No livro O Céu e o Inferno, uma das obras básicas da Doutrina Espírita, há o relato de um Espírito que desencarnou através do suicídio que nos conta um siginificativo aprendizado... Enquanto encarnado, em um corpo físico masculino, foi casado e teve um único filho. Em determinado momento o país em que viveu entrou em estado de guerra. Foi quando começaram a convocar os jovens para o serviço militar. Foi então que buscou um jeito de fazer com que seu filho não fosse convocado para as forças armadas. Por estar ciente de que em seu país havia uma lei que determinava que os filhos homens mais velhos, na ausência da figura do pai, não deveria ser convocado para o serviço militar, cometeu o suicído com a intenção de "livrar" seu filho da guerra. Pensava então, que já havia vivido muitos anos e que seu filho ainda era jovem e teria a vida inteira pela frente. Somente então, após o ato hediondo do suicídio, que percebeu a falta cometida. Os Espíritos de Luz o instruíram que um erro é sempre um erro, e que os fins não justificam os meios quando estes meios para conseguir o que desejamos ficam à margem da prática do Bem. Reforçam ainda esta idéia os argumentos de que o serviço militar para o filho poderia ter sido de grande valia no sentido de propiciar grandes aprendizados morais para o Espírito, como por exemplo a disciplia; que não é com a prática do mal que se alcança o Bem. Muitas vezes os desígnos de Deus nos parecem misteriosos, quando na verdade nós é que ainda não possuimos integralmente os "olhos de ver e os ouvidos de ouvir" as questões da espiritualidade, ficando assim ainda retidos nas questões da matéria pelas nossas viciações morais. Contudo, fiquemos com os ensinamentos que este irmão nos transmitiu, para nos auxiliar a não cometermos faltas: os fins não justificam os meios, pois um erro é sempre um erro.
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