmente, rapidamente recuperará a perna no mundo espiritual após uma eventual desencarnação, mesmo que, através da atitude de auto-reconhecimento (auto-identificação) constante do dia-a-dia, ele forme mentalmente um perispírito sem a perna perispiritual.

Leonardo Marmo Moreira (CECAPAZ)

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