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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Jesus teria sido um Agênere?! - Uma análise da Morte e do Sepultamento do corpo de Jesus


                Se Jesus foi um Agênere (um ser não gerado, sem corpo de carne, ou seja, portador apenas de um corpo fluídico; algo como um perispírito constantemente materializado), hipótese levantada por alguns confrades e simpatizantes do Espiritismo, por que Ele não se desmaterializou logo após sua morte?!

                Ele teria ficado em uma atitude de fingimento (fingindo-se de morto) durante um tempo enorme após sua morte na cruz?! Posteriormente, teria continuado na mesma “interpretação” após a retirada do corpo da cruz?!

Note que esse intervalo de tempo não foi pequeno, pois José de Arimatéia, após a confirmação da morte de Jesus, teria se dirigido à sede do Governo de Pilatos, pedindo autorização ao próprio Pilatos para se tornar o responsável pelo corpo de Jesus. O diálogo com Pilatos aparentemente não teria sido muito rápido. De qualquer maneira, após o consentimento do representante romano na Palestina, ele teria retornado ao Gólgota, participando do procedimento de retirada do corpo de Jesus da cruz. Subsequentemente, os discípulos transportam o corpo de Jesus para um determinado local, relativamente distante dali. Em seguida, como era de praxe na época, preparam minimamente o corpo de Jesus com essências apropriadas para o tratamento do cadáver e o deixam neste local previamente adquirido (um buraco em uma rocha anteriormente selecionada e adquirida pelos discípulos de Jesus). Só, então, após o fechamento do buraco com uma grande pedra, Jesus teria podido se desmaterializar para manter seu grande “segredo” intacto.

Admitindo-se, a priori, essa hipótese moralmente questionável de Jesus ser portador de um corpo fluídico, o Mestre teria realmente agido de forma deliberada visando fingir que o seu corpo era de carne como o de qualquer pessoa. Jesus teria realmente evitado que as pessoas se dessem conta da sua verdadeira realidade física na Terra através de uma atitude no mínimo curiosa. De fato, Ele teria chegado ao cúmulo de se fingir de morto por várias horas, sem poder abrir os olhos, sendo retirado de um local, transportado para outro lugar, buscando como um grande ator, dar ao corpo físico as propriedades mecânicas que são observadas nos cadáveres comuns.

Tal proposta não se coaduna com a elevação do Mestre. Realmente, a hipótese do Docetismo ou Neo-Docetismo merece, no mínimo, uma cuidadosa precaução. Devemos nos lembrar de Erasto (“É preferível rejeitar 10 verdades do que aceitar uma única mentira”) e questionar criticamente aqueles que assim pensam, quando, obviamente, consideram-se espíritas. Se o indivíduo defende tal proposta e se diz apenas espiritualista, ele está minimamente coerente com sua própria auto-definição, não merecendo quaisquer análises maiores de nós espíritas. Se se afirma espírita, o problema é maior em função da atitude de incoerência doutrinária e da eventual divulgação de idéias esdrúxulas que perturbam a evolução doutrinária do movimento espírita. Realmente, na melhor das hipóteses, o Docetismo continua sendo uma mera especulação, uma elucubração filosófico-religiosa, sem nenhuma fundamentação em fatos e sem nenhuma contribuição efetiva do ponto de vista doutrinário. E se não há evidência factual (Voltaire já dizia: “Nada mais brutal do que o fato!”), tal idéia não pode ser sequer admitida como hipótese científica, e, se não é ciência, “não pode ser considerada parte integrante da Doutrina Espírita”, como asseverou Allan Kardec ao dissertar sobre tal questão em “A Gênese”.

A Codificação Kardequiana não se constitui em uma espécie de Reforma, como é o caso da Reforma Protestante, porque o Espiritismo nasceu como Ciência através da análise do fato, que, no caso em questão, é o fenômeno mediúnico das mesas girantes e falantes. Várias obras ditas espíritas, mediúnicas ou não, não respeitam esse tipo de cuidado, apresentando idéias meramente hipotéticas sem nenhum tipo de constatação possível. Seria o caso de se perguntar, se Jesus disse que “somos Deuses” e se igualmente afirmou que “tudo aquilo que Ele fizera, nós também poderíamos fazer e muito mais”, por que nunca mais alguém veio ao mundo e ficou aqui como agênere durante um bom intervalo de tempo (de no mínimo três anos, por exemplo)?! Essa e outras perguntas surgem ao se admitir as hipóteses docetistas e neo-docetistas e, depois de tanto tempo, ainda permanecem sem respostas minimamente racionais.

Leonardo Marmo Moreira

31/10 - Frase do dia

A vida é a harmonia dos movimentos, resultante das trocas incessantes no seio da natureza visível e invisível. Sua manutenção depende da atividade de todos os mundos e de todos os seres.

Da obra A caminho da Luz
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

terça-feira, 30 de outubro de 2012

30/10 - Frase do dia

O determinismo do amor e do bem é a lei de todo o Universo e a alma humana emerge de todas as catástrofes em busca de uma vida melhor.

Da obra A Caminho da Luz
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

29/10 - Frase do dia

Quem foge à oportunidade de ser útil engana a si mesmo.

Da obra Conduta Espírita
Pelo espírito André Luiz. Francisco C. Xavier

Biografia – Leopoldo Machado Barbosa


Nasceu no Arraial de Cepa Forte, hoje Jandaíra - BA, a 30 de setembro de 1891.

Leopoldo Machado, como era conhecido, iniciou-se na Doutrina Espírita no ano de 1915, tornando-se arauto da fé e do trabalho.

Após seu casamento com Dona Marília Ferraz de Almeida radicou-se na cidade de Nova Iguaçu - RJ, onde iniciou grandes tarefas.

Ele e a esposa tomaram a iniciativa de construir o Albergue Noturno Allan Kardec e o Lar de Jesus para meninas órfãs.

Educador pedagógico, inaugurou o Colégio Leopoldo, tradicional estabelecimento de ensino, considerado uma das melhores organizações educacionais da baixada fluminense.

Jornalista, professor, escritor, poeta, compositor, pregador e polemista, difundiu a Doutrina Espírita por todos os meios e formas, merecendo o respeito dos adversários da Doutrina e a admiração dos confrades.

Leopoldo Machado incentivou as novas gerações a pegar no arado com a criação das Mocidades Espíritas e das Escolas Espíritas de Evangelização para Infância.

Impulsionou as Semanas Espíritas, as Tardes Fraternas, os Simpósios, as Mesas Redondas e os Congressos Espíritas.

Realizou o "milagre" de estar presente em quase todos os movimentos espíritas confraternativos, percorrendo todo o Brasil, exaltando o Evangelho de Jesus e a Doutrina dos Espíritos, como sendo a volta do Cristianismo Redivivo, no seu sentido mais puro, como era pregado na Casa do Caminho.

Dentre vários eventos, destaca-se o 1 Congresso de Mocidades Espíritas do Brasil, de 17 a 23 de julho de 1948. Nesse mesmo ano Leopoldo Machado tomava parte ativa no Congresso Brasileiro de Unificação, realizado de 31 de outubro a 05 de novembro.

Em 1949 era convocado ao 11 Congresso Pan-americano realizado no Rio de Janeiro e também o Pacto Áureo.

Após, esteve presente, juntamente com Lins de Vasconcelos, Carlos Jordão da Silva, Francisco Spinelli, Ary Casadio e Luiz Burgos na "Caravana da Fraternidade", que teve como coroamento o Pacto Áureo, incentivo unificador na formação do Conselho Federativo Nacional, sob os auspícios da Federação Espírita Brasileira.

Realizou também a Primeira Festa Nacional do Livro Espírita, em homenagem ao "18 de abril".

Escritor de vários livros espíritas, como Pigmeus Contra Gigantes, Caravana da Fraternidade, Ide e Pregai e muitos outros, além de crônicas, peças teatrais, biografias, roteiros, teses, além de compor inúmeras melodias para a mocidade a infância.

Leopoldo Machado acreditou na força dos moços, como mola propulsora para renovação de valores ao movimento espírita; acreditou nos Congressos, nas Semanas Espíritas e nas Confraternizações. Lutou pela renovação de valores e de conceitos, sem fugir aos ditames da Codificação Kardequiana.
Desencarnou na cidade de Nova Iguaçu - RJ, aos 22 de agosto de 1957.

domingo, 28 de outubro de 2012

28/10 - Frase do dia

Os resultados da oração, quanto os resultados do amor, são ilimitados.

Da obra Conduta Espírita
Pelo espírito André Luiz. Francisco C. Xavier

sábado, 27 de outubro de 2012

27/10 - Frase do dia

Mocidade espiritista, ergamos nossa voz. O mundo clama por Cristo e o Cristo clama por nós.

Da obra Correio Fraterno
Pelo espírito Casimiro Cunha. Francisco C. Xavier

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

26/10 - Frase do dia

Rezam as tradições do mundo espiritual que na direção de todos os fenômenos, do nosso sistema, existe uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias.

Da obra A Caminho da Luz
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

25/10 - Frase do dia

O coração operoso e confiante nunca perde o otimismo, colocando-se, antes de tudo, à frente do Infinito e da Eternidade.

Da obra Fonte Viva
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Os Números Gigantescos da Vida e da Obra de Chico Xavier: Provas da imortalidade da alma e da mediunidade


            Chico Xavier foi médium polivalente, ou seja, suas faculdades mediúnicas eram multifacetadas. Dentre elas destaca-se, obviamente, a psicografia, cuja obra engloba diferentes assuntos e abordagens dentro das linhas mestras do Espiritismo e do Evangelho. De fato, mensagens evangélicas, romances, poesias, crônicas, contos, reportagens espirituais e não-espirituais, avaliações históricas, literatura infanto-juvenil, cartas (correio espiritual), entre outras formas, constituem tipos de textos contemplados com copiosa amostragem de exemplos pela obra do médium Francisco de Paula Cândido Xavier.

O número de títulos publicados já atinge mais de 460. De fato, 412 obras do médium de Pedro Leopoldo-MG foram publicadas enquanto o médium estava encarnado, mas as publicações de trabalhos inéditos do médium mineiro após sua desencarnação, há aproximadamente uma década, já somam aproximadamente 50 obras, totalizando mais de 460 livros publicados. Esta obra colossal já vendeu aproximadamente 45 milhões de exemplares, tornando Chico Xavier o escritor mais lido da América Latina. De fato, Chico Xavier é o autor brasileiro de maior sucesso, segundo a revista “Isto é” (Fevereiro de 2010/Edição 2103). Segundo a revista “Isto é” ele já vendeu quase o dobro dos livros de Paulo Coelho, nossa referência de best-seller literário. Em fevereiro de 2010, portanto, há mais de 2 anos, seus 458 livros (à época) somavam aproximadamente 45 milhões de cópias vendidas, segundo Cesar Perri, diretor da Federação Espírita Brasileira (FEB). “Somente ‘Nosso Lar’ tem 2,5 milhões de edições comercializadas em 15 idiomas”, afirmou, à época o referido diretor da FEB.

Chico Xavier psicografou sete (7) dos dez (10) melhores livros espíritas do século XX, pelo menos segundo pesquisa realizada por órgãos da imprensa espírita (Organizações Candeia), os quais consultaram renomados nomes do movimento espírita nacional para chegarem a esta classificação. O primeiro lugar coube ao livro “Nosso Lar”, ditado pelo Espírito André Luiz (Primeiro Lugar: “Nosso Lar”, André Luiz/Chico Xavier; Segundo Lugar: “Paulo e Estevão”, Emmanuel/Chico Xavier; Terceiro Lugar: “Parnaso de Além Túmulo”, Espíritos Diversos/Chico Xavier; Quarto Lugar: “O Problema do Ser, do Destino e da Dor”, Léon Denis; Quinto Lugar: “Memórias de Um Suicida”, Camilo Castelo Branco/Yvonne A. Pereira; Sexto Lugar: “A Caminho da Luz”, Emmanuel/Chico Xavier; Sétimo Lugar: “O Espírito e o Tempo”, José Herculano Pires; Oitavo Lugar: Há Dois Mil Anos, Emmanuel/Chico Xavier; Nono Lugar: “Evolução em Dois Mundos”, André Luiz/Chico Xavier-Waldo Vieira; Décimo Lugar: “Missionários da Luz”, André Luiz/Chico Xavier).

Apesar da elevação intelectual de sua obra, só estudou, em termos de educação formal, o chamado “primário”, pois teve que trabalhar para ajudar no sustento da família. Tal fato torna o conteúdo moral, a elevação estilística na linguagem e o volume total de sua psicografia ainda mais impressionantes.

“Parnaso de Além Túmulo” (livro de poesias publicado em 1932), sua primeira obra psicografada, constitui até hoje complexo enigma para estudiosos da literatura de orientação materialista, pois Chico trouxe de volta à Crosta, grande parte dos grandes nomes da literatura em língua portuguesa, do Brasil e de Portugal (56 poetas desencarnados), através de poesias totalmente inéditas. As poesias demonstravam inequivocamente o estilo peculiar de cada poeta, o que foi ratificado pela análise de diversos escritores renomados da época, tais como Menotti del Pichia e Humberto de Campos.

Conforme registro no site da União Espírita Mineira (U.E.M.), o qual foi obtido com o confrade Zenon Vilela, Chico Xavier psicografou algumas obras em tempo recorde, a saber:

Em 1952, Chico psicografou 2 livros, em 2 dias: “Roteiro” de Emmanuel (172 páginas) e “Pai Nosso” de Meimei (104 páginas).

Em 1963, Chico psicografou 2 livros, em 2 dias (Nestes casos, metades das obras, uma vez que são obras psicografadas por Chico Xavier e Waldo Vieira): Opinião Espírita (obra que contempla 204 páginas no total); e “Sexo e Destino (obra que contempla 360 páginas no total).

Em 31 de Março de 1969, data comemorativa do centenário da desencarnação de Allan Kardec, Chico psicografou 2 LIVROS NO MESMO DIA: “Passos da Vida” (156 páginas) e “Estante da Vida (184 páginas).

            Seu primeiro romance mediúnico “Há 2000 anos” foi psicografado no curto espaço de tempo que vai de 24/10/38 a 09/02/39 (aproximadamente 3 meses e meio), nos intervalos de suas atividades profissionais. Tal psicografia chama a atenção, pois a chamada “cronologia romana” foi reconhecida como autêntica por especialistas do assunto.

Fomentou direta e indiretamente um número colossal de outras obras de conteúdo evangélico-doutrinário de outros autores espíritas e não espíritas, os quais se apoiaram em orientações, experiências mediúnicas, experiências vivenciais, dissertações evangélico-doutrinárias e trabalhos específicos dentro do movimento espírita narrados e vividos por Chico Xavier. Somente de livros biográficos publicados inspirados na vida de Chico Xavier temos um número superior a cem (100) obras.

Participou da direção e orientação doutrinária de um grande número de casas espíritas em Pedro Leopoldo e em Uberaba, com destaque para o “Centro Espírita Luis Gonzaga (Pedro Leopoldo-MG)”; a “Comunhão Espírita Cristã (Uberaba-MG)”; e o “Grupo Espírita da Prece(Pedro Leopoldo)”.

Foi médium psicofônico em um número incontável de reuniões de desobsessão, nas quais foi instrumento da doutrinação evangélico-doutrinária de um grande número de Espíritos sofredores.

Foi médium de materialização e participante de reuniões de materialização, nas quais fenômenos extraordinários foram verificados por diversos indivíduos idôneos espíritas e não-espíritas.

Foi médium de um número incontável de mensagens de espíritos que, ao morrerem, deixaram suas famílias desesperadas, tornando-se um veículo de confirmação de imortalidade, conforto e esperança para milhares de famílias. De fato, o chamado “Correio de luz”, tarefa de difícil execução por constituir uma espécie de reunião mediúnica de certa forma pública causava um grande desgaste físico ao médium, sem prejuízo qualquer à psicografia dos livros propriamente ditos, os quais eram feitos em horários alternativos.

O chamado “Correio de Luz” era desenvolvido com Chico Xavier rodeado por 400 a 500 pessoas em média, o que deu inúmeras evidências de autenticidade das comunicações mediúnicas, incluindo até mesmo estudos grafoscópicos das assinaturas dos “mortos”.

Jamais recebeu qualquer recurso financeiro oriundo dos 412 livros psicografados em vida, tornando-se um incomparável exemplo da prática da mediunidade gratuita, ou seja, da mediunidade verdadeiramente espírita. Todos os direitos autorais foram doados para obras de caridades, as quais contribuíram e continuam contribuindo para a manutenção de obras de amor aos mais necessitados.

A excelência mediúnica jamais foi obstáculo ao cumprimento fiel de suas atividades de trabalho material, no qual consta que foi um extraordinário cumpridor de seus deveres. De fato, segundo vários biógrafos, Chico jamais teria faltado a nem mesmo um único dia de trabalho.

Em estudo desenvolvido por especialistas da área médica e das ciências naturais, foi constatado que Chico Xavier apresentava uma eletroencefalograma correspondente ao perfil apresentado na Epilepsia, sendo que jamais, em seus 92 anos de vida, o médium tenha apresentado qualquer sintoma desta enfermidade. Este fato, que ainda é referências para estudos vigentes sobre o fenômeno mediúnico, denota que, de forma nenhuma o médium estava “fingindo” o fenômeno, ou seja, que o chamado “estado alterado de consciência” era legítimo. De fato, seria impossível a elaboração de qualquer obra intelectual, ainda mais da grandiosidade da obra de Chico Xavier, passando por um surto epiléptico.

Apoiou e orientou um enorme número de médiuns, oradores, escritores e dirigentes espíritas em suas respectivas atividades doutrinárias seja através do diálogo fraterno seja por meio de cartas, sendo uma referência e um orientador indireto de um grande número de casas espíritas brasileiras.

Despertou e inspirou diversas pessoas a estudarem, aderirem e trabalharem no Espiritismo, devido a excelência de sua obra, do ponto de vista intelecto-moral, associada igualmente a excelência da sua vida intelecto-moralmente.

Superou preconceitos sectários de religiosos, cientistas e materialistas, inspirando o respeito de religiosos de outras denominações em relação a ele próprio, à mediunidade e à Doutrina Espírita, contribuindo decisivamente para a diminuição do preconceito contra o Espiritismo em nossa sociedade.

Foi ofendido, caluniado, processado e agredido fisicamente incontáveis vezes sem jamais manifestar qualquer iniciativa de reação violenta contra tais atitudes, denotando uma paciência e uma disciplina moral, frente a todo o tipo de pressão, que são raríssimas em toda a história da humanidade, mesmo para indivíduos que são referências de verdadeira santidade comportamental.

Contribuiu com a caridade material, auxiliando grande número de indivíduos necessitados em Pedro Leopoldo e Uberaba, seja através do trabalho de assistência e promoção social espírita das entidades em que estava vinculado, seja através de seu esforço pessoal (Vale lembrar que, em registro de Jorge Rizzini, o qual, inclusive, foi ao ar em uma edição do “Globo Repórter”, filas de mais de 4 quilômetros eram formadas no natal em Uberaba, onde um número incontável de necessitados eram assistidos).

Manteve altíssimo nível profissional em suas atividades associadas ao “pão material” sem nenhum prejuízo para suas atividades mediúnico-evangélico-doutrinárias assim como a excelência mediúnica jamais foi obstáculo ao cumprimento fiel de suas atividades de trabalho material.

Foi referência de educação e cidadania para espíritas e não-espíritas em Pedro Leopoldo-MG e Uberaba-MG, cidades em que ele viveu, respectivamente, 48 e 44 anos, aproximadamente.

Chico Xavier foi arrimo de família, tendo ao todo 14 irmãos. Oito (8) irmãos do casamento de seu pai, Seu João Xavier, com sua mãe, Dona Maria João de Deus, sendo que dos nove filhos, Maria Cândida, Luiza, Carmosina, José, Maria de Lourdes, Chico Xavier, Raimundo, Maria da Conceição e Geralda, seis, inclusive o Chico, foram entregues a padrinhos e amigos (vale ressaltar que Chico sofreu muito nessa fase de sua vida, pois foi entregue à sua madrinha Rita de Cássia, que era uma mulher desequilibrada, que costumava aplicar em torno de três (3) surras diárias em Chico, além de submetê-lo a situações humilhantes. Essa fase durou aproximadamente dois (2) anos). E mais seis (6) irmãos do segundo casamento de seu pai, que, após a morte de Dona Maria João de Deus, consorcia-se com Dona Cidália Batista. Os seis novos irmãos seriam André Luiz, Lucília, Neusa, Cidália, Doralice e João Cândido, os quais proporcionaram a Chico Xavier um número enorme de sobrinhos. Chico auxiliou a todos material e espiritualmente, sendo fundamental para a manutenção material da família, incluindo a criação dos sobrinhos, principalmente após a morte prematura de seu irmão mais velho, José Xavier, e, posteriormente, da enfermidade reumática de seu pai, Seu João Xavier.

Nasceu em família pobre (2/4/2010), sofrendo com muitas dificuldades para manter todo o trabalho de caridade material que foi uma constante em sua vida de 92 anos de esforços (desencarnou em 30/6/2002).

Dormia em média apenas 4 horas por dia para conseguir concluir todo o trabalho material e todo o trabalho espírita/espiritual que constituíam as aproximadamente 20 horas restantes dos sete dias da semana, sem interrupções.

Sofreu com diversos problemas de saúde durante toda a sua vida física, tais como tuberculose, catarata, infarto do miocárdio, angina pectoris, hiperplasia prostática, um olho praticamente cego etc. sem jamais alegar indisposição física ou impedimento material para o cumprimento de sua tarefa.

Adotou, criou e educou seu filho Eurípedes Higino dos Reis, odontólogo de Uberaba-MG.

Foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz no início da década de oitenta (80) em uma campanha que mobilizou grandes nomes da cultura do país. Foi eleito “O Mineiro do Século”, por promoção da Telemar e da Rede Globo Minas. Por meio de eleição organizada pelos auditores independentes da Receita Federal foi considerado uma das oito (8) mais importantes figuras mundiais ao lado de Madre Tereza de Calcutá, Mandela, Sabin, Carlitos, Santos Dumont, Gandhi e Che Guevara. Foi eleito “O Maior Brasileiro da História” em promoção organizada pela Revista Época em 2006.

Leonardo Marmo Moreira 

24/10 - Frase do dia

Não julgue o próximo pelo guarda-roupa ou pela máscara. A verdade, como o Reino de Deus, nunca surge com aparências exteriores.

Da obra Agenda Cristã
Pelo espírito André Luiz. Francisco C. Xavier

terça-feira, 23 de outubro de 2012

23/10 - Frase do dia

Segue para adiante, entendendo e servindo, na certeza de que o sol levanta novo dia, depois de cada noite, aprendendo com o cristo que a vitória do amor depende da nossa disposição de começar e recomeçar.

Da obra Abençoa Sempre
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Biografia – Ivone do Amaral Pereira


Nasceu no Rio de Janeiro em 24 de dezembro de 1900 e desencarnou na mesma cidade em 09 de março de 1984.

Aos 29 dias de nascida depois de um acesso de tosse, sobreveio uma sufocação que a deixou quase morta (catalepsia ou morte aparente). O fenômeno foi fruto dos muitos complexos que carregava no espírito, já que na última existência terrestre, morrera afogada por suicídio. Permaneceu nesse estado por 6 horas. O velório foi preparado. Sua mãe não acreditava que a filha estivesse morta, e após fervorosa e sincera prece de sua mãe a Maria de Nazaré, Ivone acordou aos prantos.

Sempre viveu em um lar pobre e modesto, conheceu as dificuldades inerentes ao seu estado social, o que segundo a médium foi bom, pois lhe afastou das vaidades mundanas.

Aos 4 anos já via e ouvia os espíritos. Charles, espírito elevado, foi seu orientador durante toda sua vida e atividade mediúnica.

Ivone foi uma criança infeliz pois mantinha saudades daqueles que tinha sido seus familiares em existência passada e considerava sua família dessa encarnação como pessoas estranhas.

O seu lar era espírita. Aos 8 anos teve o primeiro contato com um livro espírita. Aos 12, o seu pai deu-lhe de presente “O Evangelho Segundo o Espiritismo” e o “Livro dos Espíritos.
Aos 13 anos começou a freqüentar as sessões práticas de Espiritismo, que muito a encantavam, pois via os espíritos.

Foi médium psicografa e receitista (homeopatia) assistida por entidades de grande elevação como Bezerra de Menezes, Charles, Roberto de Canalejas, Bittencout Sampaio. Praticou a mediunidade conhecida como de incorporação e passista. Possuía mediunidade de efeitos físicos, chegando a realizar sessões de materialização. Os trabalhos, no campo da mediunidade que mais gostava de fazer eram os do desdobramento, incorporação e receituário. Através do desdobramento noturno, Ivone Pereira navegava através do mundo espiritual, amparada por seus orientadores, coletando as crônicas, contos e romances com os quais hoje nos deleitamos. Como médium psicofônico, pode entrar em contato com obsessores, obsidiados e suicidas, aos quais, devotava um carinho especial, sendo que muitos deles tornaram-se espíritos amigos. No receituário homeopático trabalhou em diversos centros espíritas das várias cidades em que morou durante os 54 anos de atividade. Ela exercia a caridade a qualquer hora e a qualquer dia em que fosse procurada pelos sofredores.

Foi uma esperantista convicta e trabalhou arduamente na sua propaganda e difusão, através de correspondência que mantinha com outros esperantistas, tanto no Brasil, como no exterior. Desde muito pequena cultivou o estudo e a boa leitura. Aos 16 anos já tinha lido obras dos grandes autores como Goethe, Bernardo Guimarães, José de Alencar, Alexandre Herculano, Arthur Conan Doyle e outros. Escreveu muitos artigos publicados em jornais populares. Todos foram perdidos.

A obra mediúnica de YVONNE A. PEREIRA possui 20 livros.

domingo, 21 de outubro de 2012

21/10 - Frase do dia

Em verdade, meus amigos, todos nós podemos endereçar a Deus, em qualquer parte e em qualquer tempo, as mais variadas preces; no entanto, nós todos precisamos cultivar paciência e humildade, para esperar e compreender as respostas de Deus.

Da obra Cartas e Crônicas
Pelo espírito Irmão X. Francisco C. Xavier

Um estranho Convite

Mais uma vez teremos a oportunidade de assistir a uma palestra de nosso irmão Jamiro do Santos em São João del-Rei.

Será dia 22/10/12 - Segunda-feira
às 19:30
No Centro Espírita Caminho da Paz


sábado, 20 de outubro de 2012

20/10 - Frase do dia

Quem vive colecionando lamentações caminhará sob a chuva de lágrimas.

Da obra Agenda Cristã
Pelo espírito André Luiz. Francisco C. Xavier

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

19/10 - Frase do dia

Não nos detenhamos nas belas palavras. Façamos da vida o livro áureo do trabalho cristão.

Da obra Correio Fraterno
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

Um estranho Convite

Mais uma vez teremos a oportunidade de assistir a uma palestra de nosso irmão Jamiro do Santos em São João del-Rei.

Será dia 22/10/12 - Segunda-feira
às 19:30
No Centro Espírita Caminho da Paz


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

18/10 - Frase do dia

Quem reprova alguém conosco, decerto que nos reprova perante alguém.

Da obra Conduta espírita
Pelo espírito André Luiz. Francisco C. Xavier

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Homossexualidade nos Animais e Evolução Anímica


 Um confrade amigo pede para que eu forneça a minha opinião, à luz da doutrina espírita, a respeito da homossexualidade nos animais, uma vez que tal comportamento já foi identificado em determinadas espécies de mamíferos.     

Antes de quaisquer considerações, faz-se necessário admitir três pré-requisitos conceituais para construirmos a nossa resposta. O primeiro deles é que o Espírito, princípio inteligente do Universo, em princípio não tem sexo, ou seja, a realidade espiritual de homens e/ou machos e mulheres e/ou fêmeas na essência é a mesma. O pensamento e o comportamento tipicamente associados a determinado gênero advém de experiências reencarnatórias, nas quais pode haver pequena ou mais significativa variação das morfologias sexuais de cada corpo. Assim, alguém que apresente um pensamento e uma atitude tipicamente masculina provavelmente deve esse perfil psíquico a uma sequência de experiências em corpos masculinos que foram gerando condicionamento masculino (“educação é a arte de adquirir hábitos”). Para a mulher, o raciocínio seria análogo. Por outro lado, alguém que não apresente um quadro, em termos de personalidade, muito polarizado do ponto de vista do comportamento sexual pode ter vivenciado uma maior alternância sexual em seus corpos durante uma sucessão de reencarnações, além, obviamente, de uma série de fatores psico-sociais que afetam a sexualidade da criatura.

O segundo pré-requisito que devemos considerar é que os espíritos humanos e os espíritos dos animais são, na essência, o mesmo princípio evolutivo, ou seja, o mesmo “princípio inteligente do universo”, que é a definição de espírito. A diferença fundamental entre eles é que os seres humanos encontram-se muito à frente dos animais espiritualmente, isto é, intelecto-moralmente. Isso ocorre em função de uma criação por Deus prévia e/ou um avanço espiritual mais acelerado. Considerando que a distância evolutiva é muito grande, pode-se supor que na grande maioria dos casos em questão, o fator que prevalece na diferença evolutiva é o momento da criação desses princípios inteligentes por Deus. Deus não pára de criar jamais. Disse Jesus: “Meu trabalha e eu trabalho também”.

O terceiro pré-requisito é a compreensão do fato de que a evolução anímica é algo extremamente complexo Segundo André Luiz, em “Evolução em Dois Mundos”, o chamado “Elo Perdido”, entre as diferentes espécies somente será decifrado pelos naturalistas quando os mesmos considerarem o perispírito e a vida no mundo espiritual. Além disso, o número de reencarnações em variadas espécies animais que o princípio inteligente necessita vivenciar para atingir a condição de Espírito humano é incontável (elevadíssimo mesmo!). Assim sendo, o fato de determinadas espécies animais apresentarem manifestações homossexuais não deve ser tido como algo chocante, pois, em uma sequência reencarnatória, sobretudo na fase pré-hominal, também poderia ocorrer uma alternância sexual por parte de cada individualidade espiritual. Em adição, vale registrar que do ponto de vista do comportamento animal, há uma série de fatores que podem afetar o comportamento sexual dos espécimes de cada grupo. Liderança do grupo assim como mecanismos de relação associados ou não ao poder dentro do grupo variam de espécie para espécie, implicando que vários fatores podem influenciar o comportamento sexual dos animais. Portanto, como o espírito não tem sexo e o sexo é, antes de tudo, uma atitude mental adquirida por condicionamentos em função dos hábitos, determinados grupos podem ter tais hábitos como naturais, sem nenhuma violação em um sentido mais profundo do instinto próprio de cada espécie.

Precisamos considerar ainda que, quanto mais evoluído for o animal, maior independência ele começa a ter em relação ao instinto, o que é natural no caminho que leva à conquista plena do livre-arbítrio e à condição hominal. Animais mais evoluídos, portanto, como é o caso dos mamíferos, poderiam apresentar comportamentos mais claramente discrepantes de uma previsão inicial dos naturalistas no que se refere ao instinto, justamente por já apresentarem níveis significativos de inteligência. Assim sendo, essa discrepância em relação a previsões comportamentais não constitui uma aberração, mas algo natural, uma vez que consideremos a complexidade do processo de aquisição e de manifestação do chamado instinto. Podemos supor que, em pelo menos alguns destes casos, o próprio comportamento, a priori discrepante, não deixa de evidenciar peculiaridades do instinto nessas espécies. De fato, conhecemos pouco sobre a evolução anímica, sua relação com o instinto, e as peculiaridades de cada espécie nesse processo evolutivo.

Podemos inferir que a homossexualidade nos animais, tal como ocorre no homem, não deveria causar tanta surpresa, pois estaria associada ao processo reencarnatório inerente à evolução espiritual de todo princípio inteligente. Desta forma, nesta longa e complexa jornada evolutiva, as variações de condições de corpos são inúmeras, estando todos submetidos ao mesmo mecanismo evolutivo desde as experiências reencarnatórias nas formas pré-hominais.

Leonardo Marmo Moreira

17/10 - Frase do dia

Meu amigo, aprende a semear a luz no solo dos corações, conduzindo o arado milagroso do amor, para que as sombras da ignorância abandonem a Terra para sempre.

Da obra Correio Fraterno
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Um estranho convite

Mais uma vez teremos a oportunidade de assistir a uma palestra de nosso irmão Jamiro do Santos em São João del-Rei.

Será dia 22/10/12 - Segunda-feira
às 19:30
No Centro Espírita Caminho da Paz



16/10 - Frase do dia

Diante de toda e qualquer desarmonia do mundo afetivo, seja com quem for e como for, colocai-vos, em pensamento, no lugar dos acusados, analisando as vossas tendências mais íntimas e, após verificardes se estais em condições de censurar alguém, escutai, no âmago da consciência, o apelo inolvidável do Cristo: "Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei".

Da obra Vida e Sexo
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Biografia – Suely Caldas Schubert


Nascida em família espírita, sempre frequentou lugar dedicado ao Espiritismo. Ainda criança colaborava na evangelização infantil e em campanha de arrecadação de alimentos na cidade de Juiz de Fora, MG. Iniciou-se na área da mediunidade aos 16 anos, e desenvolveu a psicofonia, a psicografia e também atuação através do passe. É fundadora da Sociedade Espírita Joanna de Ângelis e por muito tempo trabalhadora da Aliança Municipal Espírita de Juiz de Fora. Lançou o 1º livro em 1981, intitulado "Obsessão/Desobsessão - profilaxia e Terapêutica Espírita" (ed. FEB), entre outras obras, como por exemplo, "Mediunidade: Caminho para Ser Feliz" (ed. DIDIER).

15/10 - Frase do dia

Diariamente, semeamos e colhemos. A vida é também um solo que recebe e produz eternamente.

Da obra Agenda Cristã
Pelo espírito André Luiz. Francisco C. Xavier

domingo, 14 de outubro de 2012

14/10 - Frase do dia

Se tens fé, não te alija a noite escura. Ao coração que a lágrima domina, Ele estende, amoroso, a mão divina e abre as portas da paz, risonha e pura.

Da obra Correio Fraterno
Pelo espírito Auta de Souza. Francisco C. Xavier

sábado, 13 de outubro de 2012

13/10 - Frase do dia

Trabalhemos na grande colônia da evolução, sem outra preocupação que não seja a de bem servir Àquele que, das Alturas, sabe de todas as nossas lutas e lágrimas.

Da obra A caminho da Luz
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

12/10 - Frase do dia

O Reino do Senhor começará no indivíduo ou jamais se estabelecerá na Terra, porque Deus visita o homem e educa-o através do próprio homem.

Da obra Abençoa Sempre
Pelo espírito Agostinho. Francisco C. Xavier

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O que Chico Xavier disse e o que Chico Xavier não disse


                Existe um conjunto de polêmicas dentro do movimento espírita vigente atualmente que é, de certa forma, fomentado por análises de comentários pressupostamente proferidos por Chico Xavier na presença de confrades que mantinham contato pessoal com o extraordinário médium mineiro. Essa situação tem gerado uma série de hipóteses e teorias, as quais têm proporcionado intensa repercussão dentro do meio espírita, tanto no que se refere à adesão pessoal de determinados confrades às idéias em questão como a um esforço de divulgação intensa dessas referidas propostas por artigos, livros, conferências e seminários.

                Dentro deste contexto, é fundamental que façamos algumas reflexões sobre este cenário. Em primeiro lugar, tais polêmicas são geradas pela capacidade formadora de opinião de Chico Xavier. A capacidade inteleto-moral de Chico Xavier e a grandiosidade de sua tarefa, sua trajetória e seu legado dão a seus comentários um peso naturalmente muito grande, o que nos remete no mínimo a uma análise respeitosa.

                Daí, considerar seriamente tais hipóteses, fazendo uma análise racional e respeitosa de qualquer comentário de cunho doutrinário pressupostamente partido de Chico Xavier é mais do que uma atitude de elegância intelecto-moral, mas um dever de respeito e de inteligência considerando o conhecimento, a experiência e o legado que o grande médium nos deixou.

                Entretanto, não podemos, por outro lado, cair no fanatismo de, idolatrando Chico Xavier, admitir tudo o que nos chega, teoricamente de origem Xavierina, como revelações inquestionáveis do mundo espiritual, o que, infelizmente, tem sido observado, pelo menos, em alguns casos.

                Há de se compreender que Chico Xavier, durante seus 92 anos de vida, sofreu pressões inenarráveis de encarnados e desencarnados, de espíritas e adeptos de outras religiões, de cientistas e curiosos, de necessitados materialmente e necessitados da parte espiritual. Mesmo dentro do movimento espírita, as pressões a que Chico foi submetido foram muito intensas, justamente em função do peso de qualquer pronunciamento do médium. Disputas doutrinárias faziam com que adeptos dos dois lados do embate quisessem, naturalmente, o apoio da opinião favorável de Chico às suas idéias.

                Chico Xavier era um homem muito inteligente e obviamente inspirado e orientado pelo mundo espiritual superior, e sabia de todo esse contexto à sua volta. Ademais, ele também tinha conhecimento do seu poder de influenciar as opiniões dos demais confrades. Tinha consciência que se pronunciasse opiniões taxativas poderia estar acendendo um “barril de pólvora”, detonando fissuras que poderiam favorecer cisões dificilmente reparáveis no movimento espírita. Obviamente, ele desenvolveu um mecanismo de tentar ser fraterno e caridoso com todos os irmãos, procurando, no entanto, evitar desgastes desnecessários. Assim, sabedor de que a sua principal tarefa era o livro, como o próprio Emmanuel deixara claro em várias oportunidades, ele procurou não participar mais efetivamente desses debates, deixando para que os estudiosos deduzissem a verdade por seus meios próprios através do estudo das obras de Allan Kardec, de suas próprias obras e dos livros de demais autores espíritas e não-espíritas. Chico Xavier tinha a consciência de que sua obra era extremamente atual, mas que deveria ser estudada por séculos. Aquilo que não fosse possível esclarecer aos componentes da atual geração deveria ser assimilado por gerações futuras mais preparadas para assimilar a verdade. Obviamente, nós mesmos, atuais Espíritos encarnados teremos, provavelmente, outras oportunidades encarnatórias para trabalhar no movimento espírita reencarnando com mais recursos intelecto-morais para estudos doutrinários mais profundos.

                Enquanto Chico Xavier estava encarnado, essas polêmicas giravam em torno de tópicos de divergência histórica na interpretação doutrinária. Interessantemente, após a desencarnação do médium, surgiram várias teorias a respeito da própria figura de Chico Xavier, até porque, nesse novo momento, ele não estaria em pessoa aqui na crosta terrestre para desmentir tais comentários.

                Sem duvidar da sinceridade e do desinteresse pessoal dos companheiros que obtiveram pessoalmente alguns depoimentos mais controversos, é de se ressaltar que aquilo que Chico deixou do ponto de vista doutrinário nos livros deve, indiscutivelmente, deve ser considerado como portador de um peso doutrinário maior. Os textos que chegaram pela mediunidade de Chico Xavier passavam, muitas vezes, por severas revisões no mundo espiritual, conforme aconteceu com o capítulo “Reencarnação”, da obra de André Luiz “Missionários da Luz”. Sem desmerecer as informações de origem oral, nós sabemos que a elaboração de tais enunciados é feita de forma muito mais rápida e menos sujeitas à reflexão bem como mais submetida à emoção. Ademais, confrades ouviram comentários em contextos diferentes que não eram claramente conclusivos para fechar uma opinião a respeito da ênfase de cada comentário.

                Assim sendo, vale comentar um caso recente a título de ilustração nessa pequena análise da questão. Recentemente, recebemos um e-mail de alguns confrades que afirmavam que Chico Xavier teria tido 14 reencarnações de individualidades conhecidas da história. Tal afirmativa foi baseada, segundo o texto recebido, em depoimentos do próprio Chico Xavier a diferentes confrades que gozavam da intimidade do médium. Contudo, entre essas personalidades eram citadas as figuras de São João Evangelista, Platão e Allan Kardec. Ora, em “Prolegômenos”, Kardec cita como autores da obra “O Livro dos Espíritos” os Espíritos de São João Evangelista e Platão. A questão é, se os dois fossem o mesmo Espírito Kardec necessitaria citar suas duas encarnações?! Seria ético e construtivo dentro da proposta de Fé raciocinada da Doutrina Espírita tal exposição. Alguns podem argumentar que Kardec poderia não saber dessa realidade e, se por algum motivo, o mesmo Espírito assinasse duas mensagens distintas com cada um dos seus nomes prévios, o Codificador não teria como saber disso. Admitindo essa possibilidade, a nosso ver não muito bem justificada, porém não impossível de ocorrer, surge ainda uma segunda problemática. Além de São João Evangelista e Platão serem o mesmo Espírito, dentro obviamente desta hipótese, eles seriam, nessa tese, o mesmo Espírito correspondente ao próprio Allan Kardec. Neste caso, a hipótese ficaria ainda menos provável, pois Kardec estava na terra organizando o pensamento dos Espíritos. Como Kardec não era médium, seria de se supor que ele dormiria e pelo desdobramento parcial do sono físico enviasse mensagens ao médiuns da Codificação, ora se identificando como Platão, e ora se identificando como São João Evangelista. Só que muitas dessas mensagens foram obtidas na presença de Kardec em total vigília e atenção em relação ao fenômeno mediúnico. Para não descartar de vez a hipótese, podemos admitir que Kardec em desdobramento ou mesmo antes de sua encarnação poderia ter deixado as mensagens de sua lavra (com os nomes de Platão e São João Evangelista) sob a responsabilidade de outro Espírito amigo fazer a transmissão para os seus médiuns. Tal situação apesar de tecnicamente possível parece muito confusa e sem um propósito definido, pois Kardec não precisava e até mesmo combatia a exposição orgulhosa de nomes famosos. Segundo Allan Kardec, em “O Livro dos Médiuns”, o último tópico avaliado nas mensagens mediúnicas deve o nome do autor, pois é o mais fácil de ser adulterado. A Doutrina Espírita não era e não é baseada na relevância de nomes celébres, mas na lógica de suas idéias amparadas nos fatos continuamente observados na natureza. Aliás, justamente por isso o Espiritismo é ciência, é filosofia e é religião, uma vez que a certeza filosófico-científica gera a conscientização para a mudança moral do homem para a atitude de fraternidade.

                Além disso, tais informações não são tão relevantes, uma vez que Chico Xavier tem méritos tão representativos que não necessita de associação a reencarnações prévias brilhantes, pois ele já tem brilho próprio e muito intenso pelo que fez durante 92 anos através na “persona” Francisco de Paula Cândido Xavier.

Sem descartar definitivamente as hipóteses elaboradas por confrades bem intencionados, temos que utilizar da análise crítica para, seguindo o conselho de Erasto, em caso de dúvida, em princípio rejeitar a idéia deixando-a em uma espécie de banho Maria, a espera da confirmação através do Controle Universal do Ensino dos Espíritos, pois “é preferível rejeitar 10 verdades do que aceitar uma única mentira”.

Leonardo Marmo Moreira

10/10 - Frase do dia

Procuremos esforçar-nos por mostrar a verdadeira posição do Evangelho do Cristo, tanta vez incompreendido, aí no mundo, em face das religiões e das filosofias terrenas.

Da obra A caminho da Luz
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

terça-feira, 9 de outubro de 2012

09/10 - Frase do dia

Guardar a bondade e o entendimento na direção do Amor Supremo vale mais que o poder de demonstrar a existência dos anjos.

Da obra Abençoa Sempre
Pelo espírito Agostinho. Francisco C. Xavier

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Biografia – Eurípedes Barsanulfo


Mineiro da cidade de Sacramento nasceu em 1880 e desencarnou em 1918. Logo cedo manifestava profunda inteligência e senso de responsabilidade. Era muito estudioso e possuía tendência para o ensino. Possuía liderança e atuou em vários seguimentos da sociedade local. Através de um tio tomou conhecimento dos fenômenos espíritas e das obras da Codificação Espírita.Diante dos fatos voltou totalmente suas atividades para a nova Doutrina, pesquisando por todos os meios e maneiras, até desfazer totalmente suas dúvidas. Sua conversão ao Espiritismo teve grande repercussão e Eurípides sofreu impiedosas perseguições. Após um tratamento para recuperação de um forte traumatismo, suas faculdades mediúnicas desabrocharam, principalmente a de cura, despertando-o para uma vida missionária. Seguiu trabalhando em prol dos mais necessitados e na divulgação da Doutrina Espírita. Foi fundador do Colégio Allan Kardec, um marco no campo do ensino.

08/10 - Frase do dia

Pense muito, antes da discussão. O discutidor, por vezes, não passa de estouvado.

Da obra Agenda Cristã
Pelo espírito André Luiz. Francisco C. Xavier

domingo, 7 de outubro de 2012

A Livraria CECAPAZ Tem Promoção Especial nesse Mês de Outubro!


07/10 - Frase do dia

A vida não reclama o teu sacrifício integral, em favor dos outros, mas, a benefício de ti mesmo, não desdenhes fazer alguma coisa, na extensão da felicidade comum.

Da obra Fonte Viva
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

sábado, 6 de outubro de 2012

6/10 - Frase do dia

Geralmente, nunca se discute com estranhos e sim com as pessoas queridas; visto isso, valeria a pena atormentar aqueles com quem nos cabe viver em paz?

Da obra Sinal Verde
Pelo espírito André Luiz. Francisco C. Xavier

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

05/10 - Frase do dia

Com as próprias ações que fazes e arquitetas,    Tens o ensejo feliz das orações concretas.

Da obra Dádivas de Amor
Pelo espírito Maria Dolores. Francisco C. Xavier

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

04/10 - Frase do dia

Desde o homem mais nobre aos últimos plebeus,    A caridade, em si, é a Presença de Deus.

Da obra Dádivas de Amor
Pelo espírito Maria Dolores. Francisco C. Xavier

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Salve 3 de Outubro - 208 Anos de Luz!



Reverenciando Kardec
Emmanuel e Chico Xavier.
Do livro Doutrina de Luz - GEEM

Antes de Kardec, embora não nos faltasse a crença em Jesus, vivíamos na Terra atribulados por flagelos da mente, quais os que expomos:
- o combate recíproco e incessante entre os discípulos do Evangelho;
- o cárcere das interpretações literais;
- o espírito de seita;
- a intransigência delituosa;
- o obsessão sem remédio;
- o anátema nas áreas da filosofia e da ciência;
- o cativeiro aos rituais;
- a dependência quase absoluta dos templos de pedra para as tarefas da edificação íntima;
- a preocupação de hegemonia religiosa;
- a tirania do medo, ante as sombrias perspectivas do além-túmulo;
- o pavor da morte, por suposto fim da vida.
Depois de Kardec, porém, com a fé raciocinada nos ensinamentos de Jesus, o mundo encontra no Espiritismo Evangélico benefícios incalculáveis, como sejam:
- a libertação das consciências;
- a luz para o caminho espiritual;
- a dignificação do serviço ao próximo;
- o discernimento;
- o livre acesso ao estudo da lei de causa e efeito, com a reencarnação explicando as origens do sofrimento e as desigualdades sociais;
- o esclarecimento da mediunidade e a cura dos processos obsessivos;
- a certeza da vida após a morte;
- o intercâmbio com os entes queridos domiciliados no Além;
- a seara da esperança;
- o clima da verdadeira compreensão humana;
- o lar da fraternidade entre todas as criaturas;
- a escola do Conhecimento Superior, desvendando as trilhas da evolução e a multiplicidade das “moradas” nos domínios do Universo.
Jesus - o amor.
Kardec - o raciocínio.
Jesus - o Mestre.
Kardec - o Apóstolo.
Seguir o Cristo de Deus, com a luz que Allan Kardec acende em nossos corações, é a norma renovadora que nos fará alcançar a sublimação do próprio espírito, em louvor da Vida Maior.

Espiritismo, Parapsicologia e Metapsiquíca


A Parapsicologia e a sua precursora denominada Metapsíquica assim como outras propostas de estudo da chamada “paranormalidade”, através de diversas metodologias científicas, não devem ser consideradas como adversárias do Espiritismo, mesmo quando alguns representantes destas áreas fazem afirmações desse jaez.
Em primeiro lugar, temos que considerar que as áreas do conhecimento são, a priori, neutras em relação a quaisquer interpretações de fenômenos naturais, pois, do contrário, não seriam científicas. Assim, as inferências individuais constituem algo secundário em matéria de análise científica, sendo muito mais relevante a proposta de estudo do fenômeno em si, independentemente das opiniões que possam advir dessas pesquisas.
De fato, considerando que a tradição materialista ainda limita os estudos associados às questões relacionadas à espiritualidade e à paranormalidade em nossos meios acadêmicos, o fato de alguns pesquisadores se predisporem ao estudo do fenômeno por si só já representa algo extremamente positivo para o avanço do conhecimento de natureza espiritual em nichos de maior resistência ao assunto em nossa sociedade.
Ademais, a existência da área científica relacionada ao estudo do fenômeno paranormal já é um forte indício de que o fenômeno existe, ou seja, que o fato é real, autêntico, independentemente da interpretação que as diferentes correntes proporcionem em relação a este fato. Portanto, a simples constatação da existência do fenômeno já abre um campo extraordinário de quebra de preconceitos acadêmicos e avanço científico.
Alguns confrades poderão argumentar que significativa percentagem de grupos que se propõem ao estudo de áreas como a parapsicologia o fazem  eivados por idéias preconcebidas de acordo com suas respectivas orientações filosófico-religiosas e/ou “científicas”. Esta constatação realmente tem fundamento, mas, ainda assim, não elimina os pontos positivos de se estudar a questão. Até porque estes grupos não constituem a totalidade dos pesquisadores da área, e, como é sabido, existe grande número de pesquisadores que tem contribuído significativamente para a divulgação das evidências de autenticidade de fenômenos que comprovam a imortalidade da alma.
Neste contexto, devemos admitir que o debate, mesmo que muitas vezes exacerbado, sempre fez parte do processo científico. A forte oposição entre grupos de idéias e interpretações contrárias está associada a grandes avanços científicos da academia e, por conseqüência, de nossa sociedade, não sendo, por conseguinte, uma exclusividade das questões ditas “paranormais” e afins.
 Estes debates seriam positivos independentemente das idéias que, a priori, pareçam “vencer” as referidas discussões, pois tais polêmicas, quando apropriadamente divulgadas na mídia geram mais reflexões, mais debates e mais discussões, o que fomenta a “fé raciocinada”, isto é, desperta as criaturas para pensarem sobre o assunto, o que é extremamente válido para fomentar uma busca sincera da Verdade.
Do ponto de vista espírita, tais discussões seriam interessantes, pois não queremos impor nossa doutrina a quem quer que seja, queremos respeitosamente estudar e aprofundar a busca pela Verdade. Vale sempre lembrar a sábia orientação de Allan Kardec para que seguíssemos a Ciência se, em algum momento, ficar comprovado que o Espiritismo se equivocou em algum tópico. Recomendou o Codificador que, se isso acontecer, ou seja, se identificarmos alguma falha conceitual dentro da estrutura doutrinária do Espiritismo, deveríamos corrigir o erro e avançar em busca da Verdade coerentemente com a Ciência. Essa proposta do Codificador ilustra o caráter científico do Espiritismo, pois pessoa ou grupo algum no mundo pode monopolizar a Verdade. Nosso próprio Mestre Jesus afirma categoricamente: “Aqueles que não estão contra nós, estão por nós”, demonstrando que a busca pelo bem e pela Verdade na melhoria da nossa sociedade requer diferentes tipos de contribuição.
Dentro destes parâmetros, o Espiritismo ganha destaque pela consistência de seu tríplice aspecto. O fato de ser uma doutrina científico-filosófico-religiosa (entendendo religiosa em um sentido profundo de busca por uma efetiva e constante transformação ético-moral da criatura visando o seu equilíbrio emocional e a prática da fraternidade) conecta diretamente as conseqüências do esclarecimento científico a uma luta constante da própria criatura por uma mudança comportamental para melhor, ou seja, pela sua auto-educação. Logo, o trabalho espírita torna-se uma fonte de equilíbrio pessoal e social, em função de valorizar a conexão esclarecimento científico-transformação moral.
Obviamente, a Parapsicologia bem como sua precursora (a Metapsíquica) não atinge tamanho nível de abrangência, o que não é nenhuma incoerência, pois elas não se propõem a este tipo de objetivo. Entretanto, as questões morais estão intrinsecamente associadas ao fenômeno paranormal e a outros fenômenos afins como, por exemplo, a Experiência de Quasi-Morte (EQM), a lembrança de vidas passadas etc.
Entretanto, sobre as limitações da Parapsicologia e da Metapsíquica em relação ao Espiritismo propriamente dito é importante esclarecer que os Espíritos desencarnados não são cobaias de laboratório, manipuladas ao bel-prazer dos pesquisadores. Assim, ignorar os fatores morais que regem tais fenômenos limita a probabilidade de controle sobre as variáveis inerentes aos referidos experimentos, diminuindo o controle dos fatores que afetam os resultados das análises, que é algo de praxe em metodologias científicas.
Léon Denis, conforme é narrado na excelente obra biográfica “Léon Denis, O Apóstolo do Espiritismo” de Gaston Luce, questiona as exigências experimentais dos Metapsiquístas, uma vez que eles não levam em consideração as Leis Morais que regem toda a influência fluídica entre os Espíritos. Realmente, as barreiras magnéticas que impedem o acesso de Espíritos pouco evoluídos em determinados ambientes (o que é amplamente ilustrado nas obras de vários autores, tais como André Luiz e Manoel Philomeno de Miranda)  somente existem quando o grupo reunido para o trabalho em questão apresenta uma série de pré-requisitos morais. Condições como boas intenções, homogeneidade de pensamentos e propostas, amizade mútua, afinidade espiritual, hábitos morais elevados, sobretudo no dia da respectiva reunião, preces iniciais e finais sinceras e elevadas, entre outras. Isso ocorre, pois o nível vibratório do perispírito (corpo espiritual) do Espírito desencarnado, isto é, o nível de materialidade do corpo energético da entidade, depende da evolução espiritual dessa criatura (A evolução do Espírito propriamente considerado).
Além disso, um ambiente previamente selecionado, que seja fluidicamente elevado e que apresente condições de tranqüilidade para o grupo, favorece a assistência de Espíritos mais elevados, uma vez que os mentores espirituais são, invariavelmente, Espíritos altamente comprometidos com o aproveitamento do tempo em atividades úteis e fraternas para um maior proveito espiritual do maior número possível de indivíduos. Obviamente, a curiosidade científica é algo meritório aos olhos de nossos protetores. Entretanto, a curiosidade ociosa, pseudo-científica, em um ambiente sem compromisso com o bem e a fraternidade, onde muitas vezes impera a vaidade intelectual, a rivalidade e o ceticismo, não atrairá os verdadeiros trabalhadores espirituais.
As Leis Universais que regem a Afinidade Espiritual estabelecem naturalmente o intercâmbio fluídico entre seres afins, o que frequentemente limita a ação efetiva dos mentores espirituais em estudos comprobatórios da imortalidade da alma. Tal dificuldade ocorre em função da eventual influência de um grande número de entidades atrasadas sobre muitos componentes da respectiva reunião, entre outros motivos. Isto aconteceria, pois a vinculação perispiritual entre o Espírito encarnado e o Espírito desencarnado inferior moralmente, eventualmente atuando sobre o primeiro como obsessor em função da sintonia de pensamentos entre ambos, inviabilizaria uma maior atuação de Espíritos elevados sobre os participantes do trabalho. Ademais, muitos desses obsessores não desejam que suas vítimas e/ou parceiros de conúbio espiritual se convençam da realidade espiritual, seja por preconceito religioso, seja por não desejarem que os seus companheiros encarnados modifiquem suas atitudes morais, as quais muitas vezes são do interesse desses obsessores.
O fenômeno mediúnico é a manifestação das “almas dos homens que viveram no mundo” e que mantém, após a morte do corpo físico, suas peculiaridades em relação à personalidade, principalmente seu livre-arbítrio, implicando que podem desejar contribuir ou não com o bom andamento dos experimentos desenvolvidos, dependendo dos interesses espirituais a que se afeiçoam. Em outras palavras, se desejarem podem sabotar as reuniões objetivando desacreditar a imortalidade da alma, quando são criaturas que por variadas razões se sentem infelizes e revoltadas em relação às suas atuais situações.
A Metapsíquica e a Parapsicologia não dão a tais aspectos morais a consideração que eles merecem, ou melhor, na maioria das vezes não dão consideração alguma a tais fatores, os quais são decisivos para que a reunião obtenha sucesso em suas metas, conforme amplamente ilustrados na Obra Kardequiana. Além do mais, “o telefone toca de lá para cá” como nos ensina Chico Xavier, enfatizando que as evocações espirituais, apesar de não serem inviáveis, não são recomendáveis, em função dos riscos óbvios de que ocorram manifestações de espíritos que não são os evocados, mas que se identificam como tais. Daí o próprio Professor Herculano Pires afirmar “Evoque uma pedra e ela responderá”, uma vez que os Espíritos desencarnados podem evidentemente mentir, utilizando a identidade previamente solicitada pelos participantes. Outro aspecto diz respeito à própria condição do médium, que é perturbado pelas vibrações negativas desses pesquisadores despreparados espiritualmente e que literalmente estão “torcendo” contra o fenômeno. O médium é uma espécie de antena psíquica oscilante e que é suscetível de sentir o impacto espiritual negativo dos companheiros presentes à reunião sem o preparo devido, o que consiste em um dos principais motivos para que as reuniões mediúnicas espíritas sejam privativas.
Um tópico adicional que necessita ser mencionado na presente análise diz respeito aos chamados neologismos que imperam em propostas como a Metapsíquica, a Parapsicologia, entre outras. É possível constatar que vários conceitos discutidos primeiramente por Allan Kardec são rediscutidos, com frequência sem adição substancial de conteúdo, sob outras denominações. Se, sob um determinado ângulo, tal realidade não agrada os adeptos do Movimento Espírita, por outro lado, temos que admitir que os Verdadeiros Espíritas bem com os Mentores Espirituais não estão preocupados com os nomes e os créditos referentes aos conceitos espirituais, mas sim com a divulgação da Verdade, independentemente da sua origem e de quem recebe os pressupostos reconhecimentos. Lembrando, uma vez mais, Jesus: “Aqueles que não estão contra nós, estão por nós” e “Que a mão esquerda não saiba o que dá a direita”. No mundo espiritual, verdadeiro mundo causal, a contribuição real de cada indivíduo para a conquista e divulgação da Verdade será efetivamente considerada.
Portanto, a principal preocupação dos trabalhadores espíritas no que se refere aos debates e eventuais correlações positivas ou negativas em relação à Parapsicologia e áreas afins deveria ser a melhoria no nível doutrinário de todos nós, espíritas militantes, para conseguirmos expor com mais consistência e clareza o imensurável conjunto de evidências concretas que o Espiritismo nos fornece da realidade do fenômeno mediúnico, da imortalidade da alma e da reencarnação. Afinal, quem busca sinceramente a Verdade, não tem o que temer. Pelo contrário, deve considerar positivos os incentivos ao debate e ao estudo conjunto para que a realidade espiritual surja cada vez mais patente para um número maior de irmãos a fim de que todos conheçam a Verdade para que a Verdade nos liberte.

Leonardo Marmo Moreira